sexta-feira, 12 de julho de 2019

SHOW DE HORRORES!


O que se chama de democracia no nosso país, pode ser considerado como caridade de um estuprador, depois do ato, amputar o braço e uma perna da vítima alegando que foi complacente para com ela, por não a tê-la matado. São muito poucos os representantes do povo, se é que se pode chamar assim aqueles parasitas, que estão a representar verdadeiramente o povo. Defendem sim uma casta ou no máximo uma classe de pessoas, que representa uma minoria privilegiada da população. Para se implantar uma reforma na previdência social, que não deveria nem existir, e se sim, não nos moldes que temos, os nossos (in)dignos parlamentares, somente o fazem mediante muita propina. Acostumados que estavam com o governo anterior que, aos poucos foi se corrompendo e somente perdeu o poder quando não foi mais possível comprar todos os que se vendiam. Os atuais já estão a mostrar a que vieram. Mesmo sendo estritamente necessária a reforma só passou em primeiro turno, depois de muito desidratada para atender algumas castas. Vejam só as artimanhas: se for mulher é uma regra, policial, federal, rodoviário, militar ou civil é outra; trabalhador urbano, rural; funcionário público, estadual, federal ou municipal; atividades insalubres ou com periculosidade, etc. Faltando ainda votar em segundo turno na câmara, onde sofrerão alguns ajustes, terá também que, em duas votações, passar pelo senado, onde certamente haverá uma outra série de alterações, sempre para ajudar o mais pobre, claro. Mas não se contentem com este grande número de alterações. O pior está por vir quando se for fazer a combinação destas classes, que poderão ter algumas inclusões como distinção para cor da pele, orientação sexual e outras. Para se aplicar as regras na hora da aposentadoria, teremos que considerar que o beneficiado é: negro, gay, funcionário público rural, tinha eventualmente atividades de alta periculosidade e também insalubre. Para cada uma destas características que os seus representantes reivindicaram, existe um percentual de desoneração no tempo de contribuição. Para cada deles também haverá uma longa discussão do grau de incidência no tempo assim como a sua efetiva atuação no setor. Os horrores proporcionados pelos que se dizem representantes do povo culminou quando uma deputada, para defender a classe trabalhadora menos favorecida e explorada pelo capitalismo selvagem, chegou a invocar a luta de classes que, para ela é a que move o motor da história. Desliguei o aparelho que me informava dos fatos. Em que século vive esta pobre criatura: XIX, XX ou até mesmo XVIII. E a infeliz ainda era gaúcha. Desnecessário dizer o partido.   

Todo cidadão consciente, deve, ou deveria saber o risco que corre o nosso país em caso de uma desaprovação de reformas drásticas no sistema econômico, político, previdenciário e jurídico do nosso país. Fazer discurso demagógico de que prejudicará mais a classe de menor renda não passa de um silogismo. Mostrar percentuais de pessoas atingidas negativamente não passa de mau-caratismo. Todos terão que perder um pouco hoje, para não virar desvalido amanhã. Se não o próprio, deixarão uma herança maldita para os filhos e netos. Irresponsáveis é que são. Para atingir o que significa a perda de um deputado, serão necessários mais de 100 trabalhadores com salário mínimo. Não haverá vencedores com a reforma da previdência se não o futuro. Quando começarem a aparecer os resultados negativos das medidas não faltarão as aves de mau agouro dizendo “eu não disse”! São os engenheiros de obra pronta. O que eles não levam em consideração é que, se não houvesse a reforma não haveria mais nem a aposentadoria, que hoje eles reclamam ser pouca.

Não sejamos injustos. Tanto Lula quanto Dilma, também tentaram fazer a reforma da previdência. E aqui vai o elogio a esta. Ela não só fez uma, como propôs fazer um remendo, que, se aprovado, seria um alento. Pelo menos por um bom tempo, o tal 85/95. Quanto ao esforço que fez para o seu sucesso, desconheço. Mas sei que o maior de todos e mais significativo foi o do fim da aposentadoria integral para os funcionários públicos. Uma atitude de estadista da Sra. Dilma.
Afonso Pires Faria, 01.07.2019.

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