segunda-feira, 29 de outubro de 2012

CADEIA NÃO.


               Posso estar enganado, pois são parcos os meus conhecimentos jurídicos, mas como já passei dos 50, já vivi bastante para ter algum discernimento do que julgo certo e errado. Longe de mim, querer defender os mensaleiros, mas penso que cadeia, não seria a melhor forma de punir os elementos que participaram destas falcatruas.
            Creio que em um futuro, não muito distante, as pessoas ficarão perplexas ao saber que, seres humanos eram privados da liberdade durante muitos anos. A privação da liberdade, creio, deve ser para elementos que, soltos, representam perigo a sociedade, pois não sabem agir civilizadamente. Os mensaleiros, não são nada disso. O perigo que eles representam para a sociedade, é de novamente locupletarem-se dos cofres públicos.
            Existem formas muito mais baratas para a sociedade, e quase tão, ou tão eficiente, que possa fazer com que estes marginais, paguem pelos erros cometidos. Se em lugar das multas, fizéssemos eles devolver cada centavo desviado dos cofres públicos, e impedissem eles de participar de qualquer ato político, certamente o povo estaria, não só ressarcido dos prejuízos, e sem custos para o Estado, como ficaria estes elementos impedidos de praticar delitos.
            É fácil  controlar este tipo de gente, e puni-los de forma exemplar, tirando-lhes os bens e fazendo trabalhar o resto da vida sem direitos políticos, para que pague os erros que cometeram.
            Infelizmente as nossas leis são tão permissivas e tão benevolentes, que este tipo de punição, não é permitida pela  humilhação, e facilidade com que o punido teria para escapar do castigo. Mas que seria bem mais vantajoso e econômico para o Estado, isto seria. Mas o povo quer ver barbárie mesmo, quer ver humilhação, não se importando que para isto tenha que pagar mais caro e os resultados sejam menos compensatórios.
Afonso Pires Faria
Caxias do Sul, 26.10.2012. 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

NO PAÍS TOLERANTE.


Existia um pais qualquer, no sul, do sul do mundo, que era governado de forma intolerante. Um pobre rapaz, foi pego pichando a fachada de uma igreja, e lhe foi imposta uma punição tão severa e cruel, que ele, coitado, nunca mais conseguiu chegar perto de uma lata de tinta, pois isto lhe provocava uma profunda angustia, tal foi a punição que recebeu pelo ato cometido no passado.Também nunca teve, o pobre rapaz, nenhuma recompensa em seu país, por ter sido vítima, de preconceito, quando mais novo, por ser baixinho e gordo.
            Em um país vizinho, já a coisa era bem mais tolerante. O indivíduo de delinquiu, foi devidamente tratado em clinica psiquiátrica, pois se tratava de uma vítima da sociedade, pois havia sido discriminado quando novo por ser gordo e baixinho.  Foi indenizado por isto, o que lhe possibilitou viver tranquilamente o resto da sua vida.
            Os dois casos, são fictícios, caricatos e se tratam de uma mesma pessoa, somente em locais diferentes. A grande maioria, certamente, escolheria viver no segundo país. Mas isto só é uma escolha correta, se a pessoa que opta pela escolha, for o marginal, e não o restante da sociedade que terá que arcar com os custos do ato do elemento pernicioso a ela.
            Foi a sociedade, que teve que arcar com os custos de todos os danos por ele causado , como também os tratamentos dos quais ele se beneficiou, como também as indenizações, por ele recebida, pelo simples fato de ser um marginal, baixinho e gordo.
            Em uma sociedade assim, privilegia-se o mal feito, e pune-se aquele que está dentro das normas, não tardará a falir. Todo o excesso de tolerância cobra seu preço.
Afonso Pires Faria.
Caxias do Sul, 25.10.2012.

domingo, 21 de outubro de 2012

CONSERTANDO A COISA ERRADA.



Será que se tivermos o pneu do nosso carro furado, e consertarmos-lhe a buzina, solucionará o problema? Lógico que não. Pois o governo, incompetente para solucionar o problema da educação básica, para solucionar o problema, cria o sistema de cotas. Se tivéssemos um ensino básico de qualidade, não haveria necessidade de cotas. Mas é assim: o velho ranço marxista. Onde não existe lutas de classes, que se crie uma.
Afonso Pires Faria
Caxias do Sul – 22.10.2012

DEMAGOGIA A SOLTA.


