O brasileiro agora, não pensa mais com o estômago e sim
com a cabeça. O Lula ao assumir a presidência terminou com todas as bolsas que
ele tanto criticava e investiu tanto na educação que o povo hoje, já não
acredita mais em bravatas. O nordeste, não virou mar, mas a transposição do rio
São Francisco, abasteceu de água uma grande parte desta região. O nosso país
ainda não faz parte da OPEP e nem tem uma cadeira no conselho de segurança da
ONU, mas segundo nossos governantes, já é um país auto- suficiente em petróleo,
e é muito respeitado em suas posições no cenário internacional. Os banqueiros
ainda não faliram, mas estão à beira da miséria, pois nunca tiveram tão pouco
lucro como nos últimos dez anos. A infra estrutura no nosso país está
plenamente atendida em suas demandas, tanto que o nosso governo, via bancos
estatais, já está a financiar obras em países, que também são ricos, como Cuba,
por exemplo. O nosso glorioso governo também nos tirou da dependência de
exportarmos somente produtos sem valor agregado. Agora é a nossa indústria, que
alavanca as exportações. Politicamente, estamos bem resolvidos, aquilo que
antes víamos no nosso parlamento, que era uma vergonhosa compra de adesão, hoje
não existe mais. O partido do governo aprova seus projetos sem necessidade de
cooptação de nenhum outro, e a base aliada, é fruto de pura ideologia.
O
nosso país, soube impor-se internacionalmente. Quando teve seus direitos
ameaçados, fez valer a sua influência e botou a correr aqueles que tentaram lhe
expropriar direitos, como pagamentos de energia devidos, ou bens, como
refinarias de petróleo. Se não conseguimos um acento no conselho de segurança
da ONU, pelo menos marcamos nossas posições no cenário internacional, sempre de
forma coerente, quando houve tentativas de golpes por ditadores de plantão,
estivemos sempre do lado da democracia.
A
nossa política ganhou mais seriedade. Os debates são feitos de forma muito
coerentes. Os assuntos debatidos durante as campanhas demonstram perfeitamente
a linha ideológica de cada candidato. Finalmente foi feito um enxugamento na
burocracia. Ministérios, somente os estritamente necessários. Os mal feitos,
foram coibidos de forma exemplar, não é necessário que ninguém de fora do governo
tenha que apontar qualquer desvio de conduta, para que ministros e membros do
governo sejam afastados e devidamente punidos. A imprensa, de forma infrutífera
busca escândalos no governo e em órgãos deste, mas não os encontra. Os planos
que são traçados são rigorosamente cumpridos. Quando uma empresa apresenta um
orçamento para a elaboração de uma obra, esta é feita com o valor orçado. São
feitos planos de governo, e outro só é lançado, quando totalmente cumprido o
anterior. Agora somos um país sério, nossos governantes, não são motivos de
chacotas de presidentes de outras nações.
Agora
nos não temos mais parlamentares com o nome sujo, para ser candidato, tem que
estar em dia com a sociedade. Cargo público então, para estes, nem se fala. Se
não pode nem concorrer, imagina ser secretário ou ministro de estado. Não
ouvimos mais dos nossos mandatários promessas fantasiosas com arroubos de
loucura como antigamente.
Agora
também estamos reescrevendo a história. Todos aqueles que de uma forma ou de
outra, tentaram impedir que no nosso país fosse implantado um regime justo,
solidário, moderno e sem crimes, estão tendo que responder pelos crimes
cometidos. Os heróis da pátria, que foram injustamente impedidos de trazer ao
nosso país o regime de salvação dos povos, hoje já são indenizados polpudamente
pelos cobres públicos e já tem até nome de rua. Felizmente dinheiro para as
indenizações, é o que não falta, o nosso país progrediu tanto, que hoje já não
é necessária uma carga tributária nos moldes de antigamente, que atingiam até
25% do PIB do nosso país. Mas não foi sem sacrifícios e sem desgastes externos,
que chegamos ao ápice. Nosso país teve que, corajosamente, romper com o FMI, e
não pagar a dívida externa. Tudo isto cumprindo promessas de campanha do nosso
primeiro mandatário a iniciar esta verdadeira revolução em nosso país.
Mas
nem tudo foi noticia boa no nosso país. A atual presidente, de maneira
desumana, resolveu tolher direitos dos funcionários públicos. Atitude esta que
visa beneficiar, somente os nossos filhos ou netos, não nós que votamos nela.
Também resolveu agora, de maneira insana, fazer privatizações. Ora vejam privatizar,
entregar no nosso patrimônio aos ianques. Sim, mesmo tomando medias insanas
como estas talvez o nosso país corra o risco de até crescer a níveis iguais aos
nossos vizinhos da América. Sim, mas tirando este último parágrafo, o resto,
tudo é festa e boas notícias. É só pão e circo.
Afonso
Pires Faria – Caxias do Sul 30.12.2012.