quarta-feira, 24 de setembro de 2014

COTAS PARA QUE?


Qual a real necessidade de termos um sistema de cotas? Se tivermos que pagar por um erro cometido no passado que o façamos sem humilhar os beneficiados, como é o caso dos negros. E que os que defendem este instituto que de o exemplo antes de decretá-lo. Este é o caso do governo federal que institui cotas, mas não as cumpre quando da escolha de seus ministros.
No caso dos homossexuais então nem se fala. Defendem a causa, mas não tem nenhum no ministério ocupado por gay, lésbica ou assemelhado. E olha que se aumentou, em muito, o número de ministérios para acomodar a “cumpanherada”.
Mas o caso mais grave, eu penso, ser o caso das mulheres. Elas são a maioria da população brasileira e só depende delas para escolher quem  deve representa-las. E precisam de cotas para isto?
Se tivéssemos uma educação de qualidade, não necessitaríamos tergiversar e nem falsear dados para praticarmos uma boa política. Bastaria, para sermos de fato democráticos, deixar o povo escolher livremente sem parâmetros que mais confundem do que ajudam na escolha.
O eleitor vota em um homem hetero e, por uma armadilha, termina elegendo uma mulher lésbica. Nada contra as opções sexuais nem de gênero, mas sim ao fato de que alguém que fez uma escolha e beneficiou  outra com parâmetros diametralmente oposto do desejado.

Afonso Pires Faria. 23.09.14.

domingo, 21 de setembro de 2014

A MENTIRA COMO ARMA


O exercício físico fortalece os músculos assim como a leitura e a informação fortalecem a memória e o poder de discernimento. Se a pessoa não se exercita, com o passar do tempo vai enfraquecendo o seu poder de mobilidade e diminuindo a sua força e a sua resistência. Assim também é aquele que não se informa e não exercita o cérebro. Este fica atrofiado tanto no seu poder de retenção de informação, como de memorização.
Juntado a dificuldade de reter e lembrar a uma técnica de persuasão fica fácil iludir o ignorante. Ouvi na propaganda do partido situacionista que: “Graças ao PT, que criou o bolsa família o povo hoje esta melhor economicamente”. Duas mentiras, que vem sendo repetida sistematicamente que já é aceita como verdade. Primeiro: o Lula, quando na oposição, criticava as bolsas, dizendo que elas faziam com que o povo votasse com o estômago e não com a cabeça. Tão logo tomou posse extinguiu as bolsas e criou o fracassado “Fome zero”. Constatado o fracasso, adotou novamente o plano que tanto criticava e que hoje reivindica a si a sua paternidade. Outra mentira é a da prosperidade do povo. Os números deixam claro que o Brasil cresce muito menos do que a média dos países em desenvolvimento e de seus vizinhos da América Latina.
De mentira em mentira este partido, que antes defendia a alternância no poder, hoje defende o continuísmo. Que criticava os banqueiros e lhes deu os maiores lucros da história do país. Que dizia que salário não é renda e hoje taxa com a maior alíquota os assalariados. Que criticava as alianças espúrias, e hoje se alia a antigos inimigos para não permitir que ocorra o que mais defendia, que é a alternância.
As inconsequências são tantas que eu ficaria aqui às citando por mais duas páginas. Contam eles com a fraca lembrança dos eleitores, que somado a baixa instrução e ao tempo de exposição de mentiras, que fica fácil iludir os incautos eleitores.
Temo pelo pior. Que se elejam novamente estes que aí estão. Ainda é tempo.

