sábado, 23 de outubro de 2021

QUE NÃO SE DEMORE.

 

Não faltam elogios a um defunto na beira de seu caixão. Isto se exacerba quando perto está um parente próximo do finado. Não esperemos a morte de quem bem queremos para demonstrar apreço e ele. A lógica diz que os nossos ancestrais morrem primeiro que nós, portanto tendemos a perder os avós, pais e tios, antes dos irmãos, primos e filhos. Mas nem sempre é assim. Já perdidos todos os avós, me restam somente duas tias, uma por parte de pai e outra de mãe. Quero referir-me a esta. Das cinco irmãs da minha mãe, variavam os comportamentos e personalidades. Divertidas, abonadas, arredias, indiferentes e a que sobrou. A tia Aurea, sempre foi a mais ajuizada, não podia se dizer que era a que atraia a atenção por fazer os outros rir, não era a que tinha as melhores condições financeiras, poucas vezes se irritava, mas sempre foi alegre, procurava presentear os sobrinhos com algum mimo interessante, dificilmente se viu falar que se irritou com facilidade ou guardou mágoa de alguém e também nunca ficou indiferente aos pleitos que lhe era apresentado. Os netos da vó Chica e vô Batista, se reuniam de dois em dois anos para confraternizarmos. Infelizmente, por motivos de força maior, o último foi cancelado. Era a única tia presente. Claro que eu não posso desconsiderar as “tias tortas”, assim chamadas as que não são de sangue, mas as escolhidas. Neste quesito são as mais importantes. Mas façamos um esforço para que não tarde o nosso próximo encontro. Já estamos perdendo primos infelizmente. Não aguardemos novas baixas. Oremos para que o encontro possa se viabilizar o mais próximo possível.





Afonso Pires Faria, 23.10.2021.


sábado, 16 de outubro de 2021

A LÓGICA.

 Tu sabes o que é lógica? Se pensas que não sabe, é porque não atentastes bem a indagação. Mesmo que não saiba conceituar explicitamente do que se trata, empiricamente, sabes exercer na prática a sua aplicação. Existem algumas exceções, é claro. Os débeis mentais, e os ainda impúberes, não tem esta capacidade. Existem também aqueles que foram treinados para agirem fora do que se chama de minimamente razoável. Estou me referindo aos doutrinados pela esquerda radical. Os treinados foram abduzidos e os treinadores são psicopatas. Para estes, não interessa o número de vítimas que deixarão pelo caminho, se eles atingirem o seu intento. Foi assim na revolução francesa, russa e não está sendo diferente agora em todo o planeta. No caso específico do Brasil, em nome de se derrubar um Presidente democraticamente eleito, não medem esforços. Basta o Bolsonaro dizer que água faz bem para a saúde, que o consumo do referido líquido será considerado maléfico para a saúde e não faltará um “cientista” que provará isso, utilizando a “ciência”. Esta pandemia serviu perfeitamente para demonstrar o quanto desumanos são estes crápulas da esquerda. Com a economia sendo recuperada, seria impossível não reeleger o atual governo. Pois, aproveitaram do fato da pandemia para atribuir ao Presidente, todas as mortes, mesmo ele sendo impedido pelo STF de agir. Agindo de encontro a toda a lógica, também estão atribuindo a ele as mortes por ele ter divulgado que tomou uma medicação muito barata e que lhe fez efeito, lhe salvando a vida. Estes genocidas, não se importaram de sacrificar algumas vidas, administrando a eles dozes cavalares do referido medicamento, para provar a sua ineficácia e até perigo na sua utilização. Agora, um laboratório criou algo similar, custando muito mais caro devido a patente, para o ser usado como salvação. Quantas vidas poderiam ser salvas se o medicamento tivesse sido usado desde o início da pandemia? Não vou deixar de culpar o Bolsonaro, pois se ele tivesse aconselhado as pessoas a não tomar, certamente a mídia estaria aconselhando toda a população a usá-la. Sim certamente o Presidente sofreria impeachment, mas salvaria muitas vidas. Tenho que fazer esta reflexão para não fugir a regra geral: a culpa sempre é do Bolsonaro, que é responsável por tudo o que é de ruim segundo os “especialistas”.

