Os que hoje dizem ter lutado contra a ditadura militar
nos anos 60 e 70, são na verdade uns frustrados por não ter havido no Brasil um
número maior de vítimas de um regime. A grande maioria esconde nos seus
discursos o viés anti democrático que existia nas suas lutas.
Os menos de 400 mortos e desaparecidos durante o regime
militar, que durou 20 anos, foram alcançados em poucas semanas por um dos
apoiadores da luta contra a “ditadura militar”. Fidel Castro, só na primeira
noite após a sua vitória revolucionária fuzilou mais de 50 pessoas e nas
semanas seguintes foram mais 700.
Certamente os nossos combatentes do regime instalado no
nosso país, gostariam de um banho de sangue semelhante a este e não os que os
militares impuseram ao nosso povo. Se levarmos em consideração a proporção
populacional dos dois países, o que ocorreu durante o regime militar no Brasil,
pode ser comparado a uma aula de catecismo, e não a um massacre como querem os
nossos “defensores da democracia”.
Devemos também levar em conta que houve baixa dos dois
lados durante o regime militar. Isto significa que grande parte dos mortos no
Brasil perderam a vida em combate, ao contrario das vítimas cubanas que foram
sumariamente fuziladas. Podemos também subtrair das “vitimas” do regime militar
as 10 vítimas que foram justiçadas pelos próprios companheiros.
Afonso Pires Faria - 07.09.2014.
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