terça-feira, 29 de dezembro de 2015

DE VOLTA

Luís Paulo da Silva Nunes, 31 anos pai de dois filhos, mais uma vítima da sociedade que foi obrigado a se defender de uma patricinha que reagiu a sua abordagem para lhe tirar o excesso de bens que o capitalismo desumano lhe proporcionou. Em breve nos cinemas um filme contando a sua vida, com o patrocínio de uma ou mais estatais e de leis federais de incentivo a cultura do nosso país. Deu certo desta vez a aplicação do estatuto do desarmamento. Tivesse a mulher com uma arma no carro, teria tirado a vida de um pai de família. Acreditem, tem gente que vê assim os fatos.

Quando o líder do governo José Guimarães proferiu a sábia frase que precisamos mais Estado e menos empresas, fiquei a calcular em que proporção isto seria capaz. Pelo percentual da produção que nos é subtraído pelo Estado, estamos vivendo em um país que temos apenas 60% de participação das empresas, pois o restante é o Estado. Quando tivermos 90% de participação estatal, qual teria que ser a contribuição dos 10% que a atividade produtora teria que dispor para sustentar o Leviatã?

Dos quatro fundos de pensão de entidades ligadas ao governo, Banco do Brasil, Correios, Caixa Econômica Federal e Petrobras, três são ligados ao PT, só um não. Três são deficitários, um não. Coincidência.

Nutro o mesmo sentimento por aqueles que votaram no PT e não votam mais, e pelos que ainda votam. Não perdoo tamanha cegueira dos que só hoje conseguem ver o que era obvio. Já os que ainda votam, pelo menos tem um motivo que pode ser considerado nobre, o da coerência. Eles alimentam a esperança de que o apregoado pelo partido dará resultados. Destes alguns não tem pleno conhecimento de que resultados são, e ficarão decepcionados quando o objetivo petista for alcançado, mas já será tarde. São os chamados inocentes úteis, serão usados até o fim do plano como bucha de canhão sem se darem conta disso.

Afonso Pires Faria, 29 de dezembro de 2015.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

UM MUNDO MUITO PEQUENO


O meu pai, após uma experiência frustrada de uma sociedade com os irmão para plantarem arroz, foi morar em uma fazenda à uns sete quilômetros da cidade de São Sepé. Esta fazenda tinha sido adquirida por um primo da minha avó, mãe do meu pai. Era a fazenda do Cinamomo, de propriedade do tio Manoel. Pelos trabalhos prestados na fazenda ele não recebia salário e sim um pedaço de terra que variava de ano para ano, de acordo com as conveniências e necessidades. Recebia também pequenos favores e uma coisa muito importante. Ele era, para a quase totalidade da cidade, o dono da fazenda, não adiantava dizer que não porque ele assim era considerado e pronto. Um dos favores que o Seu Antão recebeu foi que o tio Manoel, proprietário da fazenda, resolveu trocar de camionete e vendeu, a preço modico para o meu pai, a que ele tinha. Era uma Ford azul e branca em ótimo estado de conservação, placas 06.96.96 de São Sepé. Meu tio, Carlos Vicente (Leto) irmão do meu pai, tinha uma Willys toda esbodegada, , já bem velha e com placas de Santa Maria, que fora alcunhada de Letocapi. O meu tio Leto era bem diferente do meu pai que era um homem alto gordo e nada tinha a ver com o tio que era magrinho baixinho e com uma fisionomia que nada se pareia com o meu pai. Vai que um dia resolveram ir os dois para Porto Alegre, cada um em seu veículo. Naquele tempo estavam asfaltando a BR 290 e lá pelas tantas surge pela frente um atoleiro, com veículos tendo que ser puxados por tratores ou patrolas para sair do outro lado. Todos em fila aguardando a sua vez de ser rebocado. Parou meu tio, o pai e logo atrás dos dois, um sujeito com uma camionete igualzinha a do pai. O meu tio, todo pachola desceu, ligou a tração nas 4 rodas que a dele tinha, as outras não, e se foi. Se foi e ficou logo uns 20 metros na frente pois o barro era intransponível sem o auxilio de um rebocador. O sujeito do veículo igual ao do pai puxou conversa e disse: Olha só aquele idiota, onde ele pensa que vai com aquele caco dele que nós não vamos com estas nossas camionetes. Quando que o desgraçado iria imaginar que um sujeito com as características tão diferentes e com um veículo tão inferior e com placas de outra cidade, poderia ser irmão do ouvinte. Pois era. Vejam vocês como este mundo é pequeno. Pequeno e redondo.

