quinta-feira, 25 de novembro de 2021

O GATILHO.

Qual é a virtude de um indivíduo que foi obrigado a praticar um ato para salvar outro? Isto ocorre frequentemente nas gangs de alta periculosidade, nos subúrbios das grandes cidades, onde o Estado perdeu o controle sobre aquela parte do município. Lugares onde a polícia não entra e os “gatos” são regulados por membros de uma facção. Ali impera a lei da selva, o chefe, geralmente ligado com o tráfico de drogas, é que faz as leis. Seus capangas são servis e obedecem, cegamente as suas ordens superiores. Se lhe for dado o comando para executar uma missão, mesmo que esta seja praticamente fatal, ele não titubeará. As ordens vão se tornando tão mais insanas e sem propósitos, na mesma proporção da insanidade dos que estão no comando. Isto tudo é feito em nome da preservação do gueto. Se for para proteger a comunidade, que se sacrifique um dos seus participantes. Não foi sempre assim. Esta prática está se intensificando e tendo um viés oficioso ou até mesmo oficial. O que era considerado barbárie, está sendo incorporado à sociedade civilizada. Isto é feito aos poucos, contando com a conivência daqueles que deveriam evitar estas atrocidades. Mas não; eles preferem seguir os ditames utilitaristas. Aos poucos, está se comunizando a sociedade. O indivíduo é apenas uma célula que deve seguir os ditames coletivistas. Os gângsters obrigam os seus capangas a cometerem crimes, o prefeito obriga o cidadão a se comportar de forma a proteger o coletivo em detrimento de sua liberdade. O pior é que esta forma de agir está saindo do âmbito municipal, atingindo os estados e, se depender do nosso judiciário, atingirá todo o país. Tudo à revelia do poder executivo. Isto é apenas um gatilho para que em um futuro próximo estejamos todos sendo escravos de um mestre que nem sabemos quem será. Por hora, atende pela alcunha de “ciência”, mas estes é tão somente uma caricatura. As virtudes somente serão cometidas compulsoriamente e sempre para o bem da comuna.

Afonso Pires Faria, 25.11.2021. 

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

CONTRA-PONTO.

 

Vamos por partes: Não temos energia, por exemplo, por vários motivos: falta de chuva e a impossibilidade de o governo terminar a hidrelétrica de Belo Monte, que foi possui 18 turbinas e só funciona com uma nos tempos de seca, porque os ambientalistas não permitem que funcionem a pleno. Inflação: é claro que a pandemia causou este desarranjo na economia. O presidente tentou mas o stf, impediu que se tomassem medidas menos agressivas para a economia. Isto ficou a cardo dos prefeitos e governadores que decretaram "fiquem em casa, a economia nos vemos depois" está aí o resultado. Ditadura: sim aí eu vou te dar razão. Quando um dos poderes manda prender parlamentar, abre inquérito de ofício, não dá ao advogado do preso, sequer acesso aos autos. Interfere nos outros poderes, mandando abrir uma cpi, e interfere em nomeações do poder executivo, isto é o prenúncio de uma ditadura sim. Não vejo nenhum isolamento internacional se não em termos políticos com os que defendem o globalismo. Estamos a pleno exportando. O que causou grande problema com os europeus, é que as ongs que exploravam os nossos minérios pararam de agir no nosso território, também o nosso governo deixou de ser o sustentador de outros regimes de países vizinhos fazendo obras para beneficiar outros povos que não o nosso. Metrôs, hidrelétricas e obras faraônicas em outros países, deixaram de ser feitas. Isto causou o isolamento mesmo. Sim a imprensa amordaçada é mais um sinal da ditadura que hora se avizinha, se não forem tomadas providências, mais uma vez te dou razão. Mas tenha presente que quem está amordaçando a imprensa é o poder judiciário, mandando prender jornalistas e deputados, estes, que tem prerrogativas para se manifestar livremente e estão sendo impedidos de fazê-los. O famigerado ai5, de fato estava quase voltando a pleno, mas o Presidente já tomou providências para que isto se estanque, ele não pode agir sozinho. Isto passa pelo legislativo e mesmo se passado, o judiciário pode tornar inconstitucional o que o presidente está tentando evitar, ou seja que se censure os meios de comunicação como vem sendo feito. Infelizmente não entendi o final da tua postagem quando falas que "é apenas uma quadrilha diferente no poder”. (Este texto foi uma resposta que dei a uma crítica que um amigo fez ao atual governo. Os assuntos abordados estão em negrito.)