Tanto mais fácil será de defender uma causa, quando mais demagógica ou estúpida ela for. E a semente brotará com mais vigor ainda se a terra em que ela for plantada for fértil e apropriada para tal. Quanto maior a cultura de uma pessoa, maior será a facilidade que ela terá de discernir entre o bem e o mal, o útil do inútil, o acessório do principal etc.. Um povo sem instrução, sempre vai preferir aquilo que lhe traga satisfação mais imediata, ou que tenha melhor aparência do que utilidade, preterindo as que, de fato, lhes trarão, mesmo que à longo prazo, melhorias concretas.
            Não é na frente de um clube social de alta classe, e sim nas paradas de ônibus, que os golpistas se postam para atrair as suas vítimas pois é ali, que se encontram as pessoas  que tem desejos incontidos e de difícil alcance, portanto fáceis de serem ludibriadas.
            Assim são feitas as leis em países com baixo nível de educação. Quanto mais desnecessária e mais demagógica, mas mais atraente ela for, melhor será recebida pelo povo, que assim como os enganados por golpistas, mais tarde, se darão conta de que foram ludibriados.  Sempre é bem vinda uma lei que procure beneficiar uma parcela da população. O problema é que, a lei mais básica de economia já diz que os recursos são escassos, e não se pode beneficiar uma parcela da sociedade, com dinheiro público, sem que outra tenha que pagar por isto.
            O que mais me irrita na lei das cotas, por exemplo, não é o fato de ela humilhar os afro descendentes, e sim saber que ela é discriminatória e que políticos inescrupulosos, utilizam-se dela para ganhar votos.  A redução de impostos e o alongamento de prazo, para compra de automóveis, foi um golpe aplicado pelo governo, que somente será percebido, quando já for tarde. Tal qual o cidadão que foi vítima do conto do bilhete, só vai se dar conta do golpe, tardiamente. “Se os homens soubessem como são feitas as leis, e as salsichas....”.
            Pois é bem assim que são feitas as leis no Brasil, quanto mais enganadoras, mais o povo vai aplaudir. Mas uma coisa é certa, a fatura virá.
Afonso Pires Faria
Caxias do Sul 22.10.2012
                

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

É DA ÍNDOLE


Existe uma fábula de um escorpião que em querendo atravessar um rio e não sabendo nadar, pede ajuda a tartaruga. Esta alega que sendo ele um animal peçonhento, seria temeroso, pois poderia em uma picada, tirar-lhe a vida. O escorpião alegou que se isto ocorresse ambos morreriam. A tartaruga acreditou, mas no meio da travessia o escorpião deu-lhe uma picada fatal e alegou: não adianta, é da minha índole, e ambos morreram.
            Pois no Brasil ocorre a mesma coisa. Aqueles que tentaram chegar ao poder pela força, roubando e assassinando, em não conseguindo, optaram pela via institucional. Lograram êxito, através da mentira, mas chegaram lá. Mas a índole do roubo e do assassinato, não cessou. Os escândalos de, desvio de dinheiro publico, apropriação indébita, e premiação de quem roubou e assassinou com fins espúrios, é sistemática. O enriquecimento de pessoas ligadas ao governo, do dia para a noite é freqüente e ninguém é punido, pior, alguns são premiados.
            Foi pela via institucional, mas não adianta. É da índole.

Afonso Pires Faria
01.06.2011

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

SERA QUE IRÃO FAZER DE NOVO?


Não te preocupa Zé Dirceu. Logo, logo depois de tu preso, os teus correligionários, sequestrarão um embaixador, e te libertarão da prisão. Isto já aconteceu uma vez, não custa fazer de novo não é?
Afonso Pires Faria
11.10.2012

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

FICHA LIMPA, INJUSTA.


