Sempre defendi, e sigo defendendo, os
magistrados, que de forma, muitas vezes temerosa, solta elementos que cometeram
crimes graves, e muitas vezes prende quem comete um pequeno delito. A culpa
destes atos, sempre recai sobre o juiz que manda soltar o de maior, e prender o
de menor periculosidade.
A maior vítima deste emaranhado de
leis que temos, depois da sociedade, é o juiz que tem que decidir, em poucas
horas, qual a lei e qual a doutrina a ser aplicada para o fato. Quando um erro é cometido pelo responsável
pela soltura de um marginal, que logo depois de solto, comete outro crime, a
imprensa é prodiga em acusa-lo de negligente ou em responsabiliza-lo pelos
delitos cometidos pelo marginal solto.
Não podemos isentar totalmente de
responsabilidade aquela autoridade responsável pela soltura, mas não podemos
esquecer que, estes mesmos que o condenam, criticam o parlamentar que foi
eleito e não apresentou nenhum projeto de lei. Por outro lado aplaudem e tratam
com pompas e circunstâncias aqueles, que de forma irresponsável, criam leis,
muitas delas absurdas.
A mão que afaga, é a mesma que
apedreja. Quanto mais liberais forem as leis criadas pelos nossos deputados,
mais aplaudido ele é. Se cria alguma lei que é severa para com o cidadão, não
faltam entidades e pessoas para critica-lo. Enquanto tivermos vivendo sobre a
ditatura do “politicamente correto” e do tratamento igual aos desiguais,
estamos fadados a este tipo de coisas.
Não se queixem dos magistrados. Simplesmente
não votem em deputado que fazem leis
benevolentes, e que lhe rendem votos para sua longa e irresponsável permanência
como representante do povo.
Afonso
Pires Faria
Caxias
do Sul, 05.10.2012
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