domingo, 28 de junho de 2015

ENXUGANDO GELO.

  
                            É difícil acreditar de que um apenado não volte a delinquir somente porque foi mal tratado no presídio em que foi colocado pela prática do seu delito. A reincidência no crime é causada pela não punição. O elemento é detido, vai para a delegacia e constata-se que não há vagas para mantê-lo recluso. O crime que ele cometeu não foi de alta periculosidade e ele é soldo. A leitura que o meliante faz do fato é que “não da nada” e volta a delinquir em crimes cada vez mais graves, até que finalmente fica preso. Não é um lugar agradável um presídio. O recluso é jogado em um local menos digno do que de alguns animais, não é feito triagem para evitar que se misturem presos de alta e baixa periculosidade, e o elemento sai da prisão “escolado” e revoltado com o tratamento que recebeu, com isto volta ao crime. Não sou defensor de um tratamento de luxo para os presos, mas sim de um tratamento no qual ele cumpra uma pena pela qual foi condenado: privação da liberdade, e não da dignidade. E que não se confundam as coisas. O cidadão que está preso, não deixa de ser um cidadão e está sob a responsabilidade do estado. Todo e qualquer mal que ele sofra na prisão, é de culpa do estado, única e exclusivamente. Portanto senhores governantes, tratem de fazer presídios, para abrigar todos os que delinquem para dar segurança a população de bem. É o transgressor que tem de ser privado da liberdade e não o cidadão, que nada fez para ter que ficar trancafiado dentro de casa, com medo de sair às ruas. O agente de segurança está desmoralizado, pois prende o delinquente diversas vezes pelo mesmo crime em um curto espaço te tempo. Segundo as estatísticas, no RS, nos três últimos anos, cinquenta e três presos foram detidos mais de setecentas vezes. Isto causa uma sensação de permissividade ao criminoso, uma verdadeira licença para delinquir. Volto a afirmar que não adianta aumentar o número de agentes agindo, se estes estão fazendo, na realidade um retrabalho ou enxugando gelo.

Afonso Pires Faria, junho de 2015.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

O INVERSO DO CONTRÁRIO


O maior sucesso o plano de deseducação do nosso Brasil. Estão conseguindo inverter os valores. É a mais pura inversão da lógica.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

