segunda-feira, 27 de junho de 2016

O CLAMOR POPULAR do populacho.



               O clamor popular fez com que se crucificasse Jesus Cristo e não um bandido. Sob o manto do “Vox Populi Vox Dei”, se cometem muitas atrocidades para dar ao populacho o sangue de inocentes. Devagar e sempre, estamos conduzindo a humanidade para um retrocesso, mas sempre para pretensamente agradar e se fazer justiça. Criam-se leis para proteger os mais fracos, que na verdade nada mais servem do que para lhe tolher ainda mais a liberdade. Seguindo neste compasso, em breve estaremos retrocedendo ao estado de natureza pois leis são criadas e respeitadas ou não, de acordo com a conveniência da hora. Pela mão do politicamente correto, atendendo ao clamor popular, estamos indo a passos firmes rumo ao igualitarismo. As leis que protegem o direito do cidadão, quando não serve para atender a uma parte da sociedade, é vergonhosamente desrespeitada e aplaudida por isto. Maquia-se as palavras para tornarem-na palatável ou para denegrirem-na, de acordo com a conveniência. Sem entrar no mérito se é justo ou não, a verdade é que a nossa Constituição Federal delimita a competência de cada autoridade para sua atuação. Assim sendo, eu não posso ser preso em minha residência por um policial se este não tiver, em mãos, a autorização de um juiz. Se assim não proceder o policial, terá a sua ação anulada e eu colocado em liberdade, independentemente de eu ter ou não agido criminosamente. É o Senado da República e não um delegado de polícia que julga o impeachment do Presidente da República e é o STF e não um juiz que autoriza a busca e apreensão em um local que é de propriedade de um Senador da República, mesmo que este esteja abrigando um bandido comum, o domicílio é do Senador e não do bandido comum. A distinção que tem um representante do povo ou do Estado para ser investigado tem os seus motivos. Se quiserem extingui-los, existem caminhos legais para isto. A alegação de que a lei não é boa não justifica o seu descumprimento. Para justificar a invasão ilegal do apartamento funcional de uma senadora para busca de pertences de seu marido, alegou-se que ele não tinha foro privilegiado. Não trata-se de privilegiado e sim de adequado e legal. Se se permite agir inadequadamente com um Senador da República e se é aplaudido por isto, imaginem o que, em breve, poderá ser feito com um cidadão comum, que pode ser tu ou um familiar teu. Se as leis forem executadas de acordo com os ditames do politicamente correto e do clamor popular, em breve estaremos retornando a barbárie e a justiça com as próprias mãos. Se é o que desejam, sigam em frente e não se queixem depois.

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