sábado, 2 de dezembro de 2023

RACISMO IMPOSTO.

 

Fui criado em uma fazenda de propriedade do tio Manoel. Seus filhos a tia Neida e o Zeca. Meu pai era o capataz, responsável pela administração desta propriedade que era uma das outras três que o meu tio possuía. Os empregados eram contratados pelo meu pai. Era ele que fazia as escolhas. Dentre eles o seu Alcir, um negro de meia idade. Sim, ele era chamado de “seu Alcir” por todos, inclusive pelo meu pai, o filho do dono da fazenda e pelo próprio. De todos os citados, o único que era negro era ele, o “seu Alcir”. Mas vejam que hierarquicamente não havia nenhum motivo para ele ter um tratamento de senhorio, tanto pelo seu contratante, meu pai, como pelo filho do dono da fazenda, o Zeca e nem mesmo pelo dono da propriedade, o tio Manoel. Mas eram assim chamados. O tio Manoel, o Zeca e o seu Alcir. Trabalhei no Banco do Brasil onde no final de minha estada em São Sepé, a composição era a seguinte: O gerente era o Eden Jaskulski, um polaco, e o continuo o seu Zé, um mulato. Vejam a forma com que eram tratados os referidos elementos. O gerente era o Eden, o contínuo o seu Zé. O gerente era branco e o contínuo um mulato. Mas as formas de nos referirmos a cada um deles era distinta, o gerente era “tu” e o continuo era “seu”. Nunca o Zeca se sentiu ofendido por chamar o empregado do empregado do seu pai, por um tratamento mais pomposo do que o seu, mesmo sendo ele o filho do dono da propriedade e o seu Alcir o empregado do empregado do seu pai. O mesmo acontecia na agência do banco. Era com a maior normalidade que se tratava o gerente de “tu”, e o contínuo de “seu”. Alguma coisa existia, que nos induzia a usar o pronome de tratamento de acordo com o respeito que tínhamos a pessoa a qual nos reportávamos. Esta, certamente não era a cor da pele. Hoje somos impedidos de fazer qualquer referência a cor, tanto da pele quanto de qualquer outro objeto. Recentemente a ministra Marina se sentiu ofendida por uma pessoa usar o termo “caixa preta”, sendo que ela mesma já havia feito tal referência. Tenho o maior respeito por ter um amigo que é “negão, comunista e corintiano”, quando brinco com ele destas características, ele ri e nem da bola. Sabe que eu estou me ridicularizando pela minha incapacidade de saber discernir as coisas de forma correta. Claro que ele sabe que eu não estou falando sério. E nunca me processou por isso. Também o filho do dono da fazenda e nem o gerente do banco, agiu como a juíza que exigiu da testemunha, ser tratada como “vossa excelência”. Será que algum dia seremos processados pelo crime de “livrepensar”?. Ah! George Orwell, ainda bem que não estás entre nós, senão estaria ainda dando ideias aos ditadores de plantão.

Afonso Pires Faria, 02.12.2023.

 

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

CONFUSÃO GENERALIZADA.

 

A quem se deveria atribuir uma punição mais grave, ao que discordou de uma atitude de alguém e manifestou seu desacordo com ela, ou ao que em vez de manifestar a contrariedade, mandasse executar o autor?  Pois é. Se o sujeito que mandou eliminar, for do grupo, tudo bem. Se o elemento que criticou não for parte dos que detém o poder de mando, que seja punido. A crítica, é um crime maior do que o assassinato? É relativo diriam os donos do que hoje se tem como “politicamente correto”. Não pode haver uma justiça eleitoral disse a presidente do partido da situação. Sim, dentro do que entendo o fato de não poder existir, se existe, deve ser eliminado. Mas a simples contestação de uma atitude do mesmo órgão, por parte da oposição é classificado como crime de “ato antidemocrático”. Apontar um erro e pedir a sua correção é crime. Dizer que ele não deveria existir, seria o quê? Um elogio? Vamos esperar para ver qual será a punição, ou prêmio que receberá o segundo. O primeiro, está respondendo processos e alguns sendo condenados a perda de mandato e inelegibilidade. Tem lógica. Como tu vais criticar quem te empossou? Melhor seria exterminá-lo não é mesmo. Daí não é crime.

 

Vejam só como estão as coisas no nosso país. A nossa suprema corte está legislando sobre a descriminalização do porte de uma substância que, segundo ela, é legal o seu transporte para consumo próprio. Deve ser mesmo, pois os onze semideuses assim o dizem. Mas o curioso é que os órgãos de comunicação independente, ao se referir ao produto “inofensivo”, utilizam subterfúgios linguísticos para não pronunciar o seu nome correto. Sabem porquê? Eu não sei, mas seria medo de serem condenados por apologia ao uso do tal produto? É. A justiça libera o seu transporte para uso, mas não se pode falar sequer o nome.

 

Não é por ter atendido ao que eu desejo que vou considerar correta a atitude. Quando se aplaude uma ação de um juiz ou tribunal, que agiu ao arrepio da lei e o fato de ter contemplado um desejo meu, não vai tornar o ato legal. Fui criticado quando desaprovei o fato de a então presidente Dilma, ter sido impedida de nomear o Lula por este ser estar respondendo processo. Este fato não era impeditivo para um presidente da república escolher o seu ministro. Mas foi. Foi e abriu-se um precedente muito grave. Daí para frente, passou-se a tolher direitos constitucionais em nome de uma suposta moralidade. Agora, como conter o autoritarismo de qualquer tribunal que se arvore ao direito de corrigir um possível dano à sociedade? Recentemente os membros do supremo do judiciário atravessaram a praça dos três poderes e interferiram indevidamente em uma votação do legislativo para implantação do voto impresso. Motivo? Ora motivo. Qualquer um poderia ter serventia naquele momento. Na falta de outro, usou-se o coringa: “é inconstitucional”. Virão outros mais graves ainda. É somente uma questão de tempo e oportunidade. Abriu-se precedente grave e o pior; aplaudido por grande parte da população. Só os idiotas, como eu, não aceitaram.

Afonso Pires Faria, 26.10.2023.

 

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

HISTÓRIAS, NARRATIVAS E MENTIRAS.