OS DOIS IRMÃOS E OS GOVERNOS

              Eram dois os filhos do seu Adamastor, o André e o João. Eram gêmeos, mas somente porque nasceram da mesma fornada, pois tinham comportamentos totalmente diverso um do outro. O Adamastor era funcionário público, tinha casa própria na cidade e herdara do pai umas terras as quais arrendava a terceiros para complemento da renda. Procurou criar seus filhos dando a um tratamento similar ao que dava a outro. Este tratamento semelhante aos dois rebentos lhe trazia alguma dificuldade, pois o André tinha hábitos urbanos, sendo que o João gostava mais das lides campeiras. Sempre que podia o João rumava para a zona rural, isto acontecia durante as férias escolares, por exemplo, sendo que André ou ia para a praia com seus pais, quando isto acontecia, ou ficava em casa lendo e jogando futebol com seus amigos. Sonhava ser atleta, mas nunca passou de segundo reserva do time da escola.
            Crescidos os dois, já órfãos de pai e mãe, cada um seguiu seu rumo, o André herdou a casa da cidade e o João o pedaço de terra e viveu modestamente cuidando deste patrimônio, sem muitos avanços ou retrocessos, somente se aprimorando, eventualmente, com as técnicas afins de seus afazeres. Mas o André, ao qual eu gostaria de me ater mais em seus comportamentos, era um cidadão urbano, conhecido na cidade, com ótima reputação, casado com uma moça da sociedade, frequentador dos clubes da cidade, do rotary e demais entidades que lhe proporcionavam algum status. Formou-se em direito, mas nunca exerceu a profissão já que era funcionário de uma grande empresa, foi vereador, candidato a prefeito e sempre envolvido com ações sociais. Estes envolvimentos todos, não lhe permitiam viver modestamente, tinha ele, algumas obrigações sociais que lhe aviltava o orçamento doméstico. Seus filhos eram amigos dos filhos do prefeito, e frequentavam também a alta sociedade, André tinha conta no banco oficial, tinha cheque especial e sempre que aparecia alguma linha de crédito subsidiada o gerente o informava e ele seguidamente usufruía destas benesses. Nunca deixou faltar nada em casa, tirava férias, sempre de trinta dias, afinal de contas, temos que descansar para preservar a saúde, e saúde em primeiro lugar. Sempre ouviu dizer isto, e usava como desculpa para aproveitar o período total que lhe era permitido de descanso. Trocava de carro de dois em dois anos, o vendedor, lhe demonstrou que assim ele não perderia valor de revenda, fazia um financiamento, ou consórcio do valor faltante e assim andava sempre de carro novo, ou quase isto. Mas as coisas, com o tempo, foram se desgastando, doenças, reformas e alguns imprevistos, fizeram com que o nosso protagonista da história fosse se descapitalizando. Os recursos auferidos com o salário, que nunca foram suficientes para pagar todas as despesas, e eram complementados com empréstimos bancários, ficaram cada vez mais escassos. Nas primeiras dificuldades, começou a parcelar o pagamento do cartão de crédito e quando houve o primeiro atraso, foi aconselhado a fazer um empréstimo grande, a fim de saldar todas as dívidas e reorganizar as suas finanças. Assim foi feito e, como diz o ditado, “enquanto o pau vai e vem, as costas folgam”. Seria necessário austeridade para pagar a parcela deste empréstimo, mas isto não passava pelo cotidiano da família de André, acostumados com facilidades, quando se viram privado destas, surgiram os primeiros conflitos familiares. Amigos interviram, ajudando com conselhos, alguns úteis, mas não seguidos, e outros totalmente inúteis, mas palatáveis as necessidades da família. Ele não poderia deixar de pagar a aula de inglês dos filhos, sendo que deveria pensar no futuro destes, não poderia também convencer a esposa de não ir as aulas de ginástica e natação, pois “saúde em primeiro lugar”. As jantas no clube e as reuniões, também não poderiam ser suprimidas, pois eram um investimento a longo prazo. Se o banco estava lhe cobrando, de forma acintosa para que fizesse os pagamentos que estavam em atraso, ele que procurasse outro banco, que mesmo com taxas mais elevadas, lhe proporcionaria um maior prazo e ele poderia conseguir facilmente um recurso, tendo em vista que tinha sua casa e seu veículo, que poderiam servir como garantia. Assim foi feito. André poderia passar na frente do Banco oficial, entrar, tomar um cafezinho, conversar com os amigos, sem ser importunado pelo gerente de sua conta, senão para, eventualmente lhe oferecer algum ingresso para algum evento, afinal ele ainda era um cidadão de grande prestígio na cidade. Cessaram-se as cobranças inoportunas e quando havia um atraso no pagamento, a parcela faltante, segundo clausula contratual, passava para o final do empréstimo, evitando-se assim o constrangimento de correspondências em baixo da porta quando havia falta de pagamento. Pelo contrário, ele nem tomava conhecimento destes fatos. Parcela não paga, o juro é mais caro, mas isto é lá para o fim do contrato. Quem já lidou com instituições financeiras sabe muito bem que,”quarda-chuvas de banco só abre, quando faz sol”. Cessado o crédito, vai diminuindo o prestígio e cai a reputação e sem reputação não tem mais crédito e vira um circulo vicioso. Quando a garantia não foi mais suficiente para saldar a dívida, o devedor foi chamado à remir parte da dívida ou apresentar novos bens como garantia. O irmão João foi chamado em socorro, mas sentindo que seria uma investida inútil, tendo em vista que o irmão negava-se a diminuir suas despesas, negou-se ao socorro. Apesar dos parcos conhecimentos jurídicos e contábeis, João sempre achou que quando se gasta mais do que se recebe, no futuro, alguém tem de pagar a conta, ele não estava disposto a isto, pois não tinha nada a ver com os desarranjos financeiros do irmão que, ao contrário dele, que tinha menos conhecimento, não soube administrar os seus bens.
            Será sempre assim. Quem gasta mais do que recebe, mais cedo ou mais tarde, terá dificuldades e é de bom alvitre que se ouça quem lhe tenta ajudar, mesmo que lhe digam coisas que não são muito agradáveis. O nosso governo estimulou as famílias a se endividarem, muitas acima de sua capacidade de pagamento e muitas fizeram isto. Todas arrependidas e com poucas chances de reverter a situação. Pior. O nosso governo fez o mesmo e agora não tem como ajudar àqueles a que aconselhou mal. Eu que sempre critiquei o governo de dizer uma coisa e fazer outra, desta vez não tenho nenhuma razão. O governo além de fazer errado, orgulhou-se disso e fez mais. Induziu o povo a fazer também. Deu no que deu. Igual ao nosso herói, o Brasil vai colher os mesmos frutos. Não deve nada ao FMI, mas está pedindo auxílio à países e entidades “amigas”, que logo cobrarão seu preço. Imagino que o irmão também, no futuro, não o auxiliará quando o credor bater a porta.