Afonso Pires Faria. 20.09.2014.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

ELES QUERIAM MAIS SANGUE


            Os que hoje dizem ter lutado contra a ditadura militar nos anos 60 e 70, são na verdade uns frustrados por não ter havido no Brasil um número maior de vítimas de um regime. A grande maioria esconde nos seus discursos o viés anti democrático que existia nas suas lutas.
            Os menos de 400 mortos e desaparecidos durante o regime militar, que durou 20 anos, foram alcançados em poucas semanas por um dos apoiadores da luta contra a “ditadura militar”. Fidel Castro, só na primeira noite após a sua vitória revolucionária fuzilou mais de 50 pessoas e nas semanas seguintes foram mais 700.
            Certamente os nossos combatentes do regime instalado no nosso país, gostariam de um banho de sangue semelhante a este e não os que os militares impuseram ao nosso povo. Se levarmos em consideração a proporção populacional dos dois países, o que ocorreu durante o regime militar no Brasil, pode ser comparado a uma aula de catecismo, e não a um massacre como querem os nossos “defensores da democracia”.
            Devemos também levar em conta que houve baixa dos dois lados durante o regime militar. Isto significa que grande parte dos mortos no Brasil perderam a vida em combate, ao contrario das vítimas cubanas que foram sumariamente fuziladas. Podemos também subtrair das “vitimas” do regime militar as 10 vítimas que foram justiçadas pelos próprios companheiros.

Afonso Pires Faria - 07.09.2014.

domingo, 7 de setembro de 2014

BEM VINDO AO GRUPO.


Tu serias favorável que um cidadão que contribuiu durante 35 anos para a previdência, e que durante este tempo tivesse acumulado capitalizados R$ 100.000,00 recebesse apenas 24 parcelas de R$ 1.000,00 perfazendo um total de R$ 24.000,00, enquanto outro cidadão, com o mesmo tempo de contribuição, com os mesmos valores recebesse, não 24 mas 124 parcelas dos mesmos R$ 1.000,00 com um montante de R$ 124.000,00?
Se tu achas isto injusto então, bem vindo ao grupo dos que são favoráveis a aplicação do Fator Previdenciário, tão demonizado pelos políticos demagogos.

Afonso Pires Faria. 05.09.2014. 

sábado, 6 de setembro de 2014

PERDI O MEU TEMPO


Durante os meus primeiros anos escolares fui obrigado a aprender muitas coisas que hoje estão caindo em desuso. Dizem que a linguagem é dinâmica, que as expressões mudam, se adaptam a modernidade e se aceita a linguagem coloquial no lugar da culta em determinadas ocasiões. Concordo que a erudição extremada torna a nossa comunicação muitas vezes incompreensível, mas não podemos também estuprar a nossa língua e simplifica-la a ponto de, em breve, estarmos usando grunhidos e urros para nos comunicarmos.
Estamos simplesmente eliminando do nosso vocabulário os pronomes pessoais. Quanto tempo eu perdi aprendendo a entendê-los e a conjugar os verbos. Eu, tu, ele, nós, vós, eles. Presente, passado, futuro, pretérito perfeito, imperfeito do indicativo, e por aí vai. Pois não é que um gênio da linguística moderna resolveu todo o problema! Criou a expressão “A gente”. Pronto. Agora tudo é “a gente”. Este recurso, creio, poderia ser utilizado eventualmente, e somente em linguagem de periferia. Mas não. Ela incorporou-se ao nosso vocabulário, creio que definitivamente em todos os meios de comunicação.
Tentem observar o número de vezes que esta expressão é utilizada por comunicadores da grande mídia. São no mínimo dez usos por cada minuto. Se for jogador de futebol, que eu penso deveria ser proibido fazer uso da palavra, para não emburrecer ainda mais o nosso povo, o índice sobe para vinte, e não a cada minuto, mas a cada trinta segundos.

Pois é, perdi meu tempo aprendendo a conjugar verbos que hoje poderiam, todos eles, ser substituídos por o “A gente”. Ouvi uma apresentadora de TV, agora mesmo pronunciar que: - a gente esta falando de.....e a  gente volta em seguida, porque a gente esta muito preocupada......É o fim.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

É PIOR DO QUE PARECE.