Afonso Pires Faria, 28 de dezembro de 2015.

domingo, 27 de dezembro de 2015

DIÁRIO DA PRAIA


Sempre que saio a caminhar na praia, costumo deixar a camiseta, o boné, a bermuda e os óculos escuros, em um bar que fica na orla, para eu fazer a caminhada mais a vontade. Alterno durante o trajeto, caminhada e corrida conforme me foi ensinado pelo professor da academia, para perder mais peso. Começo dando preferência pela caminhada e termino mais correndo do que caminhando. Na volta de uma destas minhas andanças, já estava eu voltando a passos largos, e contra o vento, o que me permitiu ouvir o diálogo de um casal, ambos bem fora de forma. Escutei quando a mulher se referiu ao marido como Chico. Chico pensei eu, deve ser Francisco, e me lembrei de fazer a minha maldade do dia logo nas primeiras horas para ficar livre logo cedo deste compromisso para o resto do dia. Faltando uns cinco metros, passei de passos a corrida e quando ultrapassei o casal, pelo lado do marido, dei-lhe um leve toque no ombro e, sem olhar para traz falei com tom de bastante intimidade “Então Francisco, vamos este ano, fechar aquele puteiro novamente?”, e segui correndo com um pouco de velocidade a mais do que o normal na esperança quase certa de que ele, por ser bem gordinho, nem tentaria sair correndo ao meu encalço. E não parei mais de correr até chegar ao bar onde eu deixara meus apetrechos. Vesti a bermuda, botei a camisa o boné e os óculos, o que me tornou praticamente irreconhecível e voltei em sentido contrário para ver o resultado da minha maldade. Eles andavam bem mais longe um do outro e não falavam mais. A cara dele era de pavor e a dela de fúria.

Afonso Pires Faria, 27 de dezembro de 2015. 

sábado, 26 de dezembro de 2015

HIPOCRISIA x MÁ EDUCAÇÃO.


            Perdoem-me aqueles que estavam esperando de mim um “Feliz Natal” e não receberam. Não receberão. Na mesma proporção que acham que isto é uma falta de educação de minha parte eu acho ser de hipocrisia da maioria das pessoas que fazem esta felicitação. Refiro-me aos que não são cristãos, que criticam os dogmas do cristianismo, mas que se rasgam em felicidade e em alarmantes festejos no dia 25 de dezembro, que foi convencionado o nascimento de Jesus. Não titubeiam em defender o aborto, a luta de classes, o casamento gay e tudo o que o cristianismo abomina, mas no dia de natal soltam fogos e abraçam a todos e postam no face mensagens natalinas copiadas de outros. Tudo isto para mim me soa falso. Tenho dificuldades em não ser verdadeiro, sei que isto soa como falta de sensibilidade e má educação, mas prefiro arcar com o ônus de insensível do que de artificial e falso. Notem que o natal é um dia. Um dia, que na verdade é igual aos outros afora o excesso de falsidade exacerbada no mundo todo. Qual seria o percentual de pessoas que desejam o “Feliz Natal”, por puro instinto, e sem sequer lembrar o que de fato, representa a data? Peço mais uma vez desculpas pela minha recusa em participar do que a maioria classifica como um ato de cortesia, uma cortesia como que instintiva. Perdão, mas não consigo não ser autentico. Muitas vezes tenho que travar o meu ímpeto para não ser mais verdadeiro em momentos inconvenientes, algumas vezes não consigo e sou admoestado por isto, mas minha consciência segue tranquila. Estes meu desabafo não é uma crítica aos hipócritas e nem uma defesa à minha falta de educação, mas apenas uma colocação das duas posições para que eu possa, ou me desculpar e justificar a minha atitude ou fazer, de leve, um convite a reflexão dos que agem, meio que por instinto. Não sendo um cristão fervoroso, não me sinto no direito de usar o símbolo de Cristo para fazer o que os todos fazem unicamente por tradição.

Afonso Pires Faria, 26 de dezembro de 2015. 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

DAS MÁS ADMINISTRAÇÕES.

               As coisas são simples de serem resolvidas. Só os capitalistas é que com uma imensa má vontade não conseguem ver isto. A Venezuela, por exemplo, criou o Sub Ministério da Extrema Felicidade para deixar o povo mais feliz. O Brasil agora, para solucionar a crise na saúde acaba de criar um Gabinete da Crise. Fácil assim.

               O pacote de maldades do governador Sartori somente surtirá efeito à médio prazo. Mas somente se tornara pacotes de bondades, como de fato o é, a muito longo prazo. Já estará velho o governador quando receber o devido reconhecimento.

               O novo Ministro da Fazenda promete que o país retomará o crescimento em breve. Como? Bem, tendo em vista que não existe dinheiro na praça e que os investidores externos, com a perda do grau de investimento pelo país, estão tirando o dinheiro do Brasil, resta o investimento por parte do governo, que em não o tendo recorrerá a emissão de moeda, ou seja, mais inflação. Os pobres sofrerão por isto, mas os empreiteiros estão vibrando, basta ver as declarações dos empresários, referente as palavras do Ministro.

               Não é uma vida desregrada que nos faz adoecer e sim o excesso de regras a que nos submetemos contra a nossa vontade. Estas nos fazem pessoas amargas e tristes presas ao que os outros nos impõe. A liberdade nos faz feliz. Talvez vivamos um pouco menos, mas com a plena felicidade.
               Em Caxias do Sul, o prefeito autorizou o aumento das passagens de ônibus em 13%. Houve por parte da oposição petista um grande protesto. Será que eles querem que o prefeito, a exemplo do que fez a presidente, baixe o valor das passagens só porque está próximo das eleições? Está certo que o prefeito Alceu foi eleitor da Dilma, mas deve saber que não existe almoço grátis. O exemplo está posto para quem quiser ver. Não existe bônus sem o ônus correspondente, e turbinado.

