segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

LÓGICA! QUE LÓGICA?

 

Que água será que deram para beber, ao pessoal que estava acampado em Brasília que, de uma hora para outra mudaram o seu comportamento? Todas as manifestações que pediam lisura nas eleições e que se opuseram a posse do candidato que foi declarado vencedor, foram ordeiras. Qual interesse tem o órgão encarregado de fiscalizar as eleições, em se negar a fornecer o tal código fonte, para provar a lisura do pleito? Teriam sido mesmo os manifestantes o estopim para a quebradeira na praça dos três poderes ou havia gente orientada a fazer isso no início para provocar os demais? Novamente àqueles que deveriam ser os guardiões da transparência, tentam esconder todas as imagens do interior dos prédios, sendo que estas poderiam esclarecer se procedem as acusações de que havia gente no interior dos prédios, antes mesmo da invasão. Muito estranho a mudança de comportamento de quem era pacífico, ficou violento, e no outro dia já estava ordeiro novamente, a ponto de obedecerem cordialmente, ordens para entrarem em ônibus para serem conduzidos sabe-se lá para onde. O mais entranho ainda é a opacidade das autoridades que deveriam lutar pela transparência. Muitos fatos estranhos ocorreram no fatídico dia oito de janeiro. Coincidências, todas elas que demonstram que não existe nenhuma boa vontade em se esclarecer os fatos. Quem quebrou, prendeu, foi preso, escapou ou apareceu, quem querem esconder, quem não estava e deveria estar, e finalmente, porque são terroristas e não manifestantes ou movimentos sociais, como os que antes também assim agiram, inclusive com incêndios e agressões físicas?

 

Surpreendentemente, de uma hora para outra o atual Presidente da República faz renascer a narrativa de golpe, para o que ocorreu com Dilma. Cria-se aí um constrangimento frente àquele que dirigiu os trabalhos de impeachment. Este, ainda está na ativa e, se confirmada a tal irregularidade, poderia ser apeado do cargo. Não se surpreendam se o meritíssimo do supremo que fez o trabalho, não assine uma moção de repúdio ao ato. Passar do ódio ao amor, da verdade a mentira e outras contradições, em um curto espaço de tempo não é novidade. O que altera é o grau de desfaçatez cada vez maior, e a exiguidade do tempo decorrido, cada vez menor. Esta gente não tem escrúpulos, desconsidera a lógica e pisa em cima de tudo o que é verdadeiro.  

Afonso Pires Faria, 27.02.2023.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

DA DISTOPIA A REALIDADE

 

Na década de 30, 40 e 50 do século passado, houve alguns autores que escreveram obras, possivelmente inspirada no famoso livro “Utopia” de Thomas More. Com significativo diferencial, estas obras tratavam de algo que não estava baseado em uma utopia, mas sim em uma previsão de um mundo que poderia ser de fato, vivido. Foram as chamadas obras distópicas. Quem nunca tiver lido nenhum destes clássicos literário, procure fazê-lo. Se ler um deles, certamente aguçará a curiosidade e passará a procurar outros. Alguns exemplos: George Orwell (1984 e A Revolução dos Bichos), Aldous Huxley (Admirável Mundo Novo) e Ray Bradbury (Fahrenheit 451). Se a leitura das obras lhe for penosa, leia uma. E mesmo assim se não lhe aguçar a curiosidade, procure uma resenha que eu garanto que a vontade de ler a obra brotará. Procure falar com alguém que tenha tido contado com pelo menos uma delas, ou outros livros que tratem do mesmo assunto, que despertará curiosidade sobre o tema. Seriam estas outras: (“O Senhor do Mundo”, “Nós” e “O Homem do Castelo Alto”). Quem tomar contato com este tipo de obras pensará que naquelas décadas foram paridos seres dotados do dom da premonição. Com um pouco de atenção aos fatos atuais, veremos que o futuro que nos aguarda não é nada prazeroso. Poderemos e, creio que deveríamos agir para impedir que tudo o que foi previsto por eles se concretize. Sim, tudo, porque parte da coisa já está posta.

