quinta-feira, 14 de julho de 2022

TUD DEPEND DEL COLOR.....

 

Ocorrem varias agressões e assassinatos no nosso país, por vários motivos. O problema é que a relevância destes fatos são super ou sub dimensionadas de acordo com fatores que agradam mais ou menos o emissor e o receptor da notícia. O povo mais culto, pouca importância dá a este tipo de fato. Já a classe média e baixa, se deleita com uma agressão por motivo torpe, e se houver morte, melhor ainda. Quanto mais baixa a classe social, menor o nível cultural. Daí a necessidade que se tem de direcionar o fato de acordo com a vontade do jornalista, que quer causar impacto com a sua reportagem. As redações de jornais, revistas e emissoras de televisão, estão repletas de progressistas. Fica fácil para eles, atribuir a causa da morte ao que eles bem quiserem. Quando convêm a eles, rotulam a vítima e o assassino ao seu bel prazer. Se o agressor for preto, pobre, menor, petista, gay e com antecedentes, a notícia será tratada como fato normal ou nem noticiada. Mas se qualquer destes itens não for contemplado, os demais serão ignorados e o sujeito passa a ser um ser abjeto. O motivo do fato pode ser ignorado ou de grande relevância de acordo com o enquadramento. Tudo é relativizado. Vejam o caso de um simpatizante do atual Presidente ter trocado tiros, e levado a melhor, com um defensor do candidato da oposição. O epíteto de “bolsonarista”, bastou para transforma-lo em um criminoso e o motivo da rixa, mesmo ainda não esclarecido, já foi considerado como “crime político”.

Afonso Pires Faria, XIV.VI.MMXXII. 

sábado, 9 de julho de 2022

ESTRATEGIAS.

 Desqualificar o adversário é uma tática que muitas vezes funciona. Este, pode se sentir inferiorizado e entra na luta com baixa estima. A certeza da vitória faz com que o lutador já tenha mais possibilidades de vitória, pelo menos psicológicas. O problema é quando a auto estima é superlativa a ponto de subestimar o adversário. Lançar notícias desabonadoras do seu adversário, em quantidades excessivas pode fazer com que, se uma delas se demonstrar falsa, as demais ruirão também. É o que está ocorrendo no nosso país. A oposição não cansa de falar mal do governo, usando inverdades muitas vezes ridículas. Agem com o fígado e não com o cérebro e divulgam seus comentários, não com a boca, mas com o órgão excretor. Exagera tanto na forma quanto no conteúdo. Destruir algo é bem mais cômodo do que a sua construção. Se quando a mentira e exposta, o mentiroso corre para o seu protetor e obtém aconchego, ele volta a mentir. Mas a verdade vence no final. Isto é fato. A certeza da impunidade e de que o povo está, de fato acreditando neles, levam a incrementarem as suas mentiras. Chegará o dia que a maior delas será desacreditada, e o restante ruirá.  

 

Não sou nenhum pouco simpático a distribuição de benesses por parte do governo. Sim, isto inclui o que está fazendo o atual governo. Pior ainda é que isto está acontecendo em véspera de eleições. Mas para isso existe uma justificativa. Mesmo o país e o mundo ter sofrido uma abrupta queda de arrecadação, tendo em vista a baixa produção imposta pelos impedimentos da produção, o nosso país está estabilizado. Estancar os desvios de recursos para outros países, narco e projetos escusos, fez com que sobrassem recursos. Estes estão sendo distribuídos para a população mais carente. Este era o discurso de quem hoje critica. Verdade também que o atual governo criticava estas atitudes, mas os tempos e as circunstâncias são outras. O mundo está vivendo um conflito armado envolvendo uma das grandes potências econômicas e bélicas e também estamos saindo de uma pandemia que esfacelou a economia local e mundial. Se estes recursos forem distribuídos para a população, não sairá das nossas fronteiras. O contrário era feito anteriormente. Nosso país era financiador a fundo perdido de investimentos em outros países. Pior; com governos nada democráticos e com fins escusos.