               Os brasileiros ainda não conseguiram fazer uma leitura correta do que foi o passado do nosso país, mas já tem a pretensão de fazer uma leitura mais que perfeita do que será o futuro, não só do país, mas do planeta. Para isto, no Rio de Janeiro foi criado o Museu do Futuro em preterimento da saúde que anda as traças.

               A prática muito frequente de algumas atitudes acabam virando  hábitos em nossas vidas. E temos que tomar os devidos cuidados para que, com o passar do tempo eles não se tornem vícios.

Afonso Pires Faria, 24 de dezembro de 2015.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

DE VOLTA AO PASSADO

             Tanto mais inverosímel for o fato e mais ignorante o alvo a que se destina, maior a probabilidade do alvo ser acertado.

          Vamos lá tigrada, não percam o foco, vamos lutar com unhas e dentes e sangue nos olhos para evitar que o PT saia do poder. Todos juntos unidos para não perder os privilégios. Ou vocês acham que outro governo, mesmo um também alinhado como o PSDB, vai seguir distribuindo estas polpudas verbas para sindicatos e movimentos sociais como o atual partido governista?

          Se te fosse dado a oportunidade de optar por pagar R$ 50,00 pelo ingresso de uma peça teatral e assisti-la, ou pagar R$ 5,00 por uma outra que tu sequer sabe onde será exibida, qual seria a tua opção? Se a segunda, bem vindo ao Brasil, terra do incentivo a cultura com o dinheiro expropriado involuntariamente do povo para este fim.

          Com que segurança uma empresa investirá no nosso país depois de perdermos o grau de investimento e o pretenso investidor saber que: O Tribunal Regional do Trabalho de uma cidade determinou a suspensão da demissão de 453 funcionários de uma empresa.

          A Presidente Dilma substituiu um Ministro da Fazenda que queria fazer reajustes para poder crescer por um que quer economizar e fazer investimentos ao mesmo tempo. Este é adepto do “eu prefiro ser rico e com saúde, do que pobre e doente”. Todo o político ficou animado com o discurso do novo ministro, pois é tudo o que o povo quer ouvir. Mas os economistas já viram que é um demagogo de primeira linha. Discurso politicamente correto não combina com economia.

          Provoca em mim uma profunda confusão mental ao ver uma presidente pertencente a um pardito como o PT, defender com unhas e dentes as grandes empresas, e tentar imputar a culpa toda ao indivíduo. É o caso da presidente Dilma tentando defender as grandes empresas e imputando a culpa somente aos trabalhadores que á ela servem.

          “Mais Estado, menos Mercado”. Esta frase diz tudo ao que veio o novo Ministro da Fazenda que substitui o patético Joaquim Levy. Este será daqui por diante, o responsável por todos os males que a economia virá a sofre. Dele será a culpa de todas as maldades impostas ao povo. Os ajustes, os aumentos de impostos e retirada de direitos do trabalhador, todas elas oriundas do malvado Levy. O novo Ministro será responsável pelo aumento do crescimento e do investimento público para que o nosso país volte a crescer. Seremos novamente iludidos com um discurso fácil e pagaremos ainda mais caro pelos erros cometidos no passado. Cada vez que adiarmos as tomadas de decisões para corrigir os erros, maior será o sofrimento. Por mais que o novo ministro faça um discurso ambíguo e aparentemente comprometido com a realidade, o que vale mesmo é a fala do líder do governo José Guimarães, que é quem da o azimute do que, de fato, vai ser feito. Se não for assim, não será aprovado pelo legislativo. Foi assim com o Levy e que sirva de exemplo para o novo Ministro. Ou siga a orientação dos políticos ou será defenestrado como o anterior. Se é para falir de vez o nosso país, não deveriam fazer volta, e cortar o caminho colocando logo de volta o Mantega. Oficializaríamos assim a opção pelo caos absoluto.

          É uma questão única e exclusivamente de escolhas. Em existindo poucos recursos, tem-se que escolher onde serão aplicados prioritariamente. No Rio de Janeiro onde a saúde está em estado de calamidade pública e não se tem dinheiro sequer para pagar o salário dos servidores ligados a esta área, acaba de ser inaugurado o museu do futuro. Linda obra arquitetônica e engrandece muito a cultura do Estado. Alguns morrerão nas filas dos hospitais, mas outros ficarão satisfeitos com a grande obra futurística.

          Foi feita uma tentativa de salvar a economia do nosso país para o futuro, colocando-se como Ministro da Fazenda um economista com métodos ortodoxos, tendo em vista que a forma com que estavam sendo conduzidas as finanças nacionais, no final do governo Dilma, estava nos levando ao fundo do poço. As medidas não foram suficientes para corrigir todo o erro cometido no passado. Sabe o que fizeram? Em vez de aumentar a dose do remédio, simplesmente pararam de tomar o medicamento e voltaram a ministrar ao paciente, doses homeopáticas de veneno. Não existem incertezas no nosso futuro econômico. Existe sim uma certeza. Certeza de que a coisa vai voltar a piorar, mas com sabor de melhoria, o que é pior ainda.