 

A má utilização de certas terminologias, provocam inúmeras e irreparáveis injustiças. A atribuição de dolo em um incidente que houve a perda de uma vida, é muitas vezes, utilizado pelo acusador, que tem ao seu lado a comoção da família do vitimado e o apoio dos justiceiros. O sujeito deu um tiro a esmo e por uma desgraça atingiu mortalmente uma criança. Pronto, uma criança. Para que o “assassino” não fique com uma pena leve, já que um pobre inocente morreu sem ter culpa de nada, atribui-se ao atirador que ele ao atirar assumiu a responsabilidade de talvez acertar em alguém e leva-la a óbito. O sujeito que ao dirigir embriagado, causa um acidente e mata um transeunte, certamente deve ser condenado por, ao dirigir bêbado, sabendo da perda de suas condições para dirigir, assumiu o risco de provocar um acidente. Dirigiu, provocou e matou um inocente. Tem que ser culpado pela morte e com agravante de ter assumido o risco já que não estava em suas plenas condições de dirigibilidade. Mas se este mesmo cidadão estiver dirigindo com toda a cautela de quem sabe que está com seus reflexos diminuídos e for abordado, deveria ser punido por isso? Mesmo sem ter causado nenhum dano a coisa nenhuma? E se este mesmo cidadão estiver sóbrio, dirigindo o seu veículo em um local com pouco movimento, acompanhado de uma menina de 17 anos de idade. Poderia ele ser acusado de tentativa de estupro, já que todas as condições para se consumar o ato estava ali presente, no mesmo caso da embriaguez?

 

 

Que coisa mais primária usar de termos fora do contexto para incriminar o adversário. Sim primária, mas não ineficiente, face ao contexto intelectual em que vivemos. É “gópi”, é “gópi” era o que proveria uma deputada vermelha cada vez que se falava em seguir o que dizia a nossa CF. Para ela e todos os disléxicos, tudo o que era contra o que pensavam estava errado e/ou fora da lei. Mesmo sendo constitucional, se é contra o “politicamente correto” é “gópi”. Se um PR, dentro de suas atribuições legais, em vez de chamar para si a responsabilidade de agir, convoca os poderes militares para saber de suas adesões, é considerado “golpista”? Então o que ele deveria, de fato fazer, para não ser assim classificado? Simplesmente chamar a sua responsabilidade a utilização de um artigo constitucional “142”? Não. Ele preferiu ser cauteloso e “bunda mole”. Agiu democraticamente e por isso está hoje sendo processado por “atos antidemocráticos”. É assim que agem os defensores da “ditatura democrática chinesa, russo, coreana, cubana, venezuelana e tuti-quanti”.

 

 

Reza a lenda de que a profissão mais antiga do mundo é a de prostituta. Há controvérsias. Alguns dizem que a mais antiga é a do contador de histórias. Muito bem, que se mantenha a dúvida quanto a temporariedade do fato e passamos a importância de uma e de outra na mudança dos rumos da história. Imaginem o poder que tem uma mulher da vida perante o seu cliente, se este for um cidadão bem conceituado, se ela divulgar certos segredos de alcova? De imediato algumas revelações provocariam uma hecatombe na sociedade local. Sim, o impacto seria devastador, mas com o passar de alguns meses, isto cairia no esquecimento e em poucos anos já não será mais tido como verdadeiro. Talvez até seja utilizado por alguns como demonstração de apreço ao acusado. Mas no caso do contador de histórias o efeito é o inverso. Uma pequena história vinda de um cidadão intelectual e respeitado, mesmo que totalmente falsa e inconsistente, se divulgada amplamente por meios bem conceituados, passa a ser verossímil mesmo que totalmente falsa. Qualquer semelhança com o que a imprensa está fazendo no nosso país, não é mera coincidência.

Afonso Pires Faria, 26.10.2023.

 

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

TERGIVERSANDO COMPULSIVAMENTE.

 

As coisas estão sendo feitas para que a vítima não perceba que está sendo sacrificada. Muitas vezes a falta de conhecimento impede esta percepção. O pior é que o poder de persuasão dos interessados em mudar a ordem das coisas fazem com que o prejudicado até implore para que isto aconteça. Tudo isto tem método. A neurolinguística consegue fazer com sua vítima exatamente o oposto do que seria o que ela espera que seja feito. Vejam o caso das mulheres. Atribuem a elas direitos que somente lhes acrescentam mais responsabilidades e desconforto. Tudo isso com o grito uníssono de que “elas, tem direito a.”

 

 

Supomos que tu não gostes muito de trabalhar, não é ambicioso, tens pouca escolaridade, não é afeito a leituras e tens grandes dificuldades cognitivas. Soma-se a isso tudo, pouco cuidado com o asseio e pouca civilidade no trato com as outras pessoas. Certamente uma pessoa com estas características não obterá um emprego com alta remuneração e mais provavelmente esteja desempregado. Chegam as eleições e se apresentam dois candidatos, um promete que estes que não possuem nada e são desfavorecidos, merecem atenção e ajuda monetário por parte do governo. O outro candidato oferece para a população, meio de trabalho e promessa de que, quem se dispuser a trabalhar terá vaga. O sujeito classificado acima, certamente escolherá o primeiro candidato. Pois, como no nosso país atualmente, a maioria da população faz parte deste grupo, certamente o maior percentual de votos vá para o demagogo. Este se elegerá e não cumprirá sua promessa, mas até as próximas eleições o iludido já terá esquecido até de quem foi o que lhe enganou, irá escolher novamente àquele que mais lhe encantar.

 

 

Não estudam e não saem da bolha. Aderem a causas desconhecidas. No seu mundo de ilusões, ficam qual papagaio repetindo slogans que lhes foram ensinados. Existem coisas que são irrefutáveis não pela sua veracidade e sim por quão ridícula, falaciosa e difusas que são. Depois de dominada a educação básica, passaram as universidades, concomitantemente com o ensino médio e incutiram na cabeça dos jovens dogmas que não param de pé. Um exemplo disso é o comunismo. Ele não existe segundo a esquerda. E se não existe, como tu vais combate-lo? E não adianta mostrar para o doutrinado a sigla PCB e PCdoB, que a sua disfunção cognitiva não consegue a ligar a letra “C” ao partido que eles representam. Eles tiveram paciência, galgaram degrau a degrau cada uma das etapas para idiotizar, doutrinar e finalmente uni-los para combater um povo que, com medo do monstro, que não existe, não ter mais armas para lutar.

 

Afonso Pires Faria, 06.10.2023.

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

SÃO CRIMINOSOS E NÃO GOVERNANTES.