Afonso Pires Faria, 15.11.2021.

 

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

NARRATIVAS.

 

Depende do ângulo em que tu vês as coisas. Ao vermos um sujeito qualquer, podemos classifica-lo como homem, negro, sujo, feio, bonito, alto, baixo, limpo, mulher etc.. Podes enquadrá-lo em qualquer estereótipo em que, no memento lhe seja conveniente. Os advogados, para defenderem um réu, usam vários argumentos puramente subjetivos, para tentar inocentá-lo. Ele era pobre e a vítima era rica, ele negro e o outro branco e por aí vai. Se não colocarmos filtros convenientes nas narrativas, corremos o risco de aceitar o que a mídia fala sem nenhuma responsabilidade, na maioria das vezes. Basta para isso utilizar as nomenclaturas corretas, para transformar o bandido em mocinho. Um “blogueiro” usou de uma “informante” para publicar a matéria. Um jornalista publicou a matéria baseado em dados coletados de uma fonte. As duas versões são verdadeiras, mas a primeira é divulgada com características de ilegalidades e a segunda repleta de direitos constitucionais e de ampla liberdade jornalística. A nossa imprensa perdeu totalmente a credibilidade de todos os cidadãos de bem e que detenham um pouco de conhecimento. Somente a levam à sério pessoas totalmente engajadas em derrubar o governo, por motivos diversos e alguns inconfessáveis, incultos e burros estimulados. Cometemos erros sim, ao julgarmos pessoas ou governos. Podemos nos iludir pensando que foram bons e depois ficar comprovado que não tinham tantas virtudes assim. Mas para sermos perdoados deste erro, devemos provar um bom percentual de ignorância do que se passava com o individuo ou a instituição. Um jornalista, escritor e historiador, não tem o direito de mudar diametralmente o seu conceito sobre um governo, depois de ter feito vários debates e escrito livros elogiando-o e agora acusando com a mesma verve que usava na defesa. Isto é falta de caráter ou muito dinheiro em jogo. Entendeu Sr. M. A. Villa?

 Afonso Pires Faria, 12.11.2021.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

DENTRO DAS QUATRO LINHAS.

 

Quando uma instituição que quer ser chamada de República, deve ao menos cumprir as normas instituídas para assim ser reconhecida. A tripartição dos poderes de Montesquieu obriga que haja separação e harmonia entre os três poderes com o cumprimento cada um, de suas respectivas obrigações. Que sejam independentes e que não haja interferência de um em outro. Cumprindo estas normas tudo correrá normalmente. Não havendo o respeito de um dos entes, os outros dois terão condições de agir para que a normalidade se estabeleça. Para o bem andar de uma democracia, as regras constitucionais devem ser seguidas e para fiscalizá-las existe um poder; o judiciário. Este é fiscalizado pelo legislativo. Na nossa República este sistema, até então, conviveu em harmonia. Quando acontecia algum inconveniente, o poder executivo corria para atender o pleito. O problema é que estes arranjos nunca foram republicanos. Cada um aceitava incorrer em algum descumprimento da lei e a coisa ficava em paz. Quem tinha a chave do cofre comprava a consciência de todos os partícipes dos outros poderes. Este conluio foi tomando proporções cada vez maiores. Bateu no teto. E bateu, justamente quando poderia ter batido. O atual Presidente não cedeu as chantagens e às está enfrentando. Para fazer frente a sua incompatibilidade com os mal feitos, Judiciário e o Legislativo se uniram jogando fora das normas constitucionais. O primeiro intervindo indevidamente no segundo e este tentando de todas as formas desestabilizar o Presidente, que segue firme em seus propósitos. Até agora somente atendeu aos pleitos dentro das “quatro linhas”, ou seja, sem dar margem a que lhe seja imputado crime algum. Isto está irritando os outros dois poderes, acostumados a serem obedecidos. Os poderes Divinos estão do lado certo e não permitirão que nosso país decaia.

 Afonso Pires Faria, 01.11.2021.