 

Causou estranheza para alguns, a declaração do Presidente da Argentina, Sr. Fernandez, de que um dos responsáveis pelo fracasso do atendimento social em seu país seria causado pela resistência dos idosos em permanecer vivos. O número de dependentes dos que trabalham está aumentando desproporcionalmente, Deixou implícito que a solução seria inverter esta sequencia. A forma de se fazer isso é que ficou na dúvida, e já que a possibilidade de se criar empregos em uma economia já falida é praticamente impossível, fica a outra opção, que mesmo sendo mais cruel, e por isso não pode ser explicitada, seja acionada. Criou-se no nosso continente uma máxima de que o estado é responsável por atender os desvalidos, os idosos e os demais que não possam se sustentar. Aproveitando-se da situação, todo aquele que fica vulnerável, não tem o menor estímulo a procurar recuperar a sua condição financeira, tendo em vista que o papai estado tudo lhe supre. Cria-se aí um círculo vicioso e, mesmo que inconscientemente as pessoas percam o ânimo. Além de atender os desvalidos, para angariar simpatia das minorias, os governos de plantão procuram atende-las. Estas minorias somadas, muitas vezes viram maioria. E o ente que nada produz e arvora-se a atender o máximo de pessoas, termina tirando de uma minoria que produz, para atender o pleito das várias maiorias que lhe dão votos suficientes para que permaneçam no poder.

Afonso Pires Faria, 21.02.2023.

sábado, 18 de fevereiro de 2023

POBRE PAÍS, POBRE POVO.

 

As pessoas estão perdendo totalmente a noção do que é lógico e o que é verdade. Não é possível que seja levado a sério um cidadão que hora diz uma coisa, hora outra diametralmente oposta. Uma leve contradição ou uma mudança de opinião é aceitável para um fato ou ideia. Isto é possível e admissível se levarmos em conta alguns fatores como, o tempo decorrido entre as manifestações, fatos importantes que podem alterar a percepção do que se poderia interpretar como verdadeiro, possível ou mesmo salutar. Também devemos levar em consideração a cultura do ente que está emitindo estas ideias. Esta pessoa poderia ser iletrada quando falou algo e, após ser esclarecida, poderá mudar o seu ponto de vista. Em um curto espaço de tempo, um sujeito com alta formação não tem o direito de alterar o seu conceito das coisas de forma tão abrupta como foi o caso de um Ministro que foi o escolhido para falar sobre o avanço das urnas eletrônicas. Estas teriam acopladas nelas, uma impressora que dariam mais transparência e segurança aos pleitos eleitorais. Sem justificar o motivo, este togado, passou a criticar o melhoramento, inclusive participando de entrevistas no exterior, usando de argumentos totalmente desconexos da realidade, dizendo que se queria o voto em cédulas de papel. Em um curto espaço de tempo, sem nenhum fato novo, pelo menos aparente, o sujeito não alterou o seu nível de intelectualidade e muda seu ponto de vista! O que poderia ter ocorrido? Este mesmo ministro, quando advogado, defendia um criminoso e seguiu alegando sua inocência mesmo depois de ter sido guindado ao alto cargo que ocupa. Também era e seguiu sendo seguidor de um “curandeiro”, o qual dizia ser um exemplo a ser seguido. Depois da prisão do falsário, não houve por parte deste ministro, nenhuma retratação. Se um agende que ocupa um alto cargo, tem uma formação acadêmica que permite ocupar um alto cargo na República age desta forma tão contraditória, como podemos criticar os eleitores do “nove dedos”? Nem todo o povo tem o governo que merece. Os governos é que fazem do povo o que eles desejam que eles sejam. Assim está sendo no nosso país. Os últimos governantes deixaram a população a mercê de uma ideologia nefasta, e esta está cumprindo seu papel. Sic transit gloria mundi.

