terça-feira, 29 de dezembro de 2015

DE VOLTA

Luís Paulo da Silva Nunes, 31 anos pai de dois filhos, mais uma vítima da sociedade que foi obrigado a se defender de uma patricinha que reagiu a sua abordagem para lhe tirar o excesso de bens que o capitalismo desumano lhe proporcionou. Em breve nos cinemas um filme contando a sua vida, com o patrocínio de uma ou mais estatais e de leis federais de incentivo a cultura do nosso país. Deu certo desta vez a aplicação do estatuto do desarmamento. Tivesse a mulher com uma arma no carro, teria tirado a vida de um pai de família. Acreditem, tem gente que vê assim os fatos.

Quando o líder do governo José Guimarães proferiu a sábia frase que precisamos mais Estado e menos empresas, fiquei a calcular em que proporção isto seria capaz. Pelo percentual da produção que nos é subtraído pelo Estado, estamos vivendo em um país que temos apenas 60% de participação das empresas, pois o restante é o Estado. Quando tivermos 90% de participação estatal, qual teria que ser a contribuição dos 10% que a atividade produtora teria que dispor para sustentar o Leviatã?

Dos quatro fundos de pensão de entidades ligadas ao governo, Banco do Brasil, Correios, Caixa Econômica Federal e Petrobras, três são ligados ao PT, só um não. Três são deficitários, um não. Coincidência.

Nutro o mesmo sentimento por aqueles que votaram no PT e não votam mais, e pelos que ainda votam. Não perdoo tamanha cegueira dos que só hoje conseguem ver o que era obvio. Já os que ainda votam, pelo menos tem um motivo que pode ser considerado nobre, o da coerência. Eles alimentam a esperança de que o apregoado pelo partido dará resultados. Destes alguns não tem pleno conhecimento de que resultados são, e ficarão decepcionados quando o objetivo petista for alcançado, mas já será tarde. São os chamados inocentes úteis, serão usados até o fim do plano como bucha de canhão sem se darem conta disso.

Afonso Pires Faria, 29 de dezembro de 2015.

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