Afonso Pires Faria, 22 de junho de 2015. 

terça-feira, 16 de junho de 2015

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.



                            Só duas coisas explicam um sujeito que é preso por desvio de recursos ser aplaudido entusiasticamente por uma unanimidade. Ele tem que ser muito bem tratado para não se incomodar e não se sentir excluído. Ainda tenho ecoando em meus ouvidos as palavras do então candidato Lula dizendo que o PT é um partido que não rouba e não deixa roubar. Mas como explicar o aplauso ao seu tesoureiro, se este esta na cadeia? Pois Gilberto Carvalho deu outro motivo, que não o medo de que ele preso, fale o que não deve. Ele esta preso por falsos moralistas e o PT tem que seguir a sua ética. São dois motivos e cada qual mais horripilante que o outro. Mas, levando em conta que quem aplaudiu foram militantes pagos para estarem no evento, não podemos dizer que houve alguma surpresa no fato.

                            Tu que estás no mundo sem ter sido desgraçado por Deus pela perda de um filho, deves agradecer todos os dias.

                            O ministro da previdência, em entrevista a rádio gaúcha, deixou evidente que a criação do fator previdenciário foi um erro. Mas não que ele tenha sido maléfico ao trabalhador e sim a instituição. O índice de redução do salário do aposentado, não impediu que houvesse aposentadorias precoces e somente reduziu o valor a ser pago ao aposentado. Melhor seria ter, de fato, impedido que o trabalhador deixasse de trabalhar tão cedo. O remédio deveria ser mais amargo do que foi. Agora a presidente está com um grande problema na mão, ou veta e salva a previdência ou sanciona e salva o partido.

                            As chamadas políticas afirmativas, criadas por leis para beneficiar uma parcela da população são sempre vistas com bons olhos pelo povo. Cria-se passagem gratuita nos fins de semana, isenção de impostos para quem tem dificuldades, faz-se vistas grossas para os “gatos” de energia elétrica, subsidia-se imposto para determinada classe social e por aí vai uma gama de “benefícios” concedidos pelo poder público ao “povo”.  Mas é justamente esta população beneficiada pelos governantes de plantão que reclamam da falta de qualidade no atendimento no posto de saúde, pela falta de segurança nas ruas e o descumprimento de outros vários serviços mais essenciais, que deveriam ser prestados à população. O problema é enfiar na cabeça destes reclamantes, que o dinheiro que falta para fazer estes atendimentos está sendo gasto no fornecimento de outros benefícios, que muitas vezes não são tão necessários e que são privilégios somente a uma parcela de pessoas. 

Afonso Pires Faria, junho de 2015. 

domingo, 14 de junho de 2015

DESPEDIDA.


Que entre as pessoas existem grandes diferenças, isto é sabido. Que as pessoas que possuem estas diferenças facilmente se atritam, também é sabido e vivenciado diariamente. Varias vezes nos afastamos de pessoas, por estas terem comportamento e hábitos diferentes dos nossos, quando seria bem mais comedido se simplesmente aceitássemos suas atitudes em vez de tentarmos combate-las ou impormos a elas, o nosso modo de ver as coisas. Um tratamento, aparentemente indelicado, para uns, pode ser considerado como uma forma de intimidade para outros. Tem dois ditos que valem muito para mim: “Meu amigo é aquele que me aponta os erros, não aquele que me bajula”, e “Não se fala de corda, em casa de enforcado”. Pois eu considero muito as pessoas que, eventualmente, me dizem algumas verdade e tenho também muita consideração e apresso com as pessoas que se comportam comigo de uma forma, que para terceiros, podem parecer ofensivas, mas que para mim são uma forma de intimidade. Pois era assim que agia comigo a irmã mais velha do meu pai a Maria Medianeira (tia Neneia). Eu aparecia quase sempre de surpresa de visita e era recebido, aparentemente, como um estorvo. Não era. Eu ficava horas ouvindo as suas histórias do passado, que nunca se repetiam por incrível que pareça. A sua fala pausada tinha tudo para me irritar, pois eu ficava ansioso para ouvir o fim da história mas os detalhes, por ela contados, só tornavam a história ainda mais interessante e engraçada. Pois esta sua forma lenta de falar também se representavam na sua forma de agir. E foi justamente isto que a levou embora do nosso convívio. Tinha com ela uma grave doença cardíaca que ela nos escondia. Vai ficar o eco de suas falas quando alertava o tio Carlinhos “Não trata tão bem assim o bicho, que senão ele não vai embora”. Indelicadeza? Que nada, uma forma carinhosa de dizer que a minha presença era muito agradável, assim como as suas histórias. Uma perda que vou custar muito a assimilar. Ela esperou eu me despedir dela para ir embora. Eu não me perdoaria se não tivesse tido tempo de ainda vê-la com vida, mesmo que inerte. Tenho o sentimento de que ela ainda me ouviu cochichar em seu ouvido. “O bicho, veio aqui te ver”.