 

A pergunta que não quer calar: Para que serve mesmo a nossa Constituição? A resposta correta seria óbvia. Mas não é verdadeira. Diriam os ingênuos que a sua serventia é de normatizar as leis. Tudo o que ali está escrito deve ser cumprido. Algum vácuo nas regras ou a falta de alguma legislação sobre algo, o nosso legislativo entrará em campo para normatizar. Foi para isso que foram eleitos; para representar o povo que os colocou lá. E a vontade da maioria deles deve ser respeitada. Caso já exista uma lei expressa e existir alguma dúvida quanto a sua interpretação, ou um fato novo ocorrido, fez com que a lei ficasse dúbia, o nosso STF deverá fazer a sua interpretação. Sim, eu falei dúvida e interpretação. A criação das leis é poder exclusivo do povo ou de seus representantes eleitos para tal finalidade. Os ministros da nossa corte maior não possuem nenhum voto portanto, não tem o poder de legislar. Estão fazendo isso sem o menor pudor sem o direito de fazê-las, isto sem que ninguém ou nenhum outro poder aja para impedir esta sanha totalitária destes magistrados. Quando um poder, sem o devido direito, ocupa o terreno dos outros dois, que sabidamente são superiores a ele, isto tem nome. E passa ao largo de democracia.

 

Em uma democracia plena, quando tu falas algo contra uma instituição governamental tu és desmentido e passa a ser ridicularizado. Se esta não for uma plena democracia, já és processado e tens que te explicar perante ao poder judiciário por isso. Já em uma ditadura, o simples fato de tu questionares as atitudes suspeitas de um dos poderes constituídos, é motivo de prisão. No Brasil, se tu disseres que em uma mesma seção eleitoral houve discrepância do tipo, em uma urna o candidato “A”, obteve 47% dos votos e em outra zero, pode te levar diretamente a prisão, mesmo isto sendo constatado como verdade pelos mesmos órgãos que lhe mandaram prender. Mas, segundo as “otoridades”, vivemos no nosso país uma plena democracia. E se tu duvidares: “Teje preso”.

 

Vivemos tempos difíceis e isso não se pode negar. O mundo que era uma verdadeira anarquia, com o passar dos tempos foi se organizando e classificando o povo. Nações foram sendo constituídas e leis criadas para organizar cada uma delas. A lei maior de cada nação era e é, a vontade popular. Na impossibilidade de cada um exercer o seu direito de impor a sua vontade, a este foi dado o direito de escolher um representante para fazê-lo em seu nome. Visto que esta forma de o povo exercer o seu poder em detrimento dos mais poderosos não atendiam a vontade deles, foram criados certos subterfúgios. Palavras bonitas e frases de efeitos, combinadas com o “politicamente correto”, foram desvirtuando a realidade. O que era uma coisa passou a ser outra diametralmente oposta ao que era, e quem a contesta é considerado um “antidemocrata”. Não vale o que tu falaste e sim a interpretação que um magistrado deu ao teu pensamento da hora de te expressares. A tua vontade esta submetida ao gosto de quem tem mais poder.

 

Imaginem se hoje o PR, fosse vítima de uma pedrada. O autor seria, segundo o stf, considerado um nazista, fascista, antidemocrático e seria levado a prisão. Se não confessasse que era um nazista, seria executado. Estou exagerando? Esperem. A roda da história está girando.

 

Crimes cometidos e explicados pela ausência do estado não se justificam. Não é a sua falta ou negligência e sim a incompetência, uso para fins escusos ou mesmo o excesso de sua atuação que está fazendo que o nosso país esteja sendo vítima de um governo tirano.

 

Afonso Pires Faria, 21.09.2023.

terça-feira, 12 de setembro de 2023

É GOLPE EM CIMA DE GOLPE. Só que não.

 

São analfabetos eles? Tem acaso alguma dificuldade cognitiva alguns deles ou a sua maioria? Não tem instrução necessária para interpretar um texto com alguma dificuldade léxica? Complicam-se, se posto diante de um texto que foi mal redigido, com uma vírgula mal colocada no texto ou a sua ausência, quando deveria ser ali posta? Sim, isto é possível diante de uma turma de alunos que frequenta as péssimas escolas públicas ou mesmo privadas do nosso país, frente a má qualidade do ensino. Se estes alunos ainda não tiverem ingressado no segundo grau então, a chance de terem dificuldades é muita. Soma-se a isso se o questionado estiver sob pressão e com exiguidade de tempo para dar a resposta. Por exemplo: Se perguntado a estes o que significa a expressão “quaisquer”, lhes dando um tempo de um minuto para a resposta, talvez alguns dos questionados errem. Estes, poderão alegar que tiveram uma má formação escolar em português, outros de que não teve tempo de pensar direito, não lhe foi dada a oportunidade de fazer uma consulta, etc. Justificativas estas, pouco convincentes, mas aceitáveis se o inquisidor for benevolente. Depois de algum tempo o mesmo grupo de alunos, quando questionado sobre outro tema, foi questionado se: a expressão “já ocupadas”, significa outra coisa que não nesta data. Ficando como facilitador a múltipla escolha de: naquela data, anteriormente, posteriormente ou em qualquer tempo. Se nesta turma de alunos um deles erar as duas questões, poderia ser considerado um boçal. Pois não é que temos um grupo de onze criaturas que se reuniram, conversaram, estudaram, debateram e a maioria deles optou pelas respostas que qualquer professor de português de curso primário lhes mostraria a imbecilidade da escolha. O pior é que este grupo é formado por elementos que foram escolhidos como notório saber. Se lhes sobrou este, certamente o erro foi cometido pelo outro quesito para as suas escolhas.  

 

 

Por muitos anos fomos humilhados pelos argentinos. Eram uma economia pujante e quando seus habitantes visitavam o nosso pobre Brasil, eram recebidos com má vontade e inveja. Tudo isso, fruto de uma economia bem estruturada, que os levou a riqueza. Bastaram alguns anos de socialismo e o país afundou. Passaram de milionários a pobres coitados. O nosso país, apesar de ter vivido também um período de governo de esquerda, não consolidou as suas raízes pois teve um hiato de quatro anos que fez do nosso país o de melhor desempenho durante a pandemia mundial. Estávamos virando o jogo. O Brasil crescendo e os “hermanos” afundando em uma crise incontrolável. Humilhávamos os argentinos quando íamos fazer compras em seu país. Mas somos fadados a não andarmos juntos. Voltou aqui a esquerda e, pelo que se desenha os nossos vizinhos terão novamente um governo que os livrará da derrocada. Sinceramente, torço que não. Acho que eles devem pagar por mais um governo populista, para aprenderem bem a lição.

