segunda-feira, 8 de setembro de 2014

ELES QUERIAM MAIS SANGUE


            Os que hoje dizem ter lutado contra a ditadura militar nos anos 60 e 70, são na verdade uns frustrados por não ter havido no Brasil um número maior de vítimas de um regime. A grande maioria esconde nos seus discursos o viés anti democrático que existia nas suas lutas.
            Os menos de 400 mortos e desaparecidos durante o regime militar, que durou 20 anos, foram alcançados em poucas semanas por um dos apoiadores da luta contra a “ditadura militar”. Fidel Castro, só na primeira noite após a sua vitória revolucionária fuzilou mais de 50 pessoas e nas semanas seguintes foram mais 700.
            Certamente os nossos combatentes do regime instalado no nosso país, gostariam de um banho de sangue semelhante a este e não os que os militares impuseram ao nosso povo. Se levarmos em consideração a proporção populacional dos dois países, o que ocorreu durante o regime militar no Brasil, pode ser comparado a uma aula de catecismo, e não a um massacre como querem os nossos “defensores da democracia”.
            Devemos também levar em conta que houve baixa dos dois lados durante o regime militar. Isto significa que grande parte dos mortos no Brasil perderam a vida em combate, ao contrario das vítimas cubanas que foram sumariamente fuziladas. Podemos também subtrair das “vitimas” do regime militar as 10 vítimas que foram justiçadas pelos próprios companheiros.

Afonso Pires Faria - 07.09.2014.

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