quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

TROCA DE SABERES.


Penso que cheguei a uma idade que me permite fazer certas escolhas. Aos poucos, estou me recusando a discutir certos assuntos polêmicos com certos tipos de elementos. Os ignorantes e os que sabem muito mais que eu. Com estes eu não polemizo, escuto e aprendo com eles, com aqueles eu deixo falar as asneiras condicentes com seu grau de conhecimento. Com os iguais, eu troco ideias e ora aprendo, ora ensino, é o que podemos chamar de comensalismo. Já com o primeiro e segundo grupo existe uma forma de parasitismo que somente faz perder o hospedeiro, enquanto o parasita, pouco ou nada ganha se não seu ego inflado de ter vomitado seus pretensos saberes sem ser contestado. Já saí de debates em cujo meu oponente mais me ensinou do que eu a ele. Fiquei com uma espécie de remorso por não ter tido a oportunidade de repassar a mesma quantidade de ensinamentos para ele. Mas, quem sabe se ele também não ficou com esta impressão? Tomara que sim.

Afonso Pires Faria, 20.02.2020.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

ARREPENDIDO. Só que não.


Em se tratando de pecado temos que levar em consideração alguns fatores: o tamanho dele, o mal causado, o custo/benefício, e o que pode salvar todos os males, que é o arrependimento. Este tanto pode salvar como agravar o fato. Podemos fazer combinações e arranjos com as opções, de forma que elas se agravem ou atenuem. Se o pecado foi grave, lhe causou grande prazer, mas prejudicou muito pouco, e poucos, pode até ser perdoado se houve arrependimento verdadeiro. A pessoa que vai admitir o arrependimento também é de fundamental importância levar-se em consideração. Mas vamos ao caso da visita ao papa, do último criminoso que ele recebeu. Falo do lula. Este energúmeno causou mal a uma nação inteira, utilizou-se de métodos espúrios e que usaram a boa fé de gente ignorante, e o pior de tudo; não se arrependeu do que fez. O que fez aquele que deveria afastar-se dele para evitar que outros cometessem as mesmas atitudes? Recebeu-o e deu-lhe o perdão, sem o criminoso demonstrar nenhum sentimento de ter se arrependido de seus crimes. Por isso, recuso-me a utilizar o nome destes sujeitos em letras maiúsculas. São dignos de repugnância tanto um como ou outro. Como podemos perdoar um homem que foi escolhido para reger os rumos do cristianismo, estar a abençoar os maiores criminosos da história atual?
 Afonso Pires Faria, 17.02.2020.

sábado, 15 de fevereiro de 2020

QUANDO O COPO TRANSBORDA.


Creio que todos nós somos um suicida em potencial. Muitos já pensaram em solucionar seus problemas de forma radical. A maioria dos que morrem afogados não teriam perdido a vida se tivessem sobriedade e calma. Por mais inteligente, sóbrio e lógico que seja o sujeito o somatório de seus problemas podem leva-lo a uma atitude extremada. O copo não só transborda porque recebeu um volume excessivo de líquido de uma só vez, ele pode perder o todo do seu conteúdo por outros motivos. Se houver uma frequente alimentação por um longo período de tempo, ou se um evento externo e/ou extemporâneo ocorrer precipitando o fato. E quem pensa que somente de forma violenta e rápida se soluciona o problema via suicídio pode estar errado. Alguns morrem aos poucos perdem a liberdade, a dignidade, a honra, os bens, o respeito e de tanto perder as coisas mais nobres de um ser humano, terminam por ele próprio, aos poucos, cometer o crime contra si mesmo. De gota em gota o copo enche. Uma enxurrada também o transborda, mas se alguém, mesmo de forma involuntária o empurra, ele perderá todo o seu conteúdo interno. Quem fará isso, de que forma e com que frequência ninguém sabe. Somente nos daremos conta de todo o enredo quando não houver mais o que fazer. Em cada um de nós existe sim um suicida prestes a agir, por isso temos que nos cuidar para não sermos o agente que colocará a última gota, nem o que abrirá a torneira que encherá o copo tampouco o que, de forma proposital ou descuidada vire-o.
Afonso Pires Faria, 15.02.01.2020.


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

TEM MÉTODO.


Eu costumo utilizar uma expressão da qual desconheço o autor, mas se aplica ao que estamos vivendo no momento: “isso tem método”. É impossível que espontaneamente, em um curto espaço de tempo todos, eu disse todos, os jornalistas de uma um certo canal de comunicação se utilize de expressões pobres linguisticamente e excessivamente “inclusivas”. Esta inclusão forçada nada mais é do que seguir o que ditavam a Escola de Frankfurt, a dialética negativa de Theodor Adorno e os ensinamentos de Gramsci. Atualmente é impossível se ouvir os comunicadores, que por incrível que pareça são jornalistas, se expressarem sem a utilização deste estrupício linguístico, usando-o indiscriminadamente, de forma repetitiva, irritante, e desnecessária, falo da tal expressão “a gente”. A sua utilização é tamanha que se torna impossível em um minuto de fala o apresentador não a usar no mínimo cinco vezes, das quais quatro não teriam a sua supressão nenhum dano a inteligibilidade do conteúdo a ser comunicado. Alguém deve estar orientando estas amebas nesta missão de fazer uso dela ao limite do tolerável. Não existe mais eu, nem tu e nem ele, existe a gente. É muito mais “inclusivo” não é mesmo. Mas para mim “ISTO TEM MÉTODO”.

