quarta-feira, 8 de junho de 2016

SELETIVIDADE



               A menina de 13 anos que se prostituía na rua foi indagada de por que fazia isto, e ela respondeu que trabalhava em uma fábrica mas que os fiscais do trabalho descobriram e a tiraram do serviço por ela ser menor.

               Sou contra o encurtamento do período de defesa da Dilma no impeachment. Vai dar margem para alegarem cerceamento de defesa. Se eu fosse a defesa, abriria mão de falar e deixaria o JEC e “jardim de infância” falando sempre a mesma coisa: É golpe, golpistas, ela é uma mulher digna. Isto só vai irritar os senadores na hora de votar.

               Às vezes, por vias tortas, dou razão aos petistas. Não em sua totalidade e nem no mesmo modo de ver as coisas. No que concordo é que, de fato, existe uma seletividade por parte do Procurador Geral da República na escolha de à quem ele vai investigar. No que discordo é que a seleção seja por partido. Ela é feita pela índole do cidadão. Invariavelmente são todos bandidos.

               Em política, não existe mão a ser beijada que não tenha antes sido corrompida.

               Todos nós reconhecemos um louco quando o vemos, mas não quando o somos. Assim está sendo o mi mi mi dos que defendem o governo Temer, dizendo ser seletiva as prisões de membros do PMDB. Ora, este também era o argumento dos petistas, e eram criticados pelos mesmos que hoje utilizam o mesmo argumento. A seletividade existe e é outra. Muito embora a força usada agora diante de uma suspeita não foi a mesma usada quanto a uma evidência.

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