Afonso Pires Faria, 18.02.2023.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

GENTE VIL!

Se matarem o teu filho tu: Tentarias te vingar, odiaria para o resto da vida o assassino, ficaria indiferente ao criminoso e entregaria a Deus a vida do infeliz, perdoaria o autor e procuraria ajuda-lo espiritualmente, ou te aliaria a ele para seguir cometendo outros crimes semelhantes, em outras pessoas? Infelizmente temos gente que se enquadra no último tipo. Pior. Recebe a confiança do povo, para ser seu representante em altos cargos da nossa nação. A perda de um ente querido ascendente é muito triste, mas o nosso espírito já está preparado para que isso aconteça. É da natureza humana os mais velhos partirem primeiro. O tamanho da indignação e do inconformismo é proporcional a proximidade que temos do ente que partiu. Os avós, pais, tios, irmãos e cônjuge são ascendentes ou colaterais. Sentimos sim suas perdas. Mas quando perdemos um filho, a ordem das coisas se inverte e temos, ou deveríamos ter uma sensação de injustiça e, de forma instintiva vem o desejo de vingança quando ela foi provocada por outro. Não que esta, seja obrigatória, é quase como se fosse um instinto e creio que o Criador até nos perdoa se manifestarmos este sentimento. Porém creio que o perdão incondicional, é uma demonstração de fraqueza, e a união aos criminosos, é a certeza de que este é um ser vil. Pior ainda é quando esta união se dá em nome do poder e do dinheiro.  

 Afonso Pires Faria, 07.02.2023. 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

SÓ A HISTÓRIA REVELARÁ.

 

Estou demorando a confirmar minhas impressões devido a minha formação. Mas confesso que estou um tanto quanto decepcionado com as atitudes das nossas FFAA. Tenho consciência da minha ignorância e isso me faz pensar duas vezes em declarar tacitamente o que penso ter acontecido no relacionamento entre o PR e as forças que lhe estavam, ou deveriam estar lhe apoiando. Tudo o que eu aprendi durante a minha estada no EB e depois o que li e ouvi falar do nosso braço forte e mão amiga, me faz titubear. As explicações para que não houvesse um apoio incondicional ao governo, quando havia todas as evidências, é de que o exército fez um papel de palhaço quando foi convidado a fiscalizar as urnas e demonstrou que seria necessário o acesso a forma de apuração. Esta, lhe foi negada e eles prorrogaram a entrega, depois aceitaram a negativa. Estas, não são práticas de quem tem honra. Algo muito grave deve ter ocorrido para tal atitude. Algo que transponha as fronteiras nacionais. Coisas que extrapolam o racional ou o humano. Teriam sido os fardados convencidos de que o mal é mais conveniente que o bem? Teriam sido todos eles cooptados? Se sim, por quem e sob quais argumentos? Como as coisas ainda estão meio nebulosas, seria temoroso classificar a atitude dos militares. Sempre que faço alguma avaliação de fatos e suas consequências, não são bem recebidas. Somente decorrido mais de 5 anos é que elas começam a se delinear como verdadeiras. Vou me arriscar: Os militares que aderiram ao novo governo serão guindados a cargos aparentemente importantes e levarão consigo alguns de seus seguidores. Muitos destes e daqueles serão utilizados como papel higiênico e somente se darão conta disso quando já for tarde demais. Poucos sobreviverão. Não me entra na cabeça que um sujeito com a formação de um general acredite que aqueles que os odeiam, de repente sintam por eles um certo apreço. Caíram no canto da sereia ou já de berço traziam esta índole nefasta de trair? Qualquer que seja o motivo, o arrependimento será medonho. Não poderão estes crápulas, sair na rua ou olhar para seus filhos ou sequer no espelho. Sentirão vergonha de terem feito o que é pior para uma casta que defende o que há de mais nobre.

Afonso Pires Faria, 03.02.2023.