 

 

Tenho algumas premonições que se confirmam. Muitas vezes fui defensor do que muitos antes criticavam e hoje já reconhecem que estavam errados. Dificilmente os vejo se retratarem, mas eu faço isso de forma contundente. Errei quando critiquei o “plano real” e quando dizia que o ministro do STF, após ser empossado teria como mote a neutralidade. Quanto as pessoas, dificilmente me desiludo por não ter como abito idolatrar ninguém. Mas vejamos: É mais fácil encontrar um ex homossexual do que um ex comunista. Sim eles existem, mas são muito raros e quando encontrados, estes somente flertaram com a ideologia e depois se desencantaram. Quem foi filiado a um partido deste naipe, por mais de 30 anos, foi dirigente a maioria do tempo, não se converte jamais. Quando este partido é de centro-esquerda, a conversão pode até ocorrer, mas é classificada como a tal “mosca azul”. Quando Stalin morreu, seu sucessor colocou grande parte de seus crimes as claras e uma parte do “Partidão”, abandonou-o, pois classificou esta atitude como uma traição e seguiu fiel a linha leninista e somou-se aos dirigentes albaneses e a Mao Tsé-Tung. Criou-se então o PCdoB. Quando soube da história da criação deste partido e tomei conhecimento de que o Sr. Aldo Rebelo foi filiado por mais de duas décadas e seu dirigente de alto escalão, caiu por terra toda a admiração que eu tinha por ele. Classifico-o como “inimigo na trincheira”. Saiu do partido, foi para outro também da mesma linha, saiu deste também e entrou em outro que nada difere do segundo. Não me engana mais. Lobo em pele de cordeiro.

 

 

Segundo o governo houve no Brasil, logo após a posse do atual presidente, uma tentativa de golpe. O azar dos golpistas é que eles não sabiam que tudo estava sendo gravado. Mas estes deram outro golpe e subornaram o governo, que mandou apagar todas as imagens. Parece que o responsável por tudo isso foi o filho de uma tia da prima da empregada de uma sobrinha do Bolsonaro.

 

Afonso Pires Faria, 12.09.2023.

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

É DIFÍCIL ACERTAR SEMPRE.

 

Se deixarmos de nos preocupar com o bairro para darmos atenção somente a nossa família, a nossa comunidade ficará fragilizada. Se o bairro for priorizado em detrimento da cidade estaremos sendo bairristas. Daí se passamos a pensar na cidade como um todo, estaremos sendo classificados como uma pessoa que defende somente o que lhe está próximo. Passamos então a defender o nosso estado, que afinal das contas foi ele que nos ensinou todos os nossos costumes. Passamos então a sermos considerados separatistas. Todas estas vontades que temos de defender o que nos está próximo, sempre estará contrariando a vontade de outrem. Se tentarmos agradar a todos nada faremos. Se a nenhum atendermos faremos nada. Tudo vai depender da nossa vontade de que sejam atendidos o que de fato queremos para a nossa pátria, estado, município, família ou para si próprio. “A virtude do egoísmo” de Ayn Rand, nos demonstra porque devemos escolhes esta última opção.

 

Sei perfeitamente que depois do fato ocorrido, as soluções aparecem facilmente. Como diz o ditado “depois da noiva casada, aparece pretendente”. A proximidade do fato, o calor da emoção e a boa vontade de um dos envolvidos, também facilita a ação do maledicente. Se o então presidente Bolsonaro foi impedido de nomear o Diretor-Geral da Polícia Federal de sua escolha, pelo STF, não tivesse acatado a ordem absurda, os rumos dos fatos seriam outros. Sim, depois da porta arrombada, pouco adianta tranca de ferro. Passou o primeiro boi, e a consequência foi de que a boiada veio atras. Demonstrou boa vontade, que foi interpretada como fraqueza. E para quem não tem o mínimo de escrúpulo, sabe muito bem fazer uso disso. E fez, pois não os tinha. Tergiversando, na época, o líder da minoria no senado alegou que o Presidente não estava acima da lei portanto, não poderia nomear quem ele nomeou. Bolsonaro recuou, o boi passou e a tranca, que nem de ferro era, foi inútil para que a sanha totalitária do poder menor, se considerasse como dona do poder total. Perdeu a parcimônia a ponto de atravessar a praça dos três poderes e influenciar na nomeação dos membros que iriam decidir a implementação do voto impresso na urna eletrônica. Daí para frente, todo o tipo de arbitrariedade foi cometido sem que as vozes contrárias fossem atendidas. O legislativo foi desprezado e as leis já existentes, totalmente desconsideradas. A interpretação, mesmo que ao arrepio da lógica, passou a ser usado pelo Supremo, capitaneado por um de seus partícipes, a mando sabe-se lá de quem.

 

 

A tentativa de alegar a alta criminalidade pela ausência do estado não se justifica. Não é a falta ou mesmo a ausência deste que proporciona o crime. É isto sim, a incompetência estatal ou o desvirtuamento do seu uso para fins escusos. O pior é quando este ente não é omisso e sim conivente ou partícipe dos atos criminosos.

 

O emburrecimento, a feminização do homem e o estímulo dissimulado, quando não explícito ao uso de drogas é, sem dúvidas uma ótima estratégia para a tomada do poder pelos idiotas.

 

 

Afonso Pires Faria, 06.09.2023.

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

COISAS ESTRANHAS.

 

O nosso mundo vai mudando de tamanho conforme o tempo passa. Quando ainda criança, por ignorância não temos a dimensão exata do universo nem da terra e sequer do país em que vivemos. Passam os tempos e já com noção das proporções começamos a sonhar, e sonhar alto. Podemos ir onde quisermos, só nos falta a logística para isso. Mas temos vontade. O tempo vai passando e mesmo que as facilidades materiais nos proporcionem alçar voos mais longos, outros fatores nos impedem. Temos a família a qual nos apegamos, os primeiros compromissos com os estudos e também alguma falta de recursos financeiros, por isso vamos nos restringindo a um espaço menor. Mas ainda temos vontade de morar em um país diferente, e vendo que isso é dificultado pelas leis internacionais, nos contentamos e nos imaginarmos morando em estados e cidades diferentes para conhecermos outras pessoas e costumes que não os nossos. Mas formamos família e essa vontade vai arrefecendo, nos conformamos em mudar nossa morada não por vontade própria, mas por motivos profissionais. Passa o tempo e adquirimos um imóvel, já começamos a investir nele, melhora-lo, adaptar as nossas necessidades físicas pois a nossa locomoção já não é a mesma do que a da nossa juventude, e assim vamos ficando cada vez mais enraizados na nossa cidade. Depois no nosso bairro, rua e casa. Triste é a chegada do dia que o espaço fica restrito a uma só peça, o nosso quarto e a um só móvel, a nossa cama. 