Afonso Pires Faria, 16.10.2021.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

AUTORIDADES E AMIGOS.

 

Lembro que quando eu era criança, tinha medo do guarda noturno. Ele fardado, com um cassetete na cintura e um apito na boca, para mim soava como autoridade. Depois me dei conta que ele era apensas um civil igual aos outros, que era pago por alguns moradores da rua para lhes dar aparente segurança. Soube então que autoridade no município, eram os policiais civis e militares, estes sim, investido de autoridade pela lei. Fui me tornando um cidadão mais consciente e me dei conta que eles eram também nossos serviçais e que também nos deviam respeito. Tinham do seu lado a lei, esta sim acima de qualquer contrariedade. Ninguém pode desrespeitar a lei, nem a autoridade que é paga para fazer cumprir o que nela diz. Achei que estava consolidado os trâmites legais da convivência em sociedade. Cumpra-se a lei e tudo estará correto. Fiquei sabendo a posteriori que estas, poderiam ser modificadas e que somente os representantes do povo é teriam esta atribuição. Dentro do cabedal legalista, existe uma hierarquia simples a princípio. Uma lei municipal não pode ir de encontro a uma estadual, que não pode descumprir o que diz uma federal e acima de todas elas, está a nossa Constituição Federal. Esta, para ser modificada requer severas condições. Quando pensei que estavam consolidados os pilares do nosso ordenamento jurídico, eis que surge um fato estranho no mundo que veio a afetar consideravelmente os comportamentos sociais e até as leis. Mesmo estando escrito na lei maior de forma clara que o cidadão tem direito a agir de uma forma, basta um Ministro, que tenha motivos que não sabemos quais, decretar que se faça o inverso do que deveria ser feito, que se cumpra o que foi dito e não o que está positivado. Se houver desobediência, o descumpridor da ordem “divina” sofrerá severas punições.

 

Temos conhecidos que vemos quase que diariamente e sequer o cumprimentamos pois não temos nenhuma afinidade com eles. Estes também não nos conhecem, se não de vista. Alguns, com os quais já tivemos algum contato, são merecedores de uma saudação quando vistos, mesmo que de longe. Temos pessoas com as quais por um longo tempo tivemos longas conversas em mesa de bar ou mesmo na rua que, por um motivo ou outro nos afastamos deles e, depois de longo tempo talvez até nem o reconhecemos quando visto em um local diferente do que habitualmente conversávamos. Estes fatos podem acontecer com colegas de aula ou de trabalho. Passa o tempo e perdemos contado. Talvez quando vistos, estes colegas ou conhecidos, um se lebre do outro sem ser reconhecido. Estes desencontros são bem mais difíceis quando o outro é um amigo. Sim um amigo não deve ou não deveria ser esquecido. O problema é a correspondência da amizade que nem sempre tem a mesma intensidade por uma das partes. Ser desprezado por alguém que julgávamos ser um amigo, causa uma dor que é muito difícil esquecer.

  Afonso Pires Faria, 07.10.2021.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

FALSAS ESTATÍSTICAS E VÁRIAS NARRATIVAS.

 

