Assim que foi noticiado que as eleições para prefeitos e vereadores em
2016 não seriam por urna eletrônica, postei logo no face de que isto era
“fake”. Senti que aquilo não era nada mais do que o “bode na sala” solto pelo
judiciário para não ter contingenciada a verba para o seu poder. Me arrisco
agora a prever também, com um pouco mais de antecedência que a presidente Dilma
não sofrera impeachment. Pelo menos pela via que a maioria está esperando, pelo
pedido de Hélio Bicudo. Considero impossível a atual governante não conseguir
míseros 171 deputados para salvá-la. Mesmo com o número cabalístico e com os
índices de impopularidade de 70%, o fisiologismo e uma caneta com bastante
tinta na mão da governante à salvará do afastamento. O mesmo porém não se pode
dizer de sua salvação por parte do STE ao examinar as suas contas eleitorais.
Mesmo a trupe do PT repetir incessantemente de que as contas foram todas
contabilizadas regularmente, existe muita coisa mal explicada e o número de
escândalos revelados pela Lava Jato, está dando muita munição para que se
descubra o porquê que as contas da atual chapa vencedora foram aprovadas, mas
com ressalva.
Questionado em entrevista a rádio Guaíba por Juremir M. da Silva sobre o
texto que havia escrito pedindo novas eleições após a posse de FHC, o Sr. Tarso
Genro alegou que foi apenas uma figura de linguagem e que jamais pediu o
impeachment do presidente. O assunto, inexplicavelmente morreu ali, não houve
por parte do entrevistador nenhum ânimo em contra argumentar de que o seu
partido, o PT, havia feito o referido pedido. Qual teria sido o motivo que
levou o indagador a não levar em frente o assunto eu não sei, mas quero
acreditar que tenha sido um lapso de momento, pois, falta de informação
certamente não foi devido a imensa cultura que ele tem e quero crer que
alinhamento político também não tenha sido. Pelo menos me esforço para pensar
assim.
Que
seja atribuída a cada um a culpa que lhe é devida e que os méritos também sejam
distribuídos para aqueles que merecem e não àqueles que se arvoram merecer. O
governo, na ânsia de diminuir as despesas e evitar a quebra total da nossa
previdência, vem negando direitos para trabalhadores que os merecem. É o caso
da desaposentadoria, em que o trabalhador após aposentar-se segue não só
trabalhando, como contribuindo para a previdência compulsoriamente. Quando para
de trabalhar novamente tem a sua contribuição desconsiderada. Para diminuir os
pagamentos, o que o governo deveria fazer era cortar benefícios daqueles que
recebem da previdência incrementos nos valores à ele pagos sem ter contribuído
na mesma proporção. É o caso de filhos de agricultores que tem o tempo de
contribuição aumentado em até seis anos, sem ter para isto contribuído. Ou
seja, se nega a quem contribuiu para poder abonar aquele que não contribuiu na
mesma proporção.
Não se faz uma omelete sem quebrar os ovos. O nosso país está passando
por uma assepsia em matéria de moralidade. Crimes que eram cometidos
impunemente, sem o menor constrangimento e sem o menor pudor e com a certeza da
impunidade, hoje são alvo de operações dos órgãos responsáveis que estão
fazendo com que contraventores sejam levados a julgamento e até presos. O ônus disto
tudo é que, devido a importância das pessoas e empresas envolvidas, o nosso país
praticamente parou. Se estas medidas tivessem sido tomadas no nascedouro dos
crimes, muitos deles teriam sido evitados e o trauma não seria tão
significativo. Os desvios de dinheiro em estatais, por pessoas físicas e
jurídicas entrou em uma espiral ascendente em matéria de valores que chegou ao
ponto de praticamente quebrar uma estatal petrolífera. Deixando o maniqueísmo de
lado, temos que ter o bom senso de não atribuirmos toda a culpa ao atual
governo e nem de atribuirmos somente a ele as virtudes de estarmos fazendo os
referidos ajustes morais no nosso Brasil. Assim também penso não podermos
atribuir todos os desvios de conduta a membros do governo e nem a totalidade do
incremento nos referidos mal feitos. Não precisaríamos estar vivendo tudo isto,
bastava aos governos anteriores ter facilitado a ação dos investigadores e ao
atual, não ter agido de forma populista para ganhar as eleições, e estaríamos em
uma situação bem mais cômoda durante este período de ajustes. Não seria nenhuma
marolinha, mas também não seria uma tempestade perfeita.
O "mote" da propaganda é criar uma necessidade e expô-lá da forma mais exuberante possível, a ponto de torna-lá muito importante. Depois de convencidos de seu "surreal" motivo, o "gado" o comprará, mesmo sabendo o quanto é amargo o chá de cancorosa. Tem algo de importante nisso. O que não pode, mesmo sendo o promotor do produto, é dizer, depois que foi mal compreendido.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, fico contente em receber subsídios para futuras postagens.
ExcluirConcordo com os comentários Afonsinho, chamo a atenção, quanto ao primeiro parágrafo, em encarnado, que a opinião publica no Brasil, por desconhecimento ou má-fé, quer o impeachment da Presidenta em razão (política) do seu (1) péssimo governo e em razão (moral) da (2) enfiada de escândalos. Nem uma, nem a outra das razões são jurídicas. Creio que, como dissestes, o TSE e, agrego, o TCU, terão papeis relevantes no futuro político imediato do país. Desses dois lugares podem sair razões jurídicas robustas para um processo (com fundamento jurídico-constitucional) de impeachment. Quanto ao mais, Tarso propôs um golpe em FHC, sabendo-se sem argumentos sérios para tanto, quis jogar o jogo político (asqueroso) da crítica fácil e sem responsabilidade - quis desestabilizar o governo da época e se apresentar como um legítimo player no tabuleiro. Deu no que deu... Infelizmente, ao meu ver pessoal - e isso é opinião política minha - vivemos nessa desgraça de regime político que é o presidencialismo. Fosse o Brasil parlamentarismo e um governo destes que é um cadáver insepulto já teria recebido as honras fúnebres que merece.
ResponderExcluirObrigado Pongo, pelo comentário. Concordamos com muitos pontos de vista. Sinto-me prestigiado com os teus comentários.
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