 

Segundo alguns excelentíssimos Ministros do STF, é constitucional agir ao arrepio da Constituição, quando isto é para salvar vidas. Em uma atitude completamente relativista, estes senhores agora se arvoraram ao direito também de dizer o que é e o que não é “salvar vidas” ao tolher o direito de celebração de cultos religiosos, alegando tal periculosidade. Isto já se desenhava quando chegou para julgamento a tão importante corte, a tarefa de decidir se pode ou não ser oferecido o saleiro na mesa de restaurantes. Sim, o sal em excesso causa morte, mas daí tal decisão caber ao STF, seria passar recibo de anarquia total em nosso país. Nenhum país sério teria coragem de estimular seus empresários a montar um negócio em um país com um sistema jurídico e político nestas condições. Pelo que estamos vendo ocorrer nos poderes que regem as leis, logo estaremos vivendo em condições precárias. O pior é que isto não é um acidente. É um plano bem sucedido.

 

Que a esquerda, sem o menor escrúpulo, se apropria de toda e qualquer narrativa por menos coerente que possa parecer, isto já é sabido. Avançam e quando são desmascarados criam uma nova fábula para ser considerada como se real fosse. Nada de lógica, respeito às leis existentes ou sensatez se exige das reivindicações quando estas partem dos ditos “movimentos sociais”. Se é social é para o bem e se é para o bem, todos nós temos que aceitar, aplaudir e venerar. Quando se trata de minorias então, a coisa fica praticamente incontestável. De nada adianta fazer leis que as contestem. Estas certamente entrarão em conflito com as que a esquerda considera como sacrossantas. Quem pouco estudou a história acredita piamente que o nosso território, antes da chegada os colonizadores, era uma paz total. Não haviam conflitos e todos os habitantes viviam em plena harmonia. Nada disso é verdade, mas dane-se a verdade, o que vale é a narrativa politicamente correta. Se bem enfeitado, um bolo de merda é degustado com louvores pelos que querem agradar o anfitrião.

 

 

Afonso Pires Faria, 28.08.2023.

terça-feira, 15 de agosto de 2023

NEBULOSIDADE EXTREMA.

 

Um general recebeu ordem do PR para prender imediatamente, todos os que estavam no local onde foram praticados atos de vandalismo. São todos criminosos, disse a autoridade. A possibilidade de ali estarem todos os que, de fato vandalizaram era grande. Mas o militar achou que era mais conveniente agir de forma mais pérfida. Convenceu a autoridade maior do nosso país que a coisa deveria ser feita de forma diferente que a sugerida por ele. Seria mais cruel e com menos riscos de se cometer a justiça. Deixou, pois que alguns elementos fossem separados dos outros e no dia seguinte de forma torpe e mesquinha, mandou prender todos os que estavam em um dos locais que uns se abrigaram e não no outro. Sim, foi assim que ele fez e confessou perante uma CPI. Separou o joio do trigo e mandou prender todo o trigo. Os que, de fato provocaram os incidentes, os infiltrados, estavam bem instalados em hotéis e nada sofreram.

 

O que mais me causa perplexidade é o estado anímico em que se encontram os defensores do atual governo. Nada dizem de real ou que se aproxime minimamente do que de fato está ocorrendo no nosso país. Ganharam as eleições de forma “estranha”, mas tudo bem, ganharam. As promessas feitas pelo candidato vencedor realmente eram tentadoras e talvez tenham, de fato, levado uma boa parcela do povo brasileiro a escolhe-lo. Democracia e liberdade eram palavras que o candidato vencedor vomitava em seus discursos. Independência e não submissão a países que não defendessem se não a pura democracia, era o que se prometia. E o que estão entregando? Um pacote de atos e decretos totalmente ao arrepio da nossa lei maior e o alinhamento a todo os governantes tirânicos de que se tem conhecimento.

 

 Vivemos tempos estranhos no nosso país. Hoje tu podes criticar a democracia impunemente, mas se criticares no nosso atual regime, a ditadura, tu serás condenado por ato antidemocrático.

Expropriar riquezas para dar àqueles que pouco ou nada produzem é uma forma perfeita para se levar um país a derrocada.

Se seguirem com este pensamento rasteiro e aproveitador em defesa de uma causa, não demorará que estarão exigindo cotas para anãos no basquete.

 

Afonso Pires Faria, 15.08.2023.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

ATÉ QUANDO MEU DEUS, ATÉ QUANDO!

 

Tudo aquilo que se afirmava ser a mais pura e sacrossanta verdade em poucos dias se confirmou ser uma grande enganação. Não demorou muito para também se comprovar o que se dizia ser considerado como “fakenews” fosse comprovadamente verídico. É verdade que a ciência muitas vezes tem que fazer alguns ajustes no que era considerado como eficaz para uma cura ou como a solução para alguns problemas. Exemplos para isso não faltam. Algumas práticas medicinais, com o passar do tempo foram consideradas superadas e alguma teorias científicas também foram, comprovadamente falsas devido aos avanços da ciência. Na história não é diferente, mas vários séculos são necessários para que as verdades sejam desvendadas. Ocorre que no nosso país as coisas são diferentes. Em poucos dias constatamos que o que afirmavam peremptoriamete como verdadeiras foram comprovadamente falsas e vice versa. Na última campanha eleitoral por exemplo, foi permitido chamar o presidente de genocida, mas proibido de se fazer alguma ligação do opositor a qualquer simpatia que tivesse a pessoas que, sabidamente lhes eram simpáticas. Ficou comprovado que o primeiro não poderia ser classificado como tal e o outro não tinha como negar a sua associação ao que, de fato lhe era atribuído. As coisas que eram consideradas com proibidas e de uma hora para outra consideradas como obrigatórias, devem ser estudadas para não passarmos do ponderável ao ridículo em um curtíssimo espaço de tempo.

 

Que os senhores responsáveis a aplicar as leis vigentes no nosso país sejam céleres nas suas responsabilidades. Que tratem de punir severamente todo aquele que ousar falar, imaginar ou mesmo pensar em cometer qualquer tipo daquilo que eles julgam ser crime ou ilícito. Sim. O mal terá que ser evitado em seu nascedouro já que, depois do delito cometido não haverá mais lei que seja aplicada. Está sendo assim no nosso pobre país. Pune-se com multa ou até mesmo a prisão aquele que, supostamente esteja na iminência de cometer algum ato que possa ser considerado contra a lei. Exemplos destes não faltam: multa-se o motorista que está sem o cinto de segurança, tenta-se tornar inelegível um cidadão porque quando esteve no poder, um assessor seu portou um documento que poderia ser considerado uma minuta para a possível tentativa de uma ação possivelmente golpista. O problema é que crimes cometidos a luz do dia, com flagrantes, testemunhados, confissões e imagens, não são punidos. Dirigir um automóvel, embriagado é crime, já uma nação é um ato perfeitamente aceitável, mesmo este, sendo responsável por milhares de mortes por má gestão e aquele, na maioria das vezes não causa danos a ninguém nem a alguma coisa.