Afonso Pires Faria, 22 de dezembro de 2015.

domingo, 20 de dezembro de 2015

DESAPAIXONADAMENTE FALANDO

               Ainda acredito na integridade moral dos ministros do STF. Penso que depois de que assumem o posto, ficam totalmente desvinculados de compromissos morais com qualquer ente que antes defendiam ou frequentavam. Porém as convicções ideológicas, estas não são facilmente desvinculadas do íntimo de cada um. Aquele que tem um viés populista, sempre assim pensará e o conservador tenderá a manter o máximo possível o status quo. Também acredito que a proximidade excessiva com que lidam com as leis, os fazem as vezes ter uma visão míope do objeto que apreciam. Creio ter sido este o motivo que levou a maioria da nossa mais suprema corte a cometer erros crassos ao regulamentar o rito de impeachment de um presidente. O que mais se aproximou da realidade, por incrível que pareça, foi o mais jovem deles e o mais tido como engajado ao partido do governo, Dias Tófoli. O ministro tentou, em vão, induzir os demais ministros a não se imiscuir em assuntos de outro poder, no caso o legislativo. Mas os seus colegas não entenderam assim e de forma, no mínimo deselegante, alteraram atos já efetuados na Câmara dos Deputados, tomando para si a autoridade de normatizar a forma com que aquele ente deve proceder em seus assuntos internos. A indignação do Ministro Gilmar Mentes, por ter sido voto vencido, foi interpretada por alguns como um ato de rebeldia. Penso que foi apenas uma forma de deixar claro, com linguagem não jurídica, o seu modo de pensar. Mas a miopia do Supremo, não nos pode surpreender por entender que onde está escrito “cabe ao Senado julgar” a interpretar que está escrito “cabe ao Senado admitir e julgar”, para quem interpretou que a união entre um homem e uma mulher pudesse ser interpretada como um homem e um homem ou uma mulher e uma mulher. Ficam muitas vezes míopes os nossos Ministros, mas ainda penso que existe neles isenção. Onde não existe, muitas vezes, é nós que os julgam. Quando do parecer do Ministro Fachin, a oposição elogiou o órgão ao qual ele representa e a situação caiu de pau já prenunciando um golpe. Bastou que os demais membros alterassem a ideia de um deles, para se inverter as posições. Tudo isto em pouco mais de 24 horas é muita falta de convicção. Os juízes possivelmente ao tomarem a decisão que tomaram, não estavam pensando no governo Dilma, mas no governo do Brasil, que assim será julgado daqui para frente. O ato de afastamento de um Presidente deve ser dificultado ao máximo, e é assim que eles pensaram, pois são juízes não são apaixonados da oposição ou da situação. Deu-se já o julgamento jurídico, daqui para frente é só político. Que os vencidos em seus pleitos entendam que é politicamente que será feito o julgamento e deverá ser aceito o resultado qualquer que seja.

Afonso Pires Faria, 20 de dezembro de 2015. 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

NÃO VAI TER IMPEACHMENT

               Que triste o que está acontecendo com o nosso país. A independência dos poderes chega a ser uma falácia e as suas atribuições totalmente desvirtuadas quando não tocadas pura e simplesmente. Uma simples votação para escolha de pares na Câmara é contestada e submetida ao STF para saber se deve ser secreta ou aberta. Isto mesmo depois de já ter havido precedente e regimento interno para discipliná-la. O que foi decidido pelo legislativo como secreto foi alterado pelo judiciário em um aparente populismo, como se este poder tivesse alguma satisfação a dar ao povo e não as leis. O nosso poder executivo só faz criticar o legislativo e defender-se de acusações. Com uma popularidade abaixo de qualquer outro presidente, a atual só faz discursos desconexos, e totalmente o oposto do que tenta realizar. Mergulhada em uma crise econômica, não consegue aprovar medidas necessárias para combatê-la, ora por não ter apoio suficiente nas casas legislativas, ora por medo de perder ainda mais o apoio dos poucos que ainda a apoiam. A popularidade da nossa presidente não vai alem dos cargos que distribui e verbas para desocupados de movimentos sociais. Não é concebível que o legislativo, tanto a câmara como o senado, sejam comandados por elementos investigados e acusados de crimes e só ainda não afastados dos seus cargos por terem foro privilegiado e por incompetência dos que os acusam. Não é fácil afastar o Presidente da República do nosso país por preceitos constitucionais.  Assim foi a vontade dos legisladores em 1988 e os trâmites, todos, devem ser cumpridos sob pena de sermos considerados uma republiqueta de bananas. O país não tem suporte para mais um impeachment em pouco mais de duas décadas. O primeiro afastamento deu-se sem muito trauma social, pois o ocupante do planalto além de não ter apoio popular, também não tinha base parlamentar nem movimentos sociais que lhe desse suporte, no parlamento e nas ruas respectivamente. Não pensem vocês, que torcem para que se afaste a atual governante, que a coisa se dará com facilidade. Tanto no parlamento como na rua haverá resistência. E forte. Saindo a Dilma, não será fácil governar um país em frangalhos economicamente e com movimentos sociais organizados e subsidiados com verbas polpudas, impedindo o novo governo de atuar. O discurso fácil dos populistas é de fácil assimilação por povos ignorantes e desesperados, e é assim que estará o Brasil pós PT. Não contem com a boa vontade das forças que tem por obrigação garantir a ordem. Eles só atuarão sob forte apelo popular e sob condições muito diversas das que os obrigaram a cumprir seu dever em outra oportunidade.

