quarta-feira, 20 de dezembro de 2017



A impossibilidade de se fazer uma mudança política, de fato no nosso país, passa ao largo do que divulga a nossa grande mídia. O crime de ontem é logo abafado com o de hoje, seja ele de maior ou menor monta. A própria população, facilmente manipulável, quer por ignorância ou fanatismo quando não os dois, colabora para que nada mude na forma em que se conduz os destinos da nossa nação. Para ficarmos em um exemplo recente, cito o caso da lava jato. Quando o alvo era o Lula, não faltaram defensores seus a alegar que tudo o que ele fez os outros já faziam e que por isto ele estaria perdoado, e assim está se empurrando com a barriga tanto os crimes deste, como os do atual presidente e toda sua alta cúpula. Enquanto o povo que vota, não entender as raízes do problema, seguirá escolhendo mal os seus representantes. Podemos mudar, mas sem o conhecimento das obras de Raymundo Faoro, Vitor Nunes Leal, Gilberto Freyre, José Murilo de Carvalho, Celso Furtado e Wanderley Guilherme dos Santos, esta missão se torna praticamente impossível.


Estive afastado de minhas leituras de notícias atuais para me dedicar a um aprofundamento dos meus conhecimentos sobre o mundo. Primeiro uma visão completa com a obra “Sapiens” de Yuval Noah Harari, com 450 páginas de uma agradável leitura. Depois me embebedei de prazer lendo a trilogia “O Século”; 3,5kg de livros em 2.850 páginas em três títulos: “Queda de Gigantes, Inverno do Mundo e Eternidade Por Um Fio”; A vida de cinco famílias de diferentes classes sociais, em quatro países diferentes, inseridas nos fatos históricos desde 1911 a 2008. Leitura de tirar o fôlego, e para os mais apaixonados também um pouco da noção do tempo. Recomendo ambas as leituras. 




terça-feira, 12 de dezembro de 2017



Quando alguém diz a celebre frase de que “os fins justificam os meios”, logo tem seu pleito rechaçado. Mas creio que o fato de o seu idealizador ter se utilizado desta máxima para fins espúrios, não quer dizer que não possa, este mesmo conceito, ser utilizado, mas para fins diferentes. O que, de fato conta para a sua benevolência ou meledicência são os fins, se estes são bons ou maus. Mas para desviar a atenção dos incautos, se põe tudo na mesma panela e, se existe um meio utilizado para justificar o fim, mesmo que este seja benéfico, ele é desconsiderado.

Fazer promessas vãs e mentir para o povo afim de se eleger é uma prática que somente pode funcionar se o alvo a ser atingido seja de uma significativa ignorância, uma debilidade mental ou ambas. Os últimos governos, assim tem agido para atingir seus fins. Para um povo que não tem nenhuma, ou quase nenhuma informação, e as que tem são distorcidas, fica fácil colher o fruto de sua pregação. Some-se a isto uma confusão mental causada na mente dos incultos, ao ver os praticantes de ilícitos acusando seus opositores e detratores, justamente do que eles o são. É a velha tática comunista aplicada e muito bem recebida pela população brasileira.

Se tu aceitas, pacificamente alguma benesse do governo por teres qualquer outra peculiaridade que outro não tem, cuidado. Este mesmo Estado que te deu, pode te tirar este e outros direitos. Se tu não só aceita, como também os reivindica, és um idiota.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017



Existe uma sutil diferença entre as pessoas. Umas, quando defendem uma causa que julgam justa, tratam indistintamente mocinhos e bandidos, desde que estes estejam ao seu lado. Outros condenam aqueles que estando ao seu lado se desviaram da causa. Este é o caso da maioria dos petistas. Condenavam Maluf, quando ele era simplesmente um ladrão, mas se aliaram a ele quando foi conveniente. Idolatraram Palocci, quando ele estava cometendo ilícitos, mas agora o criticam por ter se arrependido dos erros. 


Uma intervenção, quer seja militar, judicial, eclesiástica ou advinda de qualquer outra entidade, em um país democrático, nunca seria bem-vinda aos olhos das instituições internacionais. Este penso ser o único motivo que impede as FFAA em intervir neste antro que se chama República Brasileira. É impossível admitir que qualquer cidadão, minimamente esclarecido, esteja disposto a sustentar esta máquina administrativa perdulária, para ostentar o título de um país democrático. Confundem liberdade com libertinagem, direitos com privilégios e outras formas de dizer as coisas para que elas se tornem mais palatáveis aos desinformados, dos fins precípuos dos quais estão dispostos a instalar no nosso país.


O foro privilegiado, uma instituição que garante ao parlamentar externar as suas ideias, e a dos que ele representa sem ser punido por isto, está sendo desvirtuada. De fato, os parlamentares, para poder dizer aquilo que os seus representados não poderiam fazer, sob pena serem prejudicados por isto, devem ser protegidos para fazê-lo. Ocorre que o excesso de leis e normas, permitem que os parlamentares, usem deste instituto para se locupletar do bem alheio impunemente, mas outros são punidos por terem infringido alguma norma do “politicamente correto”. Dois casos emblemáticos nos chamam a atenção; Primeiro: José Sarney e Maluf, desde que entraram para o poder, nunca tiveram seus crimes punidos, utilizando-se das benesses do “foro privilegiado”. Ocorre que os crimes do qual estão sendo acusados, nada tem a ver com a atividade parlamentar e isto não deveria ser contemplado por esta benesse. Em segundo lugar, o deputado Bolsonaro está sendo criminalizado por ter proferido palavras em desacordo com as normas do “politicamente correto”, mesmo agindo dentro das atividades parlamentares e protegido pelo artigo 53 da nossa CF. Que país é este em que rouba e deixa roubar impunemente, mas se pune rigorosamente aquele que fala algo em desacordo com o os ditames da Nova Ordem Mundial?