 

Coisa feia esta gente usamos um ser ou uma classe, para fazer bandeira de causa. Usar os negros, gays, etc.

O que é o direito a saúde para todos se não um engodo de um governo para com a população ignorante.

Todo o sofrimento para um idiota, é pouco.

Afonso Pires Faria, 10.08.2023.

sexta-feira, 30 de junho de 2023

A HUMANIDADE MERECE ISSO!?

 

Não, não devemos novamente ir as ruas. Já fizemos isso e fomos punidos. Se incorrermos no mesmo erro é uma demonstração de burrice. Se agirmos da mesma forma que agimos e obtivemos derrota e não mudarmos a tática, novamente seremos derrotados. Isto é matemático. Exceto se o cenário for modificado a nosso favor com um fato novo é que poderemos nos manifestar. Mas se ao contrário, o cenário for modificado desfavorável a nós e agirmos da mesma forma, passamos ao patamar de suicídio. Os parlamentares, por nós eleitos, pedem que nos manifestemos. Já fizemos isto e colhemos maus frutos. Elegemos uma maioria legítima para nos representar no parlamento, já que no executivo a nossa vontade foi de certa forma, distorcida. Agora cabe aos que detêm o dever de impedir esta arbitrariedade vigente que o façam. Discursos inflamados pedindo a manifestação do povo de nada adiantam mais. Se de uma forma não foi possível, não é a sua repetição que obterá sucesso. Agora é a vez de, por meio do parlamento, impedirmos a sanha autoritária do poder que está representando o que há de mais nefasto no nosso país e no mundo todo. Com a palavra a nossa câmara maior, mais precisamente o seu presidente.

 

Se alguém ainda tem dificuldade de entender o que está ocorrendo no nosso estado, país, continente, ou no mundo, peço permissão para emitir a minha opinião. Não é pelo ambiente que eles estão lutando. É isto sim para destruir tudo aquilo que nós, os conservadores, procuramos manter olhando para o passado para não nos perdermos no que os outros querem nos impor. Um mundo com promessas fantasiosas e realidades horríveis. Vejam os exemplos que a literatura nos deixa e nós não sabemos tirar dela os corretos ensinamentos. A “revolução dos bichos” nos mostrou como um governo pode iludir o seu povo com promessas irrealizáveis. Parece que não foi suficiente para abrir os olhos dos leitores, que levaram a coisa na brincadeira. Já na obra, “1984” o mesmo autor mostrou que a coisa não era tão irrealizável e foi além, mostrando de forma mais real o que poderia vir a ocorrer. Não foram tomados os devidos cuidados, mesmo Kafka individualizando a coisa na sua obra “o processo”, onde o que poderia ser impossível foi demonstrado na prática, pelo menos em países sabidamente com regimes ditatoriais, e mais recentemente no nosso próprio. Como se não fosse suficiente as tragédias previstas nestas obras mais contemporâneas, o nosso representante maior do poder executivo, achou em Dom Quixote um exemplo para se espelhar e está a lutar contra o inexistente, impondo suas ideias malucas. Mais uma vez a literatura é trazida para a realidade sem que haja um freio para estes desmandos.

Afonso Pires Faria, 30.06.2023.

quarta-feira, 21 de junho de 2023

CAIRÁ DE PODRE.

 

Não podemos “errar a mão” e criticar tudo o que o novo governo faz. Agindo assim estaremos incorrendo nas mesmas atitudes nefastas que tanto criticávamos nos esquerdistas quando estes estavam na oposição. Podemos sim apontar as incoerências e contradições que este governo está cometendo, mas não podemos limpar a sujeira com pano mais sujo ainda. O Bolsonaro falou que a indicação do novo ministro do STF é prerrogativa do presidente, e isso é fato. Devemos seguir a mesma atitude em tudo o que está correto, mesmo que quando estávamos na situação estas, não foram corretamente atendidas pelas entidades que se julgavam competentes para corrigir o que lhes era desfavorável. Toda a concessão, gera obrigação. Quando foi impedida a nomeação do Lula como ministro pela Dilma, a oposição comemorou e não deveria ter comemorado. Abriu-se um precedente que foi a porta de entrada para outros, cada vez mais fora dos preceitos jurídicos. Nem tudo o que o atual governo faz está errado. Ao corrigir os pagamentos supostamente indevidos do que era “bolsa família” e foi transformado em “auxilio Brasil”, está se fazendo críticas totalmente descabidas. Duas delas: Para que mudar o nome do programa e estão tirando o sustento das famílias de pouco poder aquisitivo. Se achamos errado mudar o nome do programa, não deveríamos ter feio isso. Se estão reduzindo o pagamento dos auxílios é porque possivelmente tenham detectado, alguma irregularidade. Se ficarmos fazendo críticas descabidas, cairemos no descrédito. Não devemos fazer o jogo deles para não dar margem a que façam isso, cada vez com menos escrúpulos. Eles não se envergonharão disso. Quando a casa do mentiroso pega fogo, ninguém irá acreditar e também não devemos lutar com porcos, ambos sairão sujos, e os estes não se importarão com isso.

 

Utopia, distopia, narrativa, mentira, impostura, arbítrio e distorções da realidade. Tudo isto se vive no nosso país, sem que a maioria do povo se dê conta. Estamos sendo conduzidos a um regime ditatorial, imposto por um poder do qual não se pode apelar a qualquer outra autoridade. Ele se auto regula e se move conforme os seus desejos, ou de outro ente invisível a sociedade, que sofre por suas atitudes nefastas. Para que se tornasse realidade foram necessárias muitas dissimulações e mentiras. Somente isso não foi suficiente, teve que se empregar também a força dizendo que não era repressão e sim aplicação das leis. Leis estas que não existiam e não existem. Um bom governo chega ao poder e se mantem nele naturalmente. Não necessita de subterfúgios e malabarismos retóricos para convencer o povo de que está fazendo o correto, tampouco necessitaria de artifícios para se consolidar. Quantas mentiras e despotismos foram praticados para que o atual governo esteja onde está. Um bom governo não é imposto e sim conquistado pelo apelo popular. Um bom governante não precisa de muita propaganda para ser notado. Não precisa de marketing e grandes gastos publicitários para ser popular. Não será com ameaças de cortes em assistencialismos que o poder perdurará. Ele pode ficar temporariamente, mas logo perecerá. Desnecessário se faz nominar quem são os líderes que se utilizam de tais subterfúgios para manterem-se no poder. Eles não serão perenes e logo sucumbirão. Quando isso ocorrer, haverá choro e ranger de dentes.