Afonso Pires Faria, 12.02.2020.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

DISSIMULAÇÃO E MENTIRAS.


Lula, disse em entrevista a jornalistas que é o que é por causa da imprensa. Diria o mesmo se estivesse entre agricultores sobre a agricultura, a religiosos sobre a igreja, a militares sobre as FFAA e tutti quanti. Assim agem os encantadores de asnos e bovinos. Dizem aquilo que os que estão próximos querem ouvir e assim conquistam as massas, uma a uma. Dizer a verdade, muitas vezes causa indisposição aos presentes, mas se disseres a verdade, ela o salvará. Assim agiu o atual presidente, contrapondo-se ao que hoje se impõe como “politicamente correto”. Correu um enorme risco, tratando-se em lidar com gente que, pelo intelecto estaria totalmente em dissonância a este comportamento. Miraculosamente venceu.

Se a segurança pública é um DEVER, do Estado e por este motivo impede o cidadão de agir em sua defesa, tendo em vista que o ente responsável por isso detém o monopólio do uso da força para tal, como explicar que a vítima, por não ter seus direitos a segurança atendidos por ter sofrido um estupro, não tenha o direito de acionar a justiça cobrando dos que deveriam defende-lo, por não ter atendido?
Afonso Pires Faria, 05.02.01.2020.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

CRITICAS FÁCEIS.


Relativo a tragédias urbanas semelhantes a que estão ocorrendo em Belo Horizonte, tenho a dizer que o mais urgente a fazer é punir impiedosamente os gestores públicos que autorizaram a construção de imóveis em locais inapropriados. Certamente serão poucas as punições neste quesito. A maior culpa destes desmandos, de construções ilegais, são de gente que sabe que “não da nada”, faz a edificação e fica desafiando a autoridade pública a multa-lo ou retirar do local o seu “imóvel”. Estes, a natureza trata de punir. E fica depois a imprensa, a procurar o agente público culpado pelo fato; não acharão, pois estes estão amparados pelas leis que seus comparsas políticos fizeram para salvá-los.

         Tenho minhas diferenças com aqueles que possuem solução pronta para todos os problemas do nosso país, e que não perdoam qualquer atitude governamental, ao arrepio do que ele pensa. Nomeou um secretário que era filho de uma tia da empregada de um sujeito que um dia cumprimentou um esquerdista; pronto, está feita a “cagada”. Não se pode perdoar nada que o governo faça que não seja exatamente aquilo que o eleitor esperava, pois é ele, não o staff governamental que sabe das coisas. Criticar o executivo, o legislativo e o judiciário, é a coisa mais fácil que tem, se pensarmos apenas empiricamente. Mas gostaria aqui de colocar uma dúvida, devido aos meus parcos conhecimentos jurídicos. Que esquemas nebulosos impedem a justiça de saber quem é, de fato, o individuo ou entidade(s) que impedem de se fazer uma investigação nos aparelhos do Adélio, para se concluir a investigação? Outra, é tão difícil assim saber quem foi que, de forma “equivocada”, colocou o nome do sujeito que tentou tirar a vida do presidente, como visitante na câmara dos deputados, justamente no dia em que ele estava em local diferente deste? Se não se pode concluir uma investigação, a outra é de fácil divulgação. E porque não é feita? Sei que deve haver motivos dos quais eu desconheço e que levam a estas tomadas de decisões, mas que é estranho é.
 Afonso Pires Faria, 03.02.01.2020.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

VERDEVALDISMO.


O tal de “Verdevaldo” teve acesso a conversas, digamos que cabulosas, de autoridades do governo federal, poder judiciário e legislativo. Até agora foram divulgadas somente as que envolviam uma parte do poder judiciário e justamente a de uma operação que envolvia falcatruas do governo passado. Todas foram refutadas mesmo que pudessem ter sido alteradas em seu contexto. Nada foi feito por parte dos prejudicados para que fosse impedida a sua divulgação. Mas até agora, nada foi publicado relativo a outras gravações. Os grampeados estão fazendo das tripas o coração para que o tal bandido que se diz jornalista seja blindado. Considerado quase um santo assim como foi o terrorista Batisti. Os “inocentes” ministros do stf lutam desesperadamente para que este herói das esquerdas não seja investigado. Será que tem algum problema na divulgação do resto dos grampos? Qual a razão da seletividade na divulgação de apenas poucas interceptações em detrimento das outras? Para um governo que foi eleito sendo acusado de que iria agir arbitrariamente perante os outros poderes da república, nada está se concretizando. Mas o discurso segue: machista, homofóbico, sexista, nazista, bicicletista, etc... Até quando esta gente poderá cometer crimes justificando a liberdade de imprensa? Que hierarquia tem esta tal de liberdade que permite o cometimento de ilícitos para sua garantia é uma coisa inexplicável.
Afonso Pires Faria, 03.02.01.2020.