Eu costumo utilizar uma expressão da qual desconheço o autor, mas se
aplica ao que estamos vivendo no momento: “isso tem método”. É impossível que
espontaneamente, em um curto espaço de tempo todos, eu disse todos, os
jornalistas de uma um certo canal de comunicação se utilize de expressões
pobres linguisticamente e excessivamente “inclusivas”. Esta inclusão forçada
nada mais é do que seguir o que ditavam a Escola de Frankfurt, a dialética
negativa de Theodor Adorno e os ensinamentos de Gramsci. Atualmente é
impossível se ouvir os comunicadores, que por incrível que pareça são jornalistas,
se expressarem sem a utilização deste estrupício linguístico, usando-o
indiscriminadamente, de forma repetitiva, irritante, e desnecessária, falo da
tal expressão “a gente”. A sua utilização é tamanha que se torna
impossível em um minuto de fala o apresentador não a usar no mínimo cinco
vezes, das quais quatro não teriam a sua supressão nenhum dano a
inteligibilidade do conteúdo a ser comunicado. Alguém deve estar orientando
estas amebas nesta missão de fazer uso dela ao limite do tolerável. Não existe
mais eu, nem tu e nem ele, existe a gente. É muito mais “inclusivo” não é
mesmo. Mas para mim “ISTO TEM MÉTODO”.
Afonso Pires Faria,
12.02.2020.
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