Sendo a matemática uma ciência exata, serve como suporte para muitas outras ciências, algumas não tão exatas assim. A estatística é uma delas. Dados coletados e trabalhados com precisão e principalmente honestidade, levam a resultados precisos e incontestes. As pesquisas são baseadas em materiais coletados por pesquisadores e se utilizando da matemática e estatística, após a sua tabulação, apresentam um resultado correto. Isto se forem corretamente utilizados, dentro das normas e regras especificadas. O resultado é de uma precisão quase que matemática. Alguns equívocos podem ocorrer, mas dificilmente escapam da margem de erro. Eventualmente ocorrem alguns erros, fora da curva invariavelmente quando da sua divulgação. Estes são resultado tanto de desonestidade quando da coleta ou no processamento e divulgação do resultado obtido. Somente uma destas regras descumpridas já altera consideravelmente o final do trabalho. Quando se interfere na coleta e se manipula os dados desonestamente, o resultado pode ser diametralmente oposto da realidade. E isto é muito utilizado em pesquisas eleitorais, por exemplo. A estatística pode ser uma arte que consiste em se torturar os números até que eles digam aquilo que tu desejas. Eles convencem o receptor que o que vale é o que eu então dizendo a ele e não o que os seus olhos veem. Repete-se esta farsa ad nauseam e o cenário para se interpretar a peça, está montado. Se um time ganha uma partida, pode-se atribuir a isso o fator sorte, se as vitórias se repetem constantemente, algo há além da sorte. Deve haver alguma qualidade nele. Quando alguém te engana uma vez, tu podes atribuir a isso o fator de azar, se ele segue te enganando, deve haver algo diferente de azar. Alguma desonestidade deve existir neste agente. Se pedes a um profissional para que execute um trabalho, ele faz, e na entrega tu notas que foi totalmente imperfeito, é de bom alvitre que busques outro para o trabalho. Tudo isto está ocorrendo no nosso país, quando se trata de pesquisas eleitorais. Um determinado Instituto de Pesquisas vem errando fragorosamente em todos os resultados que apresenta. Repete erros sabidamente com desonestidade e contrariando a lógica e o contratante segue a solicitar os seus serviços. A desonestidade é flagrante, mas quem recebe o resultado do trabalho segue acreditando no que lhe e dito, mesmo a realidade desmentindo incontestavelmente. Os olhos veem, mas o bolso indica que não se deve acreditar na verdade.

 

Várias armadilhas foram colocadas no caminho do PR e ele não caiu em nenhuma delas. Isto irritou profundamente os que contavam com seu temperamento explosivo para que ele caísse em pelo menos em uma delas. Não caiu e, pelo visto não cairá. Daí o porquê de tantas narrativas.

Afonso Pires Faria, 04.10.2021.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

FUNDO DO POÇO.

 

Vejam como são as coisas. Os modismos no vestuário e as mudanças comportamentais são vistas naturalmente e sem muita imposição ou espanto. Não são escondidas, e sim divulgadas. Mas existem algumas formas de comportamento que são praticamente impostas e que nós não temos discernimento de percebê-las. Eu ficava irritado quando ouvia nos meios de comunicação falado, o excesso do uso da expressão “com certeza”. Ninguém era capaz de iniciar a resposta de um questionamento que não utilizasse esta maldita expressão, mesmo que depois viesse em complemento o “eu acho que”. Ficava assim: - com certeza, eu acho que .... Paradoxal não é mesmo. Agora veio o modismo do “a gente”. Extirpou-se do nosso vocabulário os pronomes pessoas eu, tu, ele, nós etc. Tudo é a gente. Isto não escapa nem dos mais letrados. Agora se ouvirmos um cidadão comum falando sobre qualquer assunto, e lhe suprimirem as expressões “a gente”, “aí” e “né”, ele fica praticamente mudo. O pior é que pode piorar, e está piorando. Vejam que o que era normal ser utilizado como chacota, agora ficou proibido. Falo das expressões de cunho racista, feminista e de gênero. Negrão, mulherzinha e veado, passaram a ser crime. Foi proibido e não nos importamos. Basta não utilizar e nos safamos do castigo. E quando tu achas que chegamos no fundo do poço, olhamos para baixo e eles continuam cavando. Agora querem nos obrigar a utilizarmos algumas expressões que já foram deturpadas com a supressão dos pronomes pessoais para uma neutralidade de gênero. Em breve tu serás castigado se utilizares eu eles. O correto é “elis”. E não se discute mais. As aberrações linguísticas chegaram a tanto, que um profissional da comunicação esportista é capaz de pronunciar a frase “o Flamengo perdeu do Grêmio em pleno Maracanã, com o estádio completamente lotado”, sem sequer ruborizar-se ou ser admoestado por nenhum de seus colegas.

 

       

Tenho evitado me aproximar de pessoas das quais eu suponho estarem, pelo menos temporariamente, perturbadas mentalmente. Creio que tudo isso passará e eu volte a me aproximar delas. Isto já aconteceu comigo a bastante tempo atrás. Só não foi tão dolorido como agora pois muitos dos que estavam errados, voltam a errar. Pior. Alguns que estavam no lado certo da trincheira, mudaram de lado. Justamente agora que os fatos são muito mais reveladores para se escolher o lado certo.

Afonso Pires Faria, 01.10.2021.