quarta-feira, 1 de junho de 2016

TEXTOS REPRESADOS



          O presidente da câmara Eduardo Cunha não deve receber sequer uma advertência pelo crime que lhe está sendo atribuído pelo conselho de ética. Ele deve ser simplesmente absolvido. Ele não mentiu na CPI. Se quiserem cassar seu mandato que escolham outro crime, de tantos que ele cometeu, não este. Por este, se ele for condenado, sairá como vítima. 

           Constatou-se o pagamento irregular para 1,4 milhões de beneficiados no bolsa família. Mas que se tenha presente que nem todos são culpa do governo, muitos são os aproveitadores que também enganam o governo. 

            Maldita privatização. Acabou o romantismo da espera por uma linha telefônica e com status do funcionário estatal altamente remunerado, tinha de dar um “jeitinho” de passar na frente o seu amigo. Eram só vinte mil apaniguados do estado a fazer estas benesses. Aí venderam o patrimônio público para a iniciativa privada que empregou quatrocentos mil funcionários para fazer com que qualquer “pé de chinelo” possuísse uma linha telefônica. É claro que o progresso tecnológico contribuiu para a facilidade nas suas aquisições, mas o número de empregos são virtudes exclusivas da privatização. A Embraer, que quando pública provocava sucessivos prejuízos a nação, depois de privatizada, além de incrementar o número de empregados, passou a dar um lucro ao governo com pagamento de impostos, superior aos prejuízos doravante causados ao erário público, ou seja, a nós. A Vale, que tanto teve sua privatização contestada, multiplicou por 15 o número de funcionários e deixou de dar, ora lucro ora prejuízo para somente pagar impostos. Ainda bem que ficou a Petrobras. Ah esta guardiã do que há de mais retrógrado nos nossos tempos, mas tão idolatrado pelos que dela precisam, os políticos demagogos, que com sua lábia iludem os incautos dizendo que ficando nas mãos deles pode ser considerada “patrimônio nacional”. Pobre povo ignorante e facilmente enganado pelos vendedores de ilusões. E o governo fica a gastar seu tempo para decidir quem será o presidente, diretor, gerente ou secretário desta ou daquela jurássica estrutura nas mãos do Estado, descuidando-se do que, de fato, lhe seria uma atribuição como saúde, educação e segurança.

          Em uma palestra proferida pelo navegador Amyr Klink, fico sabendo que o fotógrafo Sebastião Salgado, tão conhecido pela sua arte fotográfica, herdou de sua família uma imensa área de terras totalmente improdutiva e a transformará, talvez no próximo século, em uma área rentável por ter investido em reflorestamento. As pessoas nem sempre são reconhecidas pelo que de fato são. Grandes artistas como Chico Buarque deixarão para nós um grande legado artístico. Se destacou tanto na música como escritor, embora eu não o admire tanto na arde literária. Mas deste, aproveitou-se somente a arte, pois nada mais de útil fez para seu povo a não ser incitá-lo contra o governo, e sempre de longe, muito de longe.

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