Afonso Pires Faria, 21.06.2023.


 [APF1]

sábado, 10 de junho de 2023

SÓ QUE O MAL DA COM UMA MÃO, E COM A OUTRA VEM TOMAR.

 

Eu ainda não fazia a barba quando ouvi no rádio a notícia de que haviam criado uma lei que limitava os salários de funcionários públicos ao dos ministros do STF. Pois bem: a lei deve seguir em vigor, mas os funcionários seguem recebendo salários, tanto brutos como líquidos, trinta vezes superiores ao teto estipulado como base. Os ministros, para não sofrerem tanto, incluem em seus salários, penduricalhos que permitem o teto seja multiplicado por quantas vezes forem necessários para atingir o valor pretendido por eles.

 

O “Leviatã” está cada vez mais sedento de poder. Avança a passos largos rumo à ditadura total. O pior de tudo é que nem para inovar eles se dão o trabalho. Utilizam as mesmas técnicas do passado que, como foram vitoriosas, poderiam ser também agora. Foram e não deveriam ser. Poderiam e não é admissível que seja. O pior é que, de fato serão. A censura, tentada pelo governo “democrático” hora vigente, assemelha-se as ações dos mais torpes ditadores do século passado quando se davam ao direito de violar as correspondências dos cidadãos. Eles não tinham ainda o poder de impedir que as pessoas escrevessem, portanto impediam que lessem. Agora, para garantir a “liberdade”, eles simplesmente querem impedir de escrever o que as pessoas pensam. Quem leu a obra de George Orwel, “1984” e ficou acreditando que aquilo não passava de uma distopia impossível de ocorrer, agora se vê diante da realidade com as mesmas censuras, só que turbinadas. E a torcida ainda aplaude e ainda pede bis!

 

O povo exige que o governo lhes dê saúde, educação, segurança, moradia, salário digno e alimentação. Não param por aí as reivindicações. Sempre que atendidas elas são acrescentadas de algo mais. Cada vez que o governo concede ao povo algum direito está, de fato, o submetendo a subserviência. Tudo o que almeja um ditador, é uma oposição que obtenha alguns êxitos. Estes são concedidos em doses homeopáticas, para que se tenha uma falsa percepção de conquista, quando na verdade são migalhas jogadas ao chão, da mesma forma que se ceva animais para o abate. Nada é mais nefasto para uma sociedade do que ser atendida em seus pleitos pelo estado. Este se sente cada vez mais no direito de comandar o comportamento de seus súditos. Não peçam nada ao governo daquilo que você possa conseguir com seu próprio esforço. Se ele lhe der, certamente lhe tomará em dobro no futuro.

Afonso Pires Faria, 10.06.2023.

quinta-feira, 25 de maio de 2023

UTOPIA DISTÓPICA.

 

A nossa CF garante ao cidadão o direito a propriedade. A mesma, porém, deve cumprir uma função social. O que é função social? Como, quando, quem é que estipula os critérios? Um governo absolutista responderia: Como nós quisermos, quando nos convier e quem nós escolhermos para fazer. Este conjunto de regras criado em 1988 engessa o bom governante e libera aquele que dela saiba fazer mau uso. Este arremedo de constituição faz do estado o verdadeiro proprietário de tudo que temos. Somos apenas usufrutuários que pagamos para utilizar o que é nosso por direito.

 

Para os brasileiros que gostam de humilhar os argentinos, o nosso atual presidente lhes deu um ótimo alento. Chamou o presidente de lá para vir ao nosso país e ofereceu-lhe esmola. Mas isso não será para agora disse o sapo barbudo. Terá o pobre desgraçado que esperar. Pior ainda: teve que sorrir em agradecimento. Que seja logo, deve ter pensado ele, pois se demorar, quem terá que emprestar para eles seremos nós, já que o nosso presidente tem como meta não se transformar em Argentina nem Venezuela. Quer pular etapas e tem como modelo a ilha caribenha.

 

É o enlouquecimento de uma sociedade. A superlativação do ridículo. Cada dia que passa estamos sendo submetidos a uma lavagem cerebral que se não for estagnada nos conduzirá a um mundo totalmente fora da realidade. Fazer valer o suposto e não o real é uma inversão de valores que somente pode ser permitido no mundo dos loucos. Refiro-me ao caso de se considerar como crime chamar um homem que se reconhece como mulher, pelo substantivo masculino. Sim, está cometendo crime. Antigamente se tu chamasses um amigo de “mulherzinha”, quando ele tinha alguma atitude digna de uma mulher e não de homem, isto era tido como uma simples chacota e quando muito poderia levar o insultador e o insultado as vias de fato. Agora é considerado crime de tu chamar um homem de homem se este se considerar uma mulherzinha. Já é isso uma “distopia utópica”.

Afonso Pires Faria, 25.05.2023.

quinta-feira, 18 de maio de 2023

CATÁSTROFES A VISTA.

 

O que faz de um programa de governo se tornar um fracasso ou sucesso perante o público? Temos algumas variáveis. Depende do público e da forma do governo implementar o programa. Danem-se os resultados se a pesquisa apontar que foi bem sucedida. O Pronasci, que era um programa que visava a segurança da população aplicou aproximadamente 1,5 bilhões na empreitada. As verbas foram direcionadas para comunidades, programas de alfabetização, cultura e outras filigranas. O programa do governo que veio a seguir investiu em combate a criminalidade e melhores condições de atuação das polícias. Este foi considerado um fracasso e o outro um sucesso, segundo pesquisas. Os resultados é que o que fracassou reduziu de 60 para 40 mil as mortes violentas anualmente. Tudo o que beneficia o malfeitor é aplaudido em países com baixa cultura e grau de escolaridade. No Brasil, se um delinquente reagir a prisão e entrar em luta corporal com o policial, pode na audiência de custódia alegar que foi agredido e tem grandes possibilidades de ser posto em liberdade por isso. Em países civilizados se o bandido se entregar, é uma atenuante e terá sua pena abrandada. Aqui é o contrário, se ele o fizer, não poderá ser liberado por uma possível agressão da autoridade. No nosso país, a possibilidade de um crime ser descoberto é de aproximadamente 8% e a punição do infrator é de um percentual ainda mais risível. E saibam vocês gaúchos, que o crime organizado na cidade maravilhosa teve seu incentivo por um conterrâneo nosso, que quando governador do estado, proibiu a polícia de entrar nos morros. Daí para frente a tolerância para com o crime organizado só veio a crescer. Um sujeito que cometeu vários delitos, na fuga da polícia, foi capturado. Foi logo solto pelo juiz de audiência de custodia alegando auto defesa. Sim, ele ignorou todos os crimes do meliante e levou em consideração a indisciplina por negar a se entregar, como se este fosse uma atenuante e não uma agravante. A possibilidade de um crime ser punido em um país é diretamente proporcional a cultura de seu povo.

