sexta-feira, 12 de novembro de 2021

NARRATIVAS.

 

Depende do ângulo em que tu vês as coisas. Ao vermos um sujeito qualquer, podemos classifica-lo como homem, negro, sujo, feio, bonito, alto, baixo, limpo, mulher etc.. Podes enquadrá-lo em qualquer estereótipo em que, no memento lhe seja conveniente. Os advogados, para defenderem um réu, usam vários argumentos puramente subjetivos, para tentar inocentá-lo. Ele era pobre e a vítima era rica, ele negro e o outro branco e por aí vai. Se não colocarmos filtros convenientes nas narrativas, corremos o risco de aceitar o que a mídia fala sem nenhuma responsabilidade, na maioria das vezes. Basta para isso utilizar as nomenclaturas corretas, para transformar o bandido em mocinho. Um “blogueiro” usou de uma “informante” para publicar a matéria. Um jornalista publicou a matéria baseado em dados coletados de uma fonte. As duas versões são verdadeiras, mas a primeira é divulgada com características de ilegalidades e a segunda repleta de direitos constitucionais e de ampla liberdade jornalística. A nossa imprensa perdeu totalmente a credibilidade de todos os cidadãos de bem e que detenham um pouco de conhecimento. Somente a levam à sério pessoas totalmente engajadas em derrubar o governo, por motivos diversos e alguns inconfessáveis, incultos e burros estimulados. Cometemos erros sim, ao julgarmos pessoas ou governos. Podemos nos iludir pensando que foram bons e depois ficar comprovado que não tinham tantas virtudes assim. Mas para sermos perdoados deste erro, devemos provar um bom percentual de ignorância do que se passava com o individuo ou a instituição. Um jornalista, escritor e historiador, não tem o direito de mudar diametralmente o seu conceito sobre um governo, depois de ter feito vários debates e escrito livros elogiando-o e agora acusando com a mesma verve que usava na defesa. Isto é falta de caráter ou muito dinheiro em jogo. Entendeu Sr. M. A. Villa?

 Afonso Pires Faria, 12.11.2021.

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