domingo, 30 de julho de 2017

INCONSISTÊNCIAS.



Vejo com alguma estranheza que algumas delações são contestadas com tanta veemência por parte de uma facção partidária e ao mesmo tempo comemorada, somente trocando-se o elemento a ser delatado. Passa o delator de mentiroso a um verdadeiro colaborador da justiça. Seria pouco inteligente um sujeito ao fazer uma delação, falar algo que não possuísse robustas provas, sabendo que isto em nada lhe ajudaria, ao contrário, poderia agravar ainda mais a sua pena. As formas e os momentos de se fazer as confissões e revelações, é que podem alterar gravemente o rumo das investigações e alterar os rumos de uma investigação. Um detalhe omitido ou informado fora do contexto, ou extemporaneamente, pode causar um prejuízo irreparável a toda a economia de um país. Vejam a divulgação da famosa frase dita por Temer “tem que manter isto”, divulgada como se fosse uma clara e manifesta afirmação de que era para compra do silencio de um possível delator, quando na verdade estava se referindo apenas a uma relação de amizade. Não que esta, “relação de amizade”, não pudesse, no futuro, vir a servir como influência para uma intimidação, mas daí a colocação como foi feita, existe uma larga distância. Foi explicado a posteriori, que a frase foi informada fora do contexto, mas daí já era tarde, o dólar já estava na estratosfera e os Batistas, já haviam vendido seu estoque. Até tu provar que não é camelo, já tomastes um tonel d’água.

Onde está a coerência? As mulheres não aceitam desigualdade no tratamento com o sexo masculino. Não se consideram inferiores a eles e não querem ser tratadas com nenhuma desvantagem. Sim, sem nenhuma desvantagem, mas as vantagens todas elas devem ser levadas em consideração. Mas até agora eu não consegui entender porque as competições, tem que ser separadas em masculina e feminina e as mulheres ainda não exigiram competir em igualdade de condições com o sexo oposto.

Estou com sérias dificuldades em entender a dificuldade de se aceitar uma delação premiada de Eduardo Cunha em vista a facilidade encontrada para o mesmo com os irmãos Batista.

Tudo o que o Estado te da ele já te tomou. Um com estardalhaços, outro as escondidas.
Afonso Pires Faria, 30.07.2017 - C

sábado, 29 de julho de 2017

POVO ILUDIDO.




Quanto mais o Estado se agranda, mais dependente dele se torna o seu povo. Quanto maior a dependência, maior a subordinação, e as possibilidades de corrupção se avolumam. Também fica o povo mais a mercê da cobrança de taxas, contribuições, impostos e demais valores que lhes são subtraídos em nome de possíveis futuros benefícios que nem sempre são destinados a si e nem sequer a população que dele, de fato, necessita. A movimentação de imensos volumes pelos escaninhos da burocracia é um convite explícito ao desvio. Sempre fui contra o Estado se imiscuir em áreas que não são de sua competência e que outro ente poderia, com melhor eficiência efetuar. Mesmo em áreas como a saúde, em que o governo deve atuar, pode ter sua atuação simplificada e barateada com simples medidas desburocratizadas. Se o atendimento hospitalar gratuito fosse exclusivo de eventos involuntários e não provocados, os prontos atendimentos teriam maior eficiência. Um acidente automobilístico em que o seu condutor foi vítima de uma fratura por não estar se utilizando do cinto de segurança, seria cobrado do paciente a contrapartida pecuniária, pois foi ele o responsável pela lesão. Mas não, o governo prefere multar o motorista que não se utiliza do equipamento, pela presunção de que se se acidentar, terá o ônus revertido ao erário público. Duvido que as multas aplicadas superem os custos gratuitos dos atendimentos hospitalares e a burocracia necessária para fiscalização. É o Leviatã cada vez mais nos colocando cabresto, e nós achando que estamos sendo protegidos por ele. 

A preguiça é a causa dos atalhos. Temos pouca paciência para esperar os resultados, por isto procuramos os atalhos, ou seja, o jeitinho, e por aí começa a corrupção no nosso país.
Afonso Pires Faria, 29.07.2017 - C