Afonso Pires Faria, 14 de junho de 2015.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

COMPLICANDO, FACILITA BASTANTE DEPOIS.


É da natureza de um regime com pendores totalitários, subjugar o seu povo. Quando este já encontra um Estado com uma avançada legislação democrática, fica difícil fazê-lo pela força. Tem de então, se utilizar de métodos legais para isto. Para atingir o seu intento de dominação, cria leis e mais leis, de forma que o cidadão ou uma empresa, dificilmente consiga cumprir todas elas. Ficam sempre a mercê do governo para, ou multa-la ou tirar proveito de sua ilegalidade. Daí os juízes, para escapar dos impostos criam penduricalhos isentos do tacão do Estado. Também assim agem os nobres parlamentares que criam as leis de forma que consigam sonegar legalmente. Sobra para o empresário e o zé povinho pagarem a conta da velha senhora.

Afonso Pires Faria, junho de 2015.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

DESPROPORCIONALIDADE

           
A justiça pune quem se defende de uma agressão, utilizando-se de força desproporcional. Pode-se questionar se é justo ou não, tendo em vista que estamos apenas nos defendendo e não agredindo. Temos também que termos presente que se formos agredidos por um elemento de maior força que o nós, é no mínimo explicável que nos defendamos também utilizando da força. Mas existem aqueles que são covardes, sobre uns reagem de uma forma mais branda, quando reagem, por este ser bem mais perigoso. Quando o pretenso agressor é um fraco, polido e sabidamente não represente perigo maior, a agressão é bem mais violenta.  É o que está utilizando o movimento gay contra os cristãos, que os criticam pelas suas atitudes. Gostaria de ver estes pseudocorajosos afrontarem, não aqueles que simplesmente o criticam, mas sim os que os executam, como é o caso do movimento islâmico. São corajosos contra os polidos, mas extremamente covardes contra os fortes.

Afonso Pires Faria, junho de 2015.

sábado, 6 de junho de 2015

DOIS TEXTOS

A EXCESSÃO COMO REGRA.
Em uma calorosa discussão, surgem várias ofensas. Ofende-se até a mãe dos partícipes, sem ela ter nada com isto. Quando ocorre um assassinato de uma pessoa, virou moda agora, classifica-la por um motivo de gênero, raça ou o mais na moda, homofobia. De algumas coisas, não devemos duvidar, e uma delas é o grau de estupidez de um ser humano. Existem elementos tão ignorantes, tão brutos, uns verdadeiros energúmenos, que tem por costume classificar as pessoas por classes, sexo, gênero ou qualquer outro diferencial. Por não duvidar da incapacidade de nossa gente de qualquer ato desmesurado, não duvido que alguém, por ter tanto ódio e falta de noção, não pratique atos excessivos contra outro, pelo simples fato de ele não ser da sua turma. Mas estas práticas são exceção e não a regra. Na contra mão do que seria uma lógica, basta um gay ou travesti ser assassinado após uma rixa, para o crime ser classificado como de homofobia, basta para isto o agressor ter proferido qualquer citação, antes do crime, referente a sua preferência sexual. Repilo com toda a veemência qualquer atitude violenta contra qualquer ser humano, pior ainda se por motivo tão torpe como de cor, credo ou preferência sexual. Agora a tipificação do fato como vem sendo feita, só favorece aos que tem como mote, incentivar a luta de classes. Quem estudou um pouco de marxismo sabe muito bem de quem eu estou falando.


COMPLICANDO, FACILITA BASTANTE DEPOIS.
É da natureza de um regime com pendores totalitários, subjugar o seu povo. Quando este já encontra um Estado com uma avançada legislação democrática, fica difícil fazê-lo pela força. Tem de então, se utilizar de métodos legais para isto. Para atingir o seu intento de dominação, cria leis e mais leis, de forma que o cidadão ou uma empresa, dificilmente consiga cumprir todas elas. Ficam sempre a mercê do governo para, ou multa-la ou tirar proveito de sua ilegalidade. Daí os juízes, para escapar dos impostos criam penduricalhos isentos do tacão do Estado. Também assim agem os nobres parlamentares que criam as leis de forma que consigam sonegar legalmente. Sobra para o empresário e o zé povinho pagarem a conta da velha senhora.

Afonso Pires Faria, junho de 2015.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

ALGUMAS OBSERVAÇÕES.


Daí tu acordas de manhã com um gosto de cabo de guarda-chuvas na boca, uma ância de vômito e uma dor de cabeça, tudo em volta está girando, levanta da cama e vai beber um copo d’água, na metade regurgita um líquido meio esverdeado, suja toda a cozinha. A dor de cabeça aumenta e o estômago embrulha novamente ao tu tentares comer algo. Ao olhar o relógio notas que já passa das nove horas. Pronto, perdeu a hora e não foi trabalhar. Um amigo liga e te informa do que fizestes na noite anterior e tu tens vontade de morrer de vergonha. Não, não é possível que eu tenha feito tudo isto, e ainda por cima esta ressaca. Tu lembras vagamente que, para mostrar para os outros participantes da festa que eles eram fracos e que tu eras forte, tomastes bebidas heterodoxas. Quando alertado de que os efeitos seriam devastadores, respondeu que seria apenas uma marolinha. Não foi. Dói tudo, a cabeça o estômago e um corte no braço que tu nem sabes a causa. Esqueceu, mas prometeu nunca mais fazer estas bobagens. Todos os outros te alertaram que não valeria a pena. Tu mesmo, de certa forma, sabias das consequências, mas estavas divertindo os outros que te observavam e alguns até estimulavam a tua irresponsabilidade, mesmo sabendo que te arrependerias depois. Agora arrependido, as dez horas da manhã, tonto com fome e com sede promete e jura: nunca mais faço estas loucuras, não valeu a pena. Em casa o dia todo, só se recuperou à noite quando saiu novamente para a rua, passou pelo mesmo bar e encontrou os mesmos frequentadores. Olhou, pensou e.... Bom isto só se vai saber em 2018. Vamos tomar outro porre ou vamos capitular as tentações de sofrermos dolorosas e longas torturas por um pequeno período de demonstração para os outros, de que somos diferentes? Qualquer semelhança com os acontecimentos pretéritos e presentes da nossa pátria, não é mera coincidência.

Se terminarmos com o fator previdenciário os gastos com o pagamento de aposentados vai aumentar não é mesmo? Se não aumentarmos a contribuição para o fundo de aposentadoria, de onde vai sair o dinheiro para pagar mais aos aposentados? Do governo não é mesmo? E de onde o governo tira dinheiro para cobrir o rombo da previdência? De impostos não é mesmo? E quem paga impostos? Acho que tem gente que pensa que o dinheiro do governo vem de algum outro planeta do sistema solar ou que dá em árvores, pois não cansa de clamar por mais benesses com o dinheiro público. O governo dá com uma mão e tira com duas, portanto quando ele beneficia o povo com uma parte, logo lhes é subtraída duas. E uma vai para o bolso dos corruptos. Quanto maior o Estado, mais ele custa ao povo. Será tão difícil entender isto?


Quando um governo responsável gasta todos os seus recursos em investimentos para melhorar as condições do país e não lhes sobra verba para atender aos pleitos sociais, acho válido que a sociedade participe em ações voluntárias para atender os mais necessitados. Mas existem governos que nos extorquem 40% de tudo o que produzimos, não investe em quase nada de melhorias, senão para o seu próprio benefício, e ainda vem nos pedir para contribuirmos com auxílios para os carentes. É justo isto? Ou estamos contribuindo cada vez mais com os “mal feitos”, uma vez que estamos fazendo aquilo que era da responsabilidade dos que arrecadam?

O pior do que tu considerar uma pessoa inferior do que a outra, pondo-a em condições mais favoráveis, para que possa alcançar os mesmos objetivos, é tu  ainda convencê-la disso.
Afonso Pires Faria, junho de 2015.


“A burguesia é muitas vezes mais forte do que nós. Conceder-lhe a arma da liberdade de imprensa é aliviar a causa do inimigo, ajudar o inimigo de classe. Nós não desejamos nos suicidar, então não faremos isso.”  Vladimir Ilyich Lenin

terça-feira, 2 de junho de 2015

DESARMAR PARA QUE?


Não ficou bem claro quando eu falei em 80%, mas eu quis dizer que 80% das vezes que uma arma é utilizada é com a finalidade de se defender e não de atacar.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

RESOLVENDO PROBLEMAS, CRIANDO OUTROS.



O governo está tentando corrigir os erros cometidos no passado, para ganhar as eleições. O pior que poderia fazer do que o que está fazendo, era não fazer nada. Mas creio que poderia ser pior ainda, e não se iludam que este governo é pródigo em más ideias, e quando menos se espera surge uma pior que a outra. Estão falando em aumento de impostos. Mas são só as grandes fortunas dizem eles. Vamos tirar dos ricos para dar para os pobres. Os pobres no caso é o Estado. Sim este ente que nada produz e tudo gasta. O Brasil tem um dos piores índices de retorno de impostos cobrados e ainda quer aumentá-los. As medidas duras que foram tomadas recentemente, tiveram como objetivo tapar os rombos causados pelas políticas irresponsáveis do governo Dilma, com finalidade única e exclusiva de ganhar as eleições. Eles sabiam que aumento de consumo e de crédito sem crescimento causa um rombo nas contas à curto prazo, mas este curto prazo foi suficiente para que passasse as eleições e veio agora a conta a ser paga. Povo ignorante tem memória curta, não tem o devido discernimento para um planejamento a curto, quanto mais a médio ou longo prazo. Até as próximas eleições o governo já arrecadou, com os pacotes de maldades, verba suficiente para, novamente, iniciar a fazer a farta distribuição. E o povo não vai nem lembrar que surfou na onda do crédito abundante, incentivo ao consumo e menos ainda, que teve que pagar caro por isto. Se vocês, que não tem grandes fortunas, acham que não serão afetados por este imposto, caso ele seja criado, estão redondamente enganados. Pensam que é no jardim do vizinho que estão roubando as flores e que tu, que nem jardim tens para que eles o usurpem, não será afetado por esta medida. As grandes fortunas, nada mais são do que riquezas acumuladas, fruto de um trabalho, ou do proprietário delas ou de um antepassado. Este patrimônio, bem ou mal, está rendendo algum trabalho para terceiros, o que não vai acontecer se ele for para a mão do Estado. Este nada produz, somente distribui o que tomou dos outros, hoje deles, amanhã de ti. Os direitos trabalhistas que o governo está cortando, nada mais são do que recursos que os trabalhadores mais espertos, usavam para tirar proveito, ou da previdência ou do governo. Ambos são de propriedade do povo, portanto o governo está é nos protegendo e o efeito disto não é mais receita e sim menos despesas. Está certo o governo em tomar estas medidas, mesmo contrariando a “cumpanherada”. O problema é que o tratamento de choque imediato, e que traria ao governo um pouco, pelo menos, de popularidade, isto ele não faz. Não diminuiu nenhum ministério e nem diminuiu os gastos com aqueles que são pagos para lhes dar apoio. Diminuiu a verba para a casa própria, mas não o crédito subsidiado para o BNDS, emprestar as ricas empreiteiras. É uma no cravo e outra na ferradura. Poderia ser só no cravo, mas daí o povo não sentiria a dor e consequentemente o alívio final, do qual só dele ser lembrará quando for digitar o número do seu candidato na urna eletrônica, com um sofisticado software venezuelano.  
Afonso Pires Faria, junho de 2015.



“Meu avô me disse uma vez que existem dois tipos de pessoas: aqueles que trabalham e aqueles que ficam com o crédito. Ele me disse para tentar ficar no primeiro grupo; há menos concorrência lá.” Indira Gandhi