Afonso Pires Faria, 18 de dezembro de 2015.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

SEM MANIQUEÍSMO


          Assim que foi noticiado que as eleições para prefeitos e vereadores em 2016 não seriam por urna eletrônica, postei logo no face de que isto era “fake”. Senti que aquilo não era nada mais do que o “bode na sala” solto pelo judiciário para não ter contingenciada a verba para o seu poder. Me arrisco agora a prever também, com um pouco mais de antecedência que a presidente Dilma não sofrera impeachment. Pelo menos pela via que a maioria está esperando, pelo pedido de Hélio Bicudo. Considero impossível a atual governante não conseguir míseros 171 deputados para salvá-la. Mesmo com o número cabalístico e com os índices de impopularidade de 70%, o fisiologismo e uma caneta com bastante tinta na mão da governante à salvará do afastamento. O mesmo porém não se pode dizer de sua salvação por parte do STE ao examinar as suas contas eleitorais. Mesmo a trupe do PT repetir incessantemente de que as contas foram todas contabilizadas regularmente, existe muita coisa mal explicada e o número de escândalos revelados pela Lava Jato, está dando muita munição para que se descubra o porquê que as contas da atual chapa vencedora foram aprovadas, mas com ressalva.

          Questionado em entrevista a rádio Guaíba por Juremir M. da Silva sobre o texto que havia escrito pedindo novas eleições após a posse de FHC, o Sr. Tarso Genro alegou que foi apenas uma figura de linguagem e que jamais pediu o impeachment do presidente. O assunto, inexplicavelmente morreu ali, não houve por parte do entrevistador nenhum ânimo em contra argumentar de que o seu partido, o PT, havia feito o referido pedido. Qual teria sido o motivo que levou o indagador a não levar em frente o assunto eu não sei, mas quero acreditar que tenha sido um lapso de momento, pois, falta de informação certamente não foi devido a imensa cultura que ele tem e quero crer que alinhamento político também não tenha sido. Pelo menos me esforço para pensar assim.

          Que seja atribuída a cada um a culpa que lhe é devida e que os méritos também sejam distribuídos para aqueles que merecem e não àqueles que se arvoram merecer. O governo, na ânsia de diminuir as despesas e evitar a quebra total da nossa previdência, vem negando direitos para trabalhadores que os merecem. É o caso da desaposentadoria, em que o trabalhador após aposentar-se segue não só trabalhando, como contribuindo para a previdência compulsoriamente. Quando para de trabalhar novamente tem a sua contribuição desconsiderada. Para diminuir os pagamentos, o que o governo deveria fazer era cortar benefícios daqueles que recebem da previdência incrementos nos valores à ele pagos sem ter contribuído na mesma proporção. É o caso de filhos de agricultores que tem o tempo de contribuição aumentado em até seis anos, sem ter para isto contribuído. Ou seja, se nega a quem contribuiu para poder abonar aquele que não contribuiu na mesma proporção.

          Não se faz uma omelete sem quebrar os ovos. O nosso país está passando por uma assepsia em matéria de moralidade. Crimes que eram cometidos impunemente, sem o menor constrangimento e sem o menor pudor e com a certeza da impunidade, hoje são alvo de operações dos órgãos responsáveis que estão fazendo com que contraventores sejam levados a julgamento e até presos. O ônus disto tudo é que, devido a importância das pessoas e empresas envolvidas, o nosso país praticamente parou. Se estas medidas tivessem sido tomadas no nascedouro dos crimes, muitos deles teriam sido evitados e o trauma não seria tão significativo. Os desvios de dinheiro em estatais, por pessoas físicas e jurídicas entrou em uma espiral ascendente em matéria de valores que chegou ao ponto de praticamente quebrar uma estatal petrolífera. Deixando o maniqueísmo de lado, temos que ter o bom senso de não atribuirmos toda a culpa ao atual governo e nem de atribuirmos somente a ele as virtudes de estarmos fazendo os referidos ajustes morais no nosso Brasil. Assim também penso não podermos atribuir todos os desvios de conduta a membros do governo e nem a totalidade do incremento nos referidos mal feitos. Não precisaríamos estar vivendo tudo isto, bastava aos governos anteriores ter facilitado a ação dos investigadores e ao atual, não ter agido de forma populista para ganhar as eleições, e estaríamos em uma situação bem mais cômoda durante este período de ajustes. Não seria nenhuma marolinha, mas também não seria uma tempestade perfeita.

Afonso Pires Faria, 17 de dezembro de 2015.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

IMPRENSA VILÃ.