           Sempre fico com um pé atrás quando surgem leis, principalmente as de iniciativa popular, que aparentemente, agradam a todos. Um exemplo é a famosa lei da “ficha limpa”, que com o propósito de tirar de circulação, políticos desonestos, tira também a possibilidade e o direito da população escolher quem é, e quem não é digno de ser seu representante. Este direito passa a ser exercido pelos magistrados.
            Pois eu sou contra este intervenção de qualquer órgão, no direito do povo de escolher seus representantes. Este tolhimento de direito, abre um precedente para que, em um futuro, não muito distante, tenhamos um espectro tão exíguo, que será difícil escolher quem se enquadre no perfil de ser candidato.
            já no primeiro passo, se cometeu, a meu juízo, uma grande injustiça. O prefeito Tarcísio Zimermmann, de Gravataí, foi escolhido pelo povo, mas não poderá, a principio, tomar posse, pois a uns 8 ou 10 anos atrás, apareceu em uma foto com um governador, na inauguração de uma obra.
            As próximas leis de impedimento de candidaturas podem alcançar candidatos caricatos, depois os feios, e aí por diante.  Também poderemos criar cotas para candidatos negros, mulheres e gays em uma proporção muito maior do que a que já existe. E isto tudo dentro do politicamente correto, pois a quanto tempo os brancos, homens e héteros vem ocupando estes cargos? Nada mais justo do que fazermos justiça e criar possibilidade para estes excluídos. Riem de mim, mas se continuarmos nesta marcha, teremos um parlamento e um executivo formado apenas por pessoas escolhidas, não por nós, mas pelos magistrados, que não seria de todo mal, mas também pelo poder executivo e legislativo, o que seria o caos.
Afonso Pires Faria
Caxias do Sul. 10.10.2012

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

PRENDE E SOLTA




Sempre defendi, e sigo defendendo, os magistrados, que de forma, muitas vezes temerosa, solta elementos que cometeram crimes graves, e muitas vezes prende quem comete um pequeno delito. A culpa destes atos, sempre recai sobre o juiz que manda soltar o de maior, e prender o de menor periculosidade.
            A maior vítima deste emaranhado de leis que temos, depois da sociedade, é o juiz que tem que decidir, em poucas horas, qual a lei e qual a doutrina a ser aplicada para o fato.  Quando um erro é cometido pelo responsável pela soltura de um marginal, que logo depois de solto, comete outro crime, a imprensa é prodiga em acusa-lo de negligente ou em responsabiliza-lo pelos delitos cometidos pelo marginal solto.
            Não podemos isentar totalmente de responsabilidade aquela autoridade responsável pela soltura, mas não podemos esquecer que, estes mesmos que o condenam, criticam o parlamentar que foi eleito e não apresentou nenhum projeto de lei. Por outro lado aplaudem e tratam com pompas e circunstâncias aqueles, que de forma irresponsável, criam leis, muitas delas absurdas.
            A mão que afaga, é a mesma que apedreja. Quanto mais liberais forem as leis criadas pelos nossos deputados, mais aplaudido ele é. Se cria alguma lei que é severa para com o cidadão, não faltam entidades e pessoas para critica-lo. Enquanto tivermos vivendo sobre a ditatura do “politicamente correto” e do tratamento igual aos desiguais, estamos fadados a este tipo de coisas.
            Não se queixem dos magistrados. Simplesmente não votem em deputado que  fazem leis benevolentes, e que lhe rendem votos para sua longa e irresponsável permanência como  representante do povo.

Afonso Pires Faria
Caxias do Sul, 05.10.2012


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A HORA É AGORA.


Todos sabiam que as coisas não eram, realmente, como de fato eram, mas a contabilidade perfeita e os meandros que a justiça oferece, faziam parecer que a coisa era,  como eles achavam que deveria ser.  Até parece um pouco confuso este ser e não ser, mas a coisa sempre funcionou bem assim até que um deputado atirou no que viu e acertou no que não viu, e deu-se a merda. Este é a meu ver o resumo do que gerou o processo 470 (mensalão).
            Sempre se fez as coisas erradas na política, mas sempre se achou um meio de encobri-las, e tudo ficava resolvido. Quando algum membro do sistema se arvorava a discordar, dos métodos utilizados, os caciques ou o ignoravam, ou expulsavam do partido com requintes de crueldade. Aqueles que não tiveram a sorte de, nem expulsos nem ignorados, depararam-se com um fim bem menos interessante.
            Assim age o partido que agora está no poder. Acobertam, desdenham, e eliminam todas as vozes dissonantes do que seus membros, no passado, traçaram como meta. Ascender ao poder total de qualquer forma, utilizando-se de quaisquer meios para atingi-los e em atingidos, usando também de todas as formas para manterem-se nele.
            Rogo a Deus, que dizem ser brasileiro, ilumine as mentes e os corações dos brasileiros que agora, já sendo alertado sobre os fatos, pelos representantes maiores da justiça, tomem uma decisão correta não hora de votar e elimine, de vez, do nosso país mentes tão nefastas que emporcalham o nosso meio político.
Afonso Pires Faria
Caxias do Sul, 03.10.2012