 

A oposição está muito esperançosa com a instalação da CPMI do dia 08/01. O governo mal começou a agir e já tem contra si um obstáculo dificílimo de ser superado. Os fatos ocorridos neste fatídico dia levam a crer que o governo no mínimo foi negligente com os invasores dos prédios dos três poderes. As provas colhidas levam a crer que não foi somente negligência, houve conivência ou até mesmo participação ativa. Comissão instalada, não faltarão provas para comprovar estes fatos. Tudo provado, demonstrado, fotografado e filmado, serão tomadas as devidas providências para..... NADA. Quem articulou o “mensalão” e o “petrolão”, foi o mesmo que deu a brilhante ideia. Ele foi solto e continua nas trevas agindo. Alguém acha, de sã consciência que a invasão dos prédios foi um ato mais grave do que os crimes anteriores? Invasões já forem feitas outrora e ninguém foi preso. Desta vez, se deram ao desplante de prender não os que atuaram de fato, mas um grupo outro qualquer. Tudo feito ao arrepio da lei. Eles possuem a narrativa e para um povo ignorante, isto é que vale. Vejam como exemplo as promessas do atual governante para conquistar os votos.

 

O atual governo, quando começar a ruir, irá colocar a culpa no legislativo que não aprovou os seus projetos. Deveria saber, no entanto que a forma de eleição do executivo foi uma e do legislativo outra. Esta tem que se ganhar, aquela pode-se tomar.

 

Punir com o dobro da pena uma infração que cuja pena não será cumprida é um estímulo quadruplicado a criminalidade.

Afonso Pires Faria, 18.05.2023.

domingo, 30 de abril de 2023

SELETIVIDADE.

 

Em julho de 1969 o astronauta Armstrong pisou na lua. Foi o primeiro ser terrestre a fazer isso. Foi seguido por mais 11 pessoas a proceder tal feito. A última missão em que algum de seus tripulantes pisou em solo lunar foi em 1972. Agora vejo com surpresa que será lançada uma nova missão ao nosso satélite natural. Esta terá algo de muito importante. Terá na sua composição um homem negro e uma mulher. Será um feito já que todos os anteriores eram brancos e do sexo masculino. Finalmente a diversidade será representada. Fica faltando agora uma maior representatividade, pois ficou parecendo que esta gente que faz a seleção é transfóbica. E outro detalha: estes tripulantes não pisarão em solo lunar, o que deixara uma suspeita aos defensores da diversidade de que isso também é uma discriminação. Em matéria de lacração esta gente se supera.

 

Nem só de desastres e incoerências vive o governo do sr. “stalinácio”. O “andrade”, vez por outra também acerta. Vejam o caso que está sendo muito criticado da taxação dos produtos importados. Segundo a militância que defende o antigo governo, esta medida fará com que algumas empresas deixem de operar no nosso país. Pois bem, que deixem e criem algum desemprego. É certo que tal medida afetará a empregabilidade no país, mas o atual governo nunca enganou os seus eleitores neste quesito. O estado é que importa. E se o ente federativo não está obtendo lucro com isso, que se encerrem as operações sem nenhum prejuízo.

 

O assassinato de um ser humano, com requintes de crueldades e por motivo fútil é um crime que deve ser desprezado, e desestimulado de todas as formas. Quem os comete deve ter a devida punição com as agravantes devidas. Se forem em número maior, tanto maior também deverá ser pena. O cometimento do crime é o mal principal, os agravantes, são os acessórios. A idolatria ou até mesmo a tentativa de formação de grupos com viés criminoso deve ser combatido de todas as formas e com todos os recursos disponíveis. Os nazistas e neonazistas, sempre que identificados são punidos de forma exemplar para que não sequer vislumbrem a possibilidade de outras tentativas de formação destes grupos. Outras ideologias também nefastas também deveriam ser punidas ou desestimuladas. O problema é que no mundo todo existe esta diferenciação dos criminosos. Uns são punidos veementemente pelo simples fato de tentarem se agrupar, no entanto outros desfrutam da total liberdade de falar, se reunir e até mesmo formar um partido político utilizando suas ideias. Se ambos foram e são ideologias que causaram inúmeras mortes para sua implantação, porque um é criminalizado e o outro idolatrado se todos eles praticaram crimes, que é o mal principal. Somente o que os diferencia é o acessório, ou seja, a causa pela qual eles os cometeram. Atitudes similares a esta, seria classificar que: todo o alemão é fedorento, todo o negro é relaxado, todo o índio é preguiçoso, e por aí vai. Segundo um meio de comunicação do sul do nosso país, existe aproximadamente dez mil neonazistas no país e destes, mil são gaúchos. Como este órgão de imprensa conseguiu estes números é que fica a dúvida já que se alguém se declarar membro de um agrupamento com este fim, é considerado criminoso.

 

Considero praticamente impossível a vitória do bem contra o mal no nosso país. O motivo é que um lado lida com a honestidade, o factual, correto e verdadeiro e o outro com a desonestidade, a narrativa, o perverso e usa de fatos não reais e impossíveis, mas que muitos gostariam que ocorressem. Isto acontece por haver pessoas que querem subir na vida sem nenhum esforço a custa dos outros.

 

Vejam que crueldade! Um indivíduo teve a ideia de que para solucionar o problema da criminalidade no Rio de Janeiro bastaria um avião borrifar gasolina em todos os morros ocupados majoritariamente por bandidos, e depois atear fogo. Imaginem quantos inocentes perderiam a vida. Ainda bem que esta ideia não prosperou e os bandidos seguem vivos fazendo assaltos e cometendo crimes. Reparem quantos inocentes são vítimas destas atrocidades. Também acho injusto, mas é uma questão de opção.

 

Somente em um regime ditatorial é que não se permite qualquer tipo de crítica as instituições constituídas. Agrava-se o caso quando somente uma delas é digna de proteção e as outras podem ser vilipendiadas a gosto de qualquer um.

Afonso Pires Faria, 30.04.2023.