            Sempre fui contra o voto concedido a qualquer cidadão indiscriminadamente. Assim como se tem de provar as habilidades para se exercer determinada profissão, para votar, me parece ser esta comprovação imprescindível. O voto permitido ao analfabeto que para mim pareceu uma excrescência, hoje já não me é tão surpreendente assim. Ainda defendo a ideia de que para se votar o eleitor teria que ter condições de exercer este direito.
            O analfabetismo não é, como eu julgava anteriormente, o empecilho para se exercer o direito ao voto. Tenho ouvido de gente esclarecida, com curso superior e muito bem situada socialmente que não vai votar no candidato “A” ou “B”, porque estes não tem chances de ganhar, desconhecendo o real motivo de haver eleições em dois turnos.
            Se o nosso país está vivendo uma crise institucional nos últimos 30 anos, não é culpa dos políticos e sim dos seus eleitores que não tem a mínima condição de fazer uma escolha. Fazem as suas escolhas para o governo como quem aposta em uma carreira de cavalos, votando apenas naqueles que lhes parecem com chance de derrotar o candidato do qual eles não simpatizam. São estes os verdadeiros analfabetos e não aqueles que eu julguei que fossem por não saber ler nem escrever. Estes ainda votam conscientemente em um palhaço que é quem mais os representa. Tem um voto coerente.
            O Brasil está mal e vai piorar se continuarmos votando de forma errada, sem marcarmos as nossa posição real. O Partido dos Trabalhadores é uma exceção, seus partidários sempre votaram em suas ideias. Deu no que deu. Venceram as primeiras eleições e não pararam mais de vencer. E vencerão todas as demais que participarem pois seus correligionários tem presente exatamente o que querem. Para mim não serve. Tento externar isto no meu voto, mas em contra ponto existe uma multidão de eleitores que manifestam esta vontade em forma de ódio, fortalecendo ainda mais os que estão no poder. Estamos perdidos.
Afonso Pires Faria – 29.08.2014


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A NÃO VIOLÊNCIA


Quando um bandido mata uma vítima que reagiu a um assalto, logo vem a mídia desestimulando a reação. Não devemos reagir, violência gera violência. E a notícia é alardeada aos quatro cantos como forma de desestimular que o cidadão de bem exerça o seu direito a defesa. Já quando um cidadão, ao ser assaltado reage e mata o bandido nada é dito em relação a vantagem que levou a vítima em relação ao seu agressor.
Uma senhora idosa, mesmo sem saber atirar, matou um bandido que tentava assaltar o seu estabelecimento comercial e esta notícia foi pouco divulgada na mídia aberta. Se no lugar de pregarmos a não agressão aos bandidos, treinássemos e armássemos os cidadãos de bem, o estímulo ao roubo seria bem menor. O policial já não evita a ação do criminoso, pois estão cerceados de agir. Se atirar em um bandido tem que provar que foi alvejado primeiro. Se não mata o delinquente, em breve ele estará rondando a casa do policial ameaçando a sua família.
Existe por parte dos nossos governos, federal, estadual, municipal, poder executivo, legislativo e judiciário, um estímulo ao crime. E vos garanto, o que está por trás disto, é muito pior.

Afonso Pires Faria. 01.09.2014

terça-feira, 2 de setembro de 2014

O NOSSO RICO DINHEIRINHO II


É uma fortuna o custo de 30 segundos de propaganda na televisão. Se em uma emissora como a Globo então são duas fortunas. Se somados estas duas fortunas da Globo às demais emissoras de televisão então, o custo é astronômico.
Levando-se em conta que o voto no Brasil é obrigatório e quem não vota está sujeito a uma multa, questiono: por que motivo o Estado, eu falo o Estado, não o Governo, gasta esta fortuna fazendo propaganda para o povo votar. Como se não bastasse o horário gratuito que é muito bem pago, ainda se gasta com anúncio incentivando o eleitor a votar. Para que tudo isto? Este tipo de gasto além de desnecessário é o que poderíamos chamar de tiro no pé. Um desestímulo a arrecadação. Se menos gente paga multa, menos se arrecada. Sei que não é um propósito do Estado arrecadar com este tipo de ação, mas gastar dinheiro para se evitar a arrecadação é no mínimo um paradoxo.

Afonso Pires Faria Caxias do Sul, 01.09.2014