Existia um pais qualquer, no
sul, do sul do mundo, que era governado de forma intolerante. Um pobre rapaz,
foi pego pichando a fachada de uma igreja, e lhe foi imposta uma punição tão
severa e cruel, que ele, coitado, nunca mais conseguiu chegar perto de uma lata
de tinta, pois isto lhe provocava uma profunda angustia, tal foi a punição que
recebeu pelo ato cometido no passado.Também nunca teve, o pobre rapaz, nenhuma
recompensa em seu país, por ter sido vítima, de preconceito, quando mais novo,
por ser baixinho e gordo.
Em um país vizinho, já a coisa era bem mais tolerante. O
indivíduo de delinquiu, foi devidamente tratado em clinica psiquiátrica, pois
se tratava de uma vítima da sociedade, pois havia sido discriminado quando novo
por ser gordo e baixinho. Foi indenizado
por isto, o que lhe possibilitou viver tranquilamente o resto da sua vida.
Os dois casos, são fictícios, caricatos e se tratam de
uma mesma pessoa, somente em locais diferentes. A grande maioria, certamente,
escolheria viver no segundo país. Mas isto só é uma escolha correta, se a
pessoa que opta pela escolha, for o marginal, e não o restante da sociedade que
terá que arcar com os custos do ato do elemento pernicioso a ela.
Foi a sociedade, que teve que arcar com os custos de
todos os danos por ele causado , como também os tratamentos dos quais ele se
beneficiou, como também as indenizações, por ele recebida, pelo simples fato de
ser um marginal, baixinho e gordo.
Em uma sociedade assim, privilegia-se o mal feito, e
pune-se aquele que está dentro das normas, não tardará a falir. Todo o excesso
de tolerância cobra seu preço.
Afonso Pires Faria.
Caxias do Sul, 25.10.2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário