terça-feira, 16 de junho de 2015

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.



                            Só duas coisas explicam um sujeito que é preso por desvio de recursos ser aplaudido entusiasticamente por uma unanimidade. Ele tem que ser muito bem tratado para não se incomodar e não se sentir excluído. Ainda tenho ecoando em meus ouvidos as palavras do então candidato Lula dizendo que o PT é um partido que não rouba e não deixa roubar. Mas como explicar o aplauso ao seu tesoureiro, se este esta na cadeia? Pois Gilberto Carvalho deu outro motivo, que não o medo de que ele preso, fale o que não deve. Ele esta preso por falsos moralistas e o PT tem que seguir a sua ética. São dois motivos e cada qual mais horripilante que o outro. Mas, levando em conta que quem aplaudiu foram militantes pagos para estarem no evento, não podemos dizer que houve alguma surpresa no fato.

                            Tu que estás no mundo sem ter sido desgraçado por Deus pela perda de um filho, deves agradecer todos os dias.

                            O ministro da previdência, em entrevista a rádio gaúcha, deixou evidente que a criação do fator previdenciário foi um erro. Mas não que ele tenha sido maléfico ao trabalhador e sim a instituição. O índice de redução do salário do aposentado, não impediu que houvesse aposentadorias precoces e somente reduziu o valor a ser pago ao aposentado. Melhor seria ter, de fato, impedido que o trabalhador deixasse de trabalhar tão cedo. O remédio deveria ser mais amargo do que foi. Agora a presidente está com um grande problema na mão, ou veta e salva a previdência ou sanciona e salva o partido.

                            As chamadas políticas afirmativas, criadas por leis para beneficiar uma parcela da população são sempre vistas com bons olhos pelo povo. Cria-se passagem gratuita nos fins de semana, isenção de impostos para quem tem dificuldades, faz-se vistas grossas para os “gatos” de energia elétrica, subsidia-se imposto para determinada classe social e por aí vai uma gama de “benefícios” concedidos pelo poder público ao “povo”.  Mas é justamente esta população beneficiada pelos governantes de plantão que reclamam da falta de qualidade no atendimento no posto de saúde, pela falta de segurança nas ruas e o descumprimento de outros vários serviços mais essenciais, que deveriam ser prestados à população. O problema é enfiar na cabeça destes reclamantes, que o dinheiro que falta para fazer estes atendimentos está sendo gasto no fornecimento de outros benefícios, que muitas vezes não são tão necessários e que são privilégios somente a uma parcela de pessoas. 

Afonso Pires Faria, junho de 2015. 

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