Ocorrem
varias agressões e assassinatos no nosso país, por vários motivos. O problema é
que a relevância destes fatos são super ou sub dimensionadas de acordo com
fatores que agradam mais ou menos o emissor e o receptor da notícia. O povo
mais culto, pouca importância dá a este tipo de fato. Já a classe média e
baixa, se deleita com uma agressão por motivo torpe, e se houver morte, melhor
ainda. Quanto mais baixa a classe social, menor o nível cultural. Daí a necessidade
que se tem de direcionar o fato de acordo com a vontade do jornalista, que quer
causar impacto com a sua reportagem. As redações de jornais, revistas e
emissoras de televisão, estão repletas de progressistas. Fica fácil para eles,
atribuir a causa da morte ao que eles bem quiserem. Quando convêm a eles,
rotulam a vítima e o assassino ao seu bel prazer. Se o agressor for preto,
pobre, menor, petista, gay e com antecedentes, a notícia será tratada como fato
normal ou nem noticiada. Mas se qualquer destes itens não for contemplado, os
demais serão ignorados e o sujeito passa a ser um ser abjeto. O motivo do fato
pode ser ignorado ou de grande relevância de acordo com o enquadramento. Tudo é
relativizado. Vejam o caso de um simpatizante do atual Presidente ter trocado
tiros, e levado a melhor, com um defensor do candidato da oposição. O epíteto
de “bolsonarista”, bastou para transforma-lo em um criminoso e o motivo da rixa,
mesmo ainda não esclarecido, já foi considerado como “crime político”.
Afonso
Pires Faria, XIV.VI.MMXXII.