Nos tempos medievais, quando
os reis eram o senhor de tudo e de todos, nada acontecia sem o conhecimento
e/ou anuência deles. A complexidade das coisas e o número de pleitos a serem
atendidos, fizeram com que fossem criados empecilhos para que as reivindicações
chegassem ao soberano. Iniciava-se aí a burocracia, benéfica medida para igualar
os cidadãos, pois todos eram tratados por servidores mais próximos de si e não do
rei.
Acontece que esta mesma
burocracia que facilitou a vida dos súditos no passado, hoje, muitas vezes, nos
trazem complicações tamanho número de servidores e documentos que nos são
exigidos para mantermo-nos dentro das normas.
As desigualdades entre os
cidadãos também, no passado, eram muito grandes e alguns eram tratados como
cidadãos de terceira classe, e outros recebiam benesses que nem sempre lhes
eram dignas. Com o tempo, foram criadas leis que diminuíssem estas
desigualdades, diminuindo-se assim, as injustiças antigamente existentes.
Como também na burocracia,
estas medidas de igualdade, a meu ver, também muitas vezes extrapolam os
limites e tratam iguais, os desiguais.
Creio que temos que saber a
hora de parar. A diferença entre o remédio e o veneno, é a dose. Não é porque
eu fiquei um dia inteiro sem beber água, que à noite eu vá conseguir beber três
litros de uma só tacada. Tomemos cuidado então, para não matar o doente com o
remédio da cura.
Afonso Pires Faria – Caxias
do Sul 15.05.2013.
Muito bem Sr. Afonso. Nunca havia pensado em como se iniciou a burocracia. Parabéns, aprendi mais uma. Abs/Vilson Riva
ResponderExcluirAcrescento que a burocracia serve para facilitar a DEMOCRACIA, mas também pode servir para atender a interesses de seu criador. Há que se analisar as intenções que vem por trás do que está escrito.
ResponderExcluirVilson