sábado, 29 de julho de 2017

POVO ILUDIDO.




Quanto mais o Estado se agranda, mais dependente dele se torna o seu povo. Quanto maior a dependência, maior a subordinação, e as possibilidades de corrupção se avolumam. Também fica o povo mais a mercê da cobrança de taxas, contribuições, impostos e demais valores que lhes são subtraídos em nome de possíveis futuros benefícios que nem sempre são destinados a si e nem sequer a população que dele, de fato, necessita. A movimentação de imensos volumes pelos escaninhos da burocracia é um convite explícito ao desvio. Sempre fui contra o Estado se imiscuir em áreas que não são de sua competência e que outro ente poderia, com melhor eficiência efetuar. Mesmo em áreas como a saúde, em que o governo deve atuar, pode ter sua atuação simplificada e barateada com simples medidas desburocratizadas. Se o atendimento hospitalar gratuito fosse exclusivo de eventos involuntários e não provocados, os prontos atendimentos teriam maior eficiência. Um acidente automobilístico em que o seu condutor foi vítima de uma fratura por não estar se utilizando do cinto de segurança, seria cobrado do paciente a contrapartida pecuniária, pois foi ele o responsável pela lesão. Mas não, o governo prefere multar o motorista que não se utiliza do equipamento, pela presunção de que se se acidentar, terá o ônus revertido ao erário público. Duvido que as multas aplicadas superem os custos gratuitos dos atendimentos hospitalares e a burocracia necessária para fiscalização. É o Leviatã cada vez mais nos colocando cabresto, e nós achando que estamos sendo protegidos por ele. 

A preguiça é a causa dos atalhos. Temos pouca paciência para esperar os resultados, por isto procuramos os atalhos, ou seja, o jeitinho, e por aí começa a corrupção no nosso país.
Afonso Pires Faria, 29.07.2017 - C

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