quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

TEM MÉTODO.


Eu costumo utilizar uma expressão da qual desconheço o autor, mas se aplica ao que estamos vivendo no momento: “isso tem método”. É impossível que espontaneamente, em um curto espaço de tempo todos, eu disse todos, os jornalistas de uma um certo canal de comunicação se utilize de expressões pobres linguisticamente e excessivamente “inclusivas”. Esta inclusão forçada nada mais é do que seguir o que ditavam a Escola de Frankfurt, a dialética negativa de Theodor Adorno e os ensinamentos de Gramsci. Atualmente é impossível se ouvir os comunicadores, que por incrível que pareça são jornalistas, se expressarem sem a utilização deste estrupício linguístico, usando-o indiscriminadamente, de forma repetitiva, irritante, e desnecessária, falo da tal expressão “a gente”. A sua utilização é tamanha que se torna impossível em um minuto de fala o apresentador não a usar no mínimo cinco vezes, das quais quatro não teriam a sua supressão nenhum dano a inteligibilidade do conteúdo a ser comunicado. Alguém deve estar orientando estas amebas nesta missão de fazer uso dela ao limite do tolerável. Não existe mais eu, nem tu e nem ele, existe a gente. É muito mais “inclusivo” não é mesmo. Mas para mim “ISTO TEM MÉTODO”.

Afonso Pires Faria, 12.02.2020.

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