 

Afonso Pires Faria, IX.VII. MMXXII.

sexta-feira, 8 de julho de 2022

LEVIATÃ DO MAL

 

Nenhum cidadão pode alegar em sua defesa o desconhecimento da lei, uma vez que toda legislação está a sua disposição. Pode parecer humanamente impossível que qualquer um tenha o conhecimento de todos os códigos vigentes no nosso país. São normas constitucionais, emendas, código civil, penal, CLT, constituição estadual, municipal, regramentos éticos etc. Qualquer descumprimento de uma destas regras está sujeito a penalidades. Para fazer cumprir este cabedal de normas e regras existem órgãos responsáveis para isso. O mais importante deles é o STF. Este, tem como atribuição fazer com que todos os poderes constituídos e também os cidadãos, cumpram a lei maior: a Constituição Federal. Para compor esta elite, são escolhidos cidadão de notório saber jurídico e de conduta ilibada. Nem precisaria tanto, pois são pouco mais de 250 artigos. Serão somente 11 os escolhidos. Imagina-se que estes, sejam dos mais de 200 milhões de cidadãos, os melhores. E se é cobrado de todo o cidadão, inclusive os analfabetos, o conhecimento de todos os códigos vigentes, seria de extrema facilidade para uma elite, apenas interpretar e fazer cumprir o mais sucinto de todos eles. A CF. É, seria, mas pelo que notamos, ou a nossa Constituição e língua pátria não são tão inteligíveis, ou as escolhas não estão dentro dos parâmetros. Fico com a segunda.

 

O Estado, uma vez que recebeu o direito de controlar a sociedade para que não cometa injustiças, sentiu-se também no direito de impor a sua vontade, em detrimento aos desejos dos demais. Se é necessário que os pais eduquem os filhos, isto se tornou uma obrigatoriedade. Os pais que não proporcionem uma boa educação aos seus filhos, terão como ônus filhos que lhe trarão desgosto. Cabe ao Estado minimizar esta causa. Para isso, deve orientar as famílias a agirem de modo a que não tenham estes transtornos. Sim, orientar, e não impor que se aja de acordo com seus ditames.

Afonso Pires Faria, VIII.VII. MMXXII.

terça-feira, 5 de julho de 2022

INVADIR, PODE?

 

Invadiu o templo sagrado que tem sua inviolabilidade assegurada pela nossa lei maior, a CF. Se a lei é ou não justa, depende do credo de cada um. Mas o Brasil é um país cristão e suas leis defendem a liberdade de culto e criminalizam o seu vilipêndio. A simples manifestação de um Deputado em desejar cometer um ato incivilizado, garantiu-lhe a cassação do mandato, com a covarde conivência de seus pares. O problema no nosso país é a desproporcionalidade das penas imputadas aos infratores, dependendo do lado que ele está. Se a favor ou contra a ideologia do juiz que o julga. A lógica, foi jogada na lata do lixo e está sendo usada diametralmente ao oposto do que a civilidade orienta. Se foi espancado e é negro, vale o lema de que “vidas negras importam”, desde que o elemento agredido seja um infrator. Se foi um fora da lei que agrediu um cidadão de bem, o discurso é invertido. O vereador Renato Freitas, deliberadamente não só cometeu um ato criminoso como também induziu outros a segui-lo. Usou de seu cargo e influência para que outros também agissem ao arrepio da lei. Não é esta, decididamente, a função de um representante do povo, muito antes pelo contrário. Pessoas com grande visibilidade nacional já tomaram posição a favor de Renato. Lula foi um que advogou a seu favor, penitenciando-o com um simples pedido de desculpas e seu obrigatório perdão. A fragilidade dos argumentos utilizados na defesa do edil são proporcionais a índole dos que fazem uso delas. Argumentos frágeis de pessoas vis. A cor da bandeira que os agressores empunhavam representava explicitamente o que eles desejavam. O sangue derramado por cristãos, vítimas da ideologia por eles defendida, parece ainda não ter saciado a sua sede. O vereador é negro, se não fosse, seria gay, gordo ou qualquer outro estereótipo que pudesse ser usado para justificar seus crimes. Cor da pele e/ou orientação sexual não é salvo-conduto para se cometer crimes, muito menos para induzir alguns inocentes a seguir a sua índole.  O motivo alegado, em muito pouco ou nada tem a ver com a forma nem o local escolhido para pedirem a “justiça deles”. O local do fato que ocasionou o protesto foi diferente, e precisamos de muito malabarismo retórico para podermos ligar a vítima aos vitimados pelo protesto. Quantas CPIs seriam solicitadas, se o caso fosse de um bolsonarista que tivesse invadido um culto afro, para defender o assassinato de um policial que abordou um traficante armado de fuzil? Neste caso, não seria a invasão o ato de protesto e sim a celebração de uma missa. Mas os bárbaros são incapazes de agir civilizadamente. Estaria mesmo o povo tão idiotizado, que aceita este tipo de barbaridade como se fosse algo lógico?

Texto publicado na revista DIREITABR, página 55. Assinem a Revista. É de graça e circula em mais de 100 países.