A mesma imprensa que é acusada de inflar o número de participantes à favor do governo e de subestimar os que são contra, agora divulga uma pesquisa da “Datafolha” dizendo que 68% dos brasileiros não veem melhora nos últimos 13 anos. Impossível. Ou a pergunta está mal formulada, ou foi feita somente aos participantes das passeatas do “Fora Dilma”, Avenida Paulista. Todos nós, de uma forma ou de outra melhoramos de vida nos últimos 13 anos. A melhora, pode não ter sido a esperada e nem a prometida por este governo, mas que hoje, vivemos bem melhor do que a uma década atrás, isto é claro e cristalino. As melhoras, claro, não são as propaladas pelo governo de que a classe baixa passou a ser classe média, isto foi manipulação de índices. Mas quem no início dos anos 2000 poderia sonhar com TV de Led com controle remoto e um carro na garagem? Houve melhoras significativas na vida do povo do nosso país. Houve uma nova formatação na distribuição da renda, muito embora os extremos tivessem se beneficiado. Tanto o mais rico como o mais pobre se deram bem, não na merecida proporção, mas a propaganda se encarregou de diminuir esta distância. Se a imprensa está a favor de uma ideologia no Brasil, o percentual deste engajamento não passa de 10%, o restante está mais preocupado em publicar o que agrada aos que lhes dão dinheiro. Ora é a venda de exemplares, ora é a publicidade. O que digo não é um libelo para defender os meios de comunicação, mas sim para que a acusação para ela seja a justa. O que eles querem é dinheiro. E o povo está vivendo melhor sim. Poderíamos estar melhor se compararmos com o resto do mundo é outra coisa. Que o fruto do crescimento é vegetativo e não obra do partido no governo é outra. Que se acusem o réu do crime que ele, de fato cometeu para não sermos injustos. Se a oposição não souber fazer a leitura correta do que os meios de comunicação estão divulgando e ficar tratando-a de “chapa branca”, não fara o ajustes necessários para obter êxito em sua empreitada.

Afonso Pires Faria, 14 de dezembro de 2015. 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

ECONOMIA A PIQUE

               Até quando será que a população brasileira se deixará enganar por falsos democratas que se dizem representantes do povo, quando na verdade são representantes apenas de grupos que lhes prestam apoio em troca de favores? Os atuais governantes somente consideram como povo elementos que participam de entidades organizadas e que coincidentemente são alimentadas pelo próprio governo, e pior, com o nosso dinheiro. Fora deste circulo de pessoas, só existem golpistas e coxinhas. Não interessa a eles esclarecer que são estes mesmos, pejorativamente classificados, que produzem a riqueza da nação que serve para abastecer movimentos sociais que em agradecimento cospem no prato que comem. Estes sanguessugas foram fartamente abastecidos pelo governo, pois o mundo durante os governos Lula e primeiro da Dilma, vivia em prospero desenvolvimento. Os países mais sérios fizeram economia e investiram em infra estrutura e educação, o nosso país não. Investimos em Copa do Mundo, Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Minha Casa Melhor, PACs e nos famigerados Movimentos. Investimento que é bom, só foi feito em países amigos para fortalecer a unidade da “Pátria Grande”. A fonte secou. Agora veremos que tempo ainda os grupos custeados a fartas verbas, se sustentaram com pão com mortadela. Que os governantes tenham presentes que o povo de uma nação não pode ser confundido com maça de manobra.

               A inflação em um país, por si só já é um mal para a população. Dependendo da causa desta, pode-se medir o mal que ela causa e o período pelo qual ela durará. A causa menos danosa de inflação é a causada por fatores sazonais, seu período de duração é curto e os males causados são logo sanados. O excesso de demanda é outra cauda de inflação que também, com o tempo se sana e as coisas voltam ao normal quando da saturação no mercado dos bens demandados. O pior dos cenários de uma inflação é quando não é nem por uma, nem por outra das causas supracitadas e sim causadas pelo governo por não controlar gastos administrados por ele, e por aumento de impostos. Este é o caso do Brasil atualmente. Pior. O país encontra-se em plena recessão encaminhando-se para um quadro de depressão.
Afonso Pires Faria, 10 de dezembro de 2015.




INIMIGO NA TRINCHEIRA


A força que os opositores do Eduardo Cunha fazem para livrá-lo da cassação é tão, ou maior que os seus defensores fazem. Parece de propósito. Fazem tudo errado afim de evitar que se chegue a votação. Ao contrário do título, não são inimigos na trincheira e sim amigos no lado oposto.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A COISA CERTA DO JEITO ERRADO

              Temos no nosso país atualmente 20% de jovens desempregados. Isto, mesmo depois de o governo, para maquiar os índices, alterou a formula de cálculo para puxar estes indicadores para baixo. Não adiantou, o índice ultrapassou o ponderável. Estes mesmos jovens, e que são filiados ao partido do atual governo, tem como heróis, bandidos que estão encarcerados cumprindo pena pelos crimes cometidos em nome do partido. Desempregados e com esta índole, que profissão nos leva a crer que estes jovens seguirão?

             No calor da emoção, os crimes cometidos em São Bernardino, foram atribuídos a criminosos comuns que adquiriram armas legalmente, portanto foi apontado como solução o desarmamento. Passado o auge da notícia, ficou-se sabendo que foi um atentado terrorista e que se tivesse um só cidadão de bem no local, armado, o número de mortos seria minimizado. Mas agora os ânimos já arrefeceram e ficou gravado na memória do povo, tão somente, que foi arma que matou. Também é omitido, para o gáudio dos desarmamentistas, que estes crimes são todos cometidos em locais onde só tem gente desarmada.

              O processo de impeachment é um ato político e não jurídico. Não fosse assim, seria o judiciário, não o legislativo que tomaria a iniciativa de ação para executá-lo.

