O que se chama de democracia no nosso país,
pode ser considerado como caridade de um estuprador, depois do ato, amputar o
braço e uma perna da vítima alegando que foi complacente para com ela, por não
a tê-la matado. São muito poucos os representantes do povo, se é que se pode
chamar assim aqueles parasitas, que estão a representar verdadeiramente o povo.
Defendem sim uma casta ou no máximo uma classe de pessoas, que representa uma
minoria privilegiada da população. Para se implantar uma reforma na previdência
social, que não deveria nem existir, e se sim, não nos moldes que temos, os
nossos (in)dignos parlamentares, somente o fazem mediante muita propina.
Acostumados que estavam com o governo anterior que, aos poucos foi se
corrompendo e somente perdeu o poder quando não foi mais possível comprar todos
os que se vendiam. Os atuais já estão a mostrar a que vieram. Mesmo sendo
estritamente necessária a reforma só passou em primeiro turno, depois de muito
desidratada para atender algumas castas. Vejam só as artimanhas: se for mulher
é uma regra, policial, federal, rodoviário, militar ou civil é outra;
trabalhador urbano, rural; funcionário público, estadual, federal ou municipal;
atividades insalubres ou com periculosidade, etc. Faltando ainda votar em
segundo turno na câmara, onde sofrerão alguns ajustes, terá também que, em duas
votações, passar pelo senado, onde certamente haverá uma outra série de
alterações, sempre para ajudar o mais pobre, claro. Mas não se contentem com
este grande número de alterações. O pior está por vir quando se for fazer a
combinação destas classes, que poderão ter algumas inclusões como distinção
para cor da pele, orientação sexual e outras. Para se aplicar as regras na hora
da aposentadoria, teremos que considerar que o beneficiado é: negro, gay,
funcionário público rural, tinha eventualmente atividades de alta
periculosidade e também insalubre. Para cada uma destas características que os
seus representantes reivindicaram, existe um percentual de desoneração no tempo
de contribuição. Para cada deles também haverá uma longa discussão do grau de
incidência no tempo assim como a sua efetiva atuação no setor. Os horrores
proporcionados pelos que se dizem representantes do povo culminou quando uma
deputada, para defender a classe trabalhadora menos favorecida e explorada pelo
capitalismo selvagem, chegou a invocar a luta de classes que, para ela é a que
move o motor da história. Desliguei o aparelho que me informava dos fatos. Em
que século vive esta pobre criatura: XIX, XX ou até mesmo XVIII. E a infeliz
ainda era gaúcha. Desnecessário dizer o partido.
Todo cidadão consciente, deve, ou deveria
saber o risco que corre o nosso país em caso de uma desaprovação de reformas
drásticas no sistema econômico, político, previdenciário e jurídico do nosso
país. Fazer discurso demagógico de que prejudicará mais a classe de menor renda
não passa de um silogismo. Mostrar percentuais de pessoas atingidas
negativamente não passa de mau-caratismo. Todos terão que perder um pouco hoje,
para não virar desvalido amanhã. Se não o próprio, deixarão uma herança maldita
para os filhos e netos. Irresponsáveis é que são. Para atingir o que significa
a perda de um deputado, serão necessários mais de 100 trabalhadores com salário
mínimo. Não haverá vencedores com a reforma da previdência se não o futuro.
Quando começarem a aparecer os resultados negativos das medidas não faltarão as
aves de mau agouro dizendo “eu não disse”! São os engenheiros de obra pronta. O
que eles não levam em consideração é que, se não houvesse a reforma não haveria
mais nem a aposentadoria, que hoje eles reclamam ser pouca.
Não sejamos injustos. Tanto Lula quanto
Dilma, também tentaram fazer a reforma da previdência. E aqui vai o elogio a
esta. Ela não só fez uma, como propôs fazer um remendo, que, se aprovado, seria
um alento. Pelo menos por um bom tempo, o tal 85/95. Quanto ao esforço que fez
para o seu sucesso, desconheço. Mas sei que o maior de todos e mais
significativo foi o do fim da aposentadoria integral para os funcionários
públicos. Uma atitude de estadista da Sra. Dilma.
Afonso
Pires Faria, 01.07.2019.
Sem reparos.
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