terça-feira, 21 de maio de 2013

Vale tudo.


A coisa é muito mais grave do que parece. Para o individuo mais simples, que ignora os preceitos básicos de uma democracia, votar é o suficiente. Ignoram, os brasileiros que a democracia, não é estática, não é uma dicotomia de sim ou não. Para haver de fato uma democracia em um país, vários preceitos, alem das eleições, são necessários, tais quais, imprensa livre, direitos individuais, como o de propriedade plenamente atendidos e um dos mais importantes, a  harmonia e repartição entre os poderes, cada um ocupando os seus espaços, sem imiscuir-se um no outro.
            Pois é neste último, e um dos mais importantes, que no nosso país vai muito mal. O poder legislativo, esta sendo tolhido de seu direito constitucional, que é de legislar. Isto está sendo feito tanto pelo executivo, através de medidas provisórias, como pelo judiciário, vez por outra alterando artigos constitucionais por um simples ato administrativo. Tudo isto em nome de uma causa muito obscura, que a imprensa,  não da o devido conhecimento ao povo do que esta acontecendo.
            A nossa Constituição Federal, no seu Artigo 226 caput: Família, base da sociedade tem especial proteção do estado, § 3º é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar a sua conversão em casamento.  Pois o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que é um órgão do Poder Judiciário criado para fins de fiscalização administrativa e financeira dos demais órgãos do mesmo poder, resolveu também fazer às vezes de poder legislativo decretando a obrigatoriedade dos Cartórios Civis, descumprir o que estipula a nossa lei maior. Este órgão quer que, contrario ao que está escrito, considere dois gêneros diferentes, como iguais.
            Pois já que se quebrou o preceito do gênero, não custa quebrar também o de número, e poderemos ver o casamento de um homem com duas mulheres, ou de três homens. Está bom assim? Ainda não? Pois já que se abriu precedente, que tal aceitarmos também a inclusão de uma mudança de espécie? Haveria uma maior liberdade e uma menor exclusão, se permitíssemos também a aceitação a união entre um homem e uma cabrita, ou uma  mulher com dois cavalos. E em breve o gran finale com o homem finalmente podendo casar, com a sua moto, duas cabritas, uma mulher e também com um outro homem.
            Isto parece uma peça de humor, mas é uma tragédia anunciada.  As mulheres cozinhavam que nem as mães, e hoje, bebem iguais aos pais, fumar era elegante entre os homens, e ser “puto”, era feio. Hoje fumar é feio e ser gay é ser moderno e protegido por leis. Duvidem que cheguemos a situação esdrúxulas relativo ao casamento, e em breve verão que eu não estava exagerando.
Afonso Pires Faria – Caxias do Sul – RS 19.05.2013

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Quando devemos retroceder.


Nos tempos medievais, quando os reis eram o senhor de tudo e de todos, nada acontecia sem o conhecimento e/ou anuência deles. A complexidade das coisas e o número de pleitos a serem atendidos, fizeram com que fossem criados empecilhos para que as reivindicações chegassem ao soberano. Iniciava-se aí a burocracia, benéfica medida para igualar os cidadãos, pois todos eram tratados por servidores mais próximos de si e não do rei.
Acontece que esta mesma burocracia que facilitou a vida dos súditos no passado, hoje, muitas vezes, nos trazem complicações tamanho número de servidores e documentos que nos são exigidos para mantermo-nos dentro das normas.
As desigualdades entre os cidadãos também, no passado, eram muito grandes e alguns eram tratados como cidadãos de terceira classe, e outros recebiam benesses que nem sempre lhes eram dignas. Com o tempo, foram criadas leis que diminuíssem estas desigualdades, diminuindo-se assim, as injustiças antigamente existentes.
Como também na burocracia, estas medidas de igualdade, a meu ver, também muitas vezes extrapolam os limites e tratam iguais, os desiguais.
Creio que temos que saber a hora de parar. A diferença entre o remédio e o veneno, é a dose. Não é porque eu fiquei um dia inteiro sem beber água, que à noite eu vá conseguir beber três litros de uma só tacada. Tomemos cuidado então, para não matar o doente com o remédio da cura.
Afonso Pires Faria – Caxias do Sul 15.05.2013. 

terça-feira, 7 de maio de 2013

Hoje é piada, amanhã, realidade.


Existe uma piada de que o Google teria comprado uma determinada franquia de pizza, e quando o cliente ligava a atendente já sabia exatamente o que o cliente gostaria de encomendar, pois já sabia seus gostos, por um cadastro de pretéritos pedidos. Pois o que hoje é uma piada, amanhã pode ser perfeitamente uma realidade. Seremos impedidos de manifestar nossas preferências, por um motivo ou por outro.
Hoje já somos impedidos de manifestar nossas preferências por um determinado tipo de pessoa, já avançando um pouco, também não podemos manifestar nosso desconforto por acharmos estranho um homem casado com outro homem. Isto já é crime. Independentemente de eu agir ou não com violência contra este tipo de coisa.
Não tardará o dia em que as minhas preferências gustativas, também sejam controladas pela sociedade “politicamente correta”. Se um cidadão, um dia agrediu outro, por este gostar de pizza de camarão, todo o cidadão que não gostar de pizza de camarão, será considerado um criminoso. Pode parecer ridículo isto, mas o racismo e a homofobia para ser considerados como crimes, tiveram assim o seu início.
Através de uma medida simpática, tolhe-se o direito do cidadão. Também é por medidas simpáticas, aparentemente inofensivas, se vai implantando o ódio de uns para com os outros. Se não o ódio, pelo menos a discriminação. Criam-se castas, onde não havia. O governo na incapacidade de pagar bem os professores, apoia uma lei, que os isenta do pagamento de impostos. Parece inofensivo e simpático não? Mas é mais um monstrengo legislativo, mais uma lei discriminatória que se cria para justificar o injustificável.
Afonso Pires Faria – Caxias do Sul, 28.04.2013.