          Estão totalmente desvirtuadas as ações dos grupos que fazem reivindicações no nosso país. As centrais sindicais lutam para manter no poder o governo que mais os maltratou nas últimas décadas. O movimento dos sem terra lutam contra os transgênicos e não por terra. Os estudantes, paulistas na atualidade, estão a lutar por mais participação popular e não por mais verba para educação. Fosse isto, não estariam protestando contra o governo do estado que quer modernizar a educação, e sim contra o governo federal que está cortando recurdos do Ministério que os abastece. Os movimentos sociais e organizados estão a soldo daqueles que tudo querem do nosso país, menos o progresso.

              A facilidade que tem os políticos de enganar o povo é descomunal. Esta facilidade torna-se mais explícita e tem a sua operacionalização mais facilitada na razão direta da ignorância do povo a ser ludibriado. A arte de acusar ser o adversário, aquilo que se é, é tão primária que chega a causar espanto nos letrados, de como a coisa ainda surte efeito.

            Saibam os entusiastas do PMDB que tramita, paralelo ao pedido de impeachment da presidente Dilma, um processo junto ao TSE que também pede o seu afastamento por crimes cometidos na campanha eleitoral. No caso de êxito, cai a presidente e o vice. E quem será o presidente da Câmara que assumirá a presidência, é uma incógnita.

               O deputado Eduardo Cunha está sendo acusado pelo conselho de ética de quebra de decoro parlamentar, por ter mentido em declaração feita à uma CPI. Sua defesa alega que ele não mentiu, pois a declaração que ele fez de que todas as suas contas, que deveriam constar na sua declaração de renda para fins de candidatura, estavam feitas. Não lhe foi indagado se alem das obrigatórias ele seria beneficiário de alguma outra. De fato ele era beneficiário de uma conta na qual não havia necessidade de ser declarada, e não declarou. Portanto, que arrumem outra falcatrua do deputado Cunha, que devem ser fartas, para lhe processar. Esta não procede. Não quero dizer com isto que ele vá escapar e nem que ele é um sujeito de conduta ilibada, somente estou a afirmar que escolheram o argumento errado para fazer a acusação. O fanatismo dicotômico em que estamos mergulhados faz com que os agentes que atuam na nossa política sejam afetados de uma miopia extrema que não os deixa, muitas vezes, ver o óbvio. Agem por puro espírito de vendeta sem medir a coerência de seus atos. O argumento usado para afastar o presidente da Câmara assemelha-se a um pedido de prisão para a Dilma por furto de carga de caminhão. Não duvidem que um idiota da oposição não vá fazer uma proposição semelhante a esta, é um jurista, também fanático, lhe dizer que é viável e lá vai o sujeito se desgastar desnecessariamente. Summum jus, summa injuria.
Afonso Pires Faria, 09 de dezembro de 2015.
    



domingo, 6 de dezembro de 2015

TRAPALHADAS E MENTIRAS

          Mais uma vez o presidente Obama se antecipa aos fatos e sai dizendo asneiras para o mundo. Quando da morte de um cidadão negro por um policial, ele foi célere em sair em defesa do morto dizendo que poderia até ter sido um filho seu. Depois foi descoberto que o policial agiu em legítima defesa e que o morto tratava-se de um malfeitor. Agora novamente já saiu defendendo a redução do porte e facilidade em se adquirir armas quando do assassinato de 14 pessoas por um casal de atiradores. Confirmado que não foi um ato criminoso, pura e simplesmente e sim um ato terrorista, fica a pergunta ao presidente falastrão. Terrorista compra arma legal?

          Não estou recordado de ver a CUT, MST, CNBB, et caterva, nas ruas criticando o presidente da Câmara de Deputados e não o Irmão de Fernando Collor, quando do seu pedido de impeachment, no entanto agora, qualquer um que se atreva a falar em afastamento é tido como golpista. Sic transiti glória mundi.

          Tanto mentiram, tergiversaram e sofismaram que se perderam ora na mentira, ora na tergiversação ou nos sofismas. Tergiversaram quando o mais eficiente era mentir, mentiam quando deveriam estar sofismando, e o povo meio que empiricamente percebeu que estava sendo enganado. Não é possível que um só cidadão tenha capacidade de enganar, não só os outros, como também os seus pares e fique impune por tanto tempo.

          Dos três poderes do país temos dois completamente paralisados e o outro agindo de forma quase que inócua no que se refere a produção. O poder mais importante, o Executivo está sem ação tamanha a oposição que lhe faz o outro poder, que deveria estar a produzir algo. O único  que está agindo é aquele que regula a atuação dos outros dois. Esta situação é extremamente preocupante pois o país está indo ladeira abaixo sem que os responsáveis por salvá-lo, que são o executivo e o legislativo, estão mais preocupados ora em acusar um ao outro, ora em se defender das ações do judiciário.
Afonso Pires Faria, 06 de dezembro de 2015.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

CUNHA x DILMA

Como são belos os lugares que podemos apenas visitar e não precisamos morar definitivamente neles. Como são interessantes as pessoas que não as conhecemos muito bem e não precisamos morar com elas. E como são bem intencionados os políticos que estão na oposição.

               Não é o poder judiciário que tem que ouvir o povo. Esta atribuição é do poder legislativo que foi eleito por ele. As intervenções do poder judiciário no legislativo, alegando o clamor popular não se sustentam. Cada um que cumpra as suas atribuições e atendam os seus eleitores. Que um atenha-se a letra fria de lei e outro a voz rouca das ruas.

