Li recentemente em um jornal local, a
indignação de um colunista, pelo fato de que iriam derrubar um prédio na
cidade, com quase 70 anos. É muito fácil lutar para não derrubar prédios
antigos, para que estudantes, mulheres, negros, bolsistas, grávidas, idosos,
deficientes, pessoas verticalmente prejudicadas, feios, gordos, carecas e
outros obtenham meia passagem. O que tem que ser explicado para estes
inocentes, é que tudo tem um custo. O momento que se tomba um prédio, este
passa a ter um custo para a sociedade, para ser mantido. Quando se concede o
benefício de meia entrada, ou meia
passagem para um classe, outra tem que pagar o seu custo.
As pessoas enganam as outras, porque
existem muitos, que gostam de ser enganados. Tem um senador que sempre promete
que se eleito vai terminar com o fator previdenciário, se elege, reelege e
nunca cumpre a promessa. O presidente do “conselhão” entregou a presidente
Dilma um documento que conclui, após vários estudos, que o segredo para o
crescimento do nosso país, é a
manutenção da taxa de juros, evitar a supervalorização do Real, financiamento a
micro, média, e pequena empresa e o investimento na formação profissional.
Quanta obviedade. E a presidente, recebeu o documento com cara de “paisagem”.
Imaginem vocês quanto não foi gasto em estudos, viagens e pesquisas, para se
chegar a esta brilhante conclusão.
Fiquei mais impressionado ainda, com
a facilidade que existe na relação enganador e enganado, quando a D. Dilma
afirmou que o crescimento do nosso país, deve-se a distribuição das nossas
riquezas. Ora vejam, o nosso crescimento, não chegou a 1% no ano, e a nossa
distribuição é menor em 2012 do que nos anos anteriores. Mas é assim. Quem se
dará o trabalho de fazer a leitura correta das palavras vãs da nossa
presidente?
Mas nem tudo está perdido. Vem aí o
pré-sal. Este mesmo, que foi descoberto ainda no governo do General Geisel, e
que ficou somente como descoberto, pois não havia, e não há tecnologia para sua
extração. Ainda bem que temos no nosso
país ilusionistas, que fazem que as coisas que não existam, apareçam, e que
coisa que só no futuro bem distante possam ser exploradas, sejam capitalizadas
como que se já existissem no presente, nem que para isto tenhamos que quase
quebrar o nosso maior patrimônio, a Petrobras.
Enquanto existir bobos para serem
enganados, existirão espertalhões para engana-los. Estamos marchando, tal qual
gado para o abate e não sabemos, ou não queremos saber.
Afonso Pires Faria – Torres,
03.03.2013