               Se a bola de cristal do PMDB estiver certa, a Dilma cai. Não foi a toa que ele votou a favor do reajuste da meta fiscal para o governo. Afinal, ele tem em conta que o governo será seu.

               Não morro de amores pelo presidente da câmara Eduardo Cunha, mas penso que ele além de barganhar não deixou de também proteger a presidente uma vez que segurou inúmeros pedidos de impeachment e somente aceitou aquele que não havia mais nenhum argumento para descartá-los. Imaginem uma situação contrária em que o governo fosse do PSDB e aquele que deveria aceitar inúmeros pedidos de impedimento, simplesmente o ignorassem. A CUT, MST, Sindicatos e outros Movimentos Sociais, já estariam na rua classificando a medida como autoritária. Invoco, mais uma vez, o símbolo da briga de bugios para exemplificar a disputa entre o Presidente da Câmara e da República.

                  Dilma para se defender ataca. Diz que não tem conta na Suíça por isto não deve ser derrubada. A arte da tergiversação é peculiar desta gente.

               Sou contra todo e qualquer tipo de insubordinação, anarquia ou indisciplina,  mas o que o governador de São Paulo fez no sistema educacional, beira a estupidez. Em pleno século XXI o governador, sem demonstrar nenhuma intenção de consulta aos atingidos, toma uma medida drástica no sistema educacional. Com um sindicato amplamente aparelhado e elementos contra o governo infiltrados entre os estudantes e professores, não poderia se esperar nada diferente do que está acontecendo em São Paulo. Pura falta de visão do governador.

               Quando a presidente Dilma alega em sua defesa que Eduardo Cunha não tem legitimidade para pedir seu afastamento e que ela não é ladra, tem como fim exclusivo o de tergiversar. O fato de Cunha ter ou não legitimidade é inócuo, uma vez que não foi ele que fez o pedido, ele simplesmente aceitou, e aceitou somente um dos vários que lhe foram entregues. Parece até ter havido por parte do Presidente da Câmara uma tremenda ma vontade, só aceitou aquele no qual ele não teria nenhum argumento para rejeitá-lo, os demais foram todos descartados e quanto a isto eu não vi nenhuma manifestação contrária. Quanto ao fato de não ser ladra, como afirma a presidente, excluindo os seus atos pretéritos, também não servem como salvo conduto da abertura do pedido, pois não é deste crime que está sendo acusada e sim o de irresponsabilidade fiscal e administrativa. O gado ignorante aceita como válidos estes sofismas e sai as ruas dando bom dia a cavalos, assinando um atestado de ignorância e de fanatismo.

Afonso Pires Faria, 04 de dezembro de 2015.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

CINCO DEDOS DE PROSA

Sergio Porto, que se denominava Estanislaw Ponte Preta, tem várias publicações com o título de “FEBEAPA”, Festival de Besteiras que Assola o País. Pois estou esperando, referente a abertura de processo contra a presidente Dilma uma série de Febeapás. A situação dizendo se tratar de um golpe, tergiversando dizendo que a presidente não roubou, quando não é esta a acusação que pesa sobre si, questionando a legitimidade de quem encaminhou o processo, enquanto que antes disso o tratava com luvas de pelica, alegando que o país, por este fato ficará paralisado, como se antes não tivesse e vai esquecer-se a presidente que a culpa desta abertura de processo é exclusivamente dela e não da oposição. Esta por sua vez, tentará desqualificar todo e qualquer parlamentar que, não vendo motivos para o avanço do processo, manifestar-se contra o impeachment. Alegará que ele é contra o povo e que o povo pede o afastamento da presidente enquanto que este não é o motivo para o pedido e pode-se ou não ser levado em conta, de acordo com a vontade do parlamentar que vai votar. Aguardem, para a abertura do “FEBEAPÁ”, versão 2015/16 e preparem o estômago, pois as asneiras, muitas delas serão de causar náuseas ora a situacionistas, ora a oposicionistas.

Simplesmente sofismam os ambientalistas. Eles dizem que tem que terminar com a poluição e com o desmatamento. Isto está certo, mas o que eles não dizem é que isto nada tem a ver com aquecimento global, que é um fenômeno cíclico da natureza. Outro engodo é o aumento de Co2 na atmosfera, como causador do aumento da temperatura. Este só faz aumentar a produção de alimentos com o seu incremento, e não a temperatura do planeta.

Será feito um imenso contingenciamento de recursos na ordem de mais de 10 bilhões de Reais no orçamento da união para se atingir a meta fiscal. Mas já se ouve notícias de que não haverá prejuízo para a saúde, devido ao zica vírus. A educação é outra área que o governo não ousará prejudicar, pois o Brasil neste segundo mandato da Dilma é o da pátria educadora. Esportes então nem se fala, pois teremos pela frente as olimpíadas. Dizer que vai cortar, mas dizer só aonde não vai fazer o serviço é fácil, quero ver bater no peito e dizer: o ministério tal vai ser prejudicado.

Não é uma boa política de governo, tirar o individuo da pobreza e mantê-lo dependente do Estado.

O mais feio do ato do PT em abandonar o senador Delcídio, não foi o ato em si de abandono e sim a justificativa dada de que ele usou o crime para si, não para o partido. Fosse para o partido seria mais um herói.

Afonso Pires Faria, 03 de dezembro de 2015.