terça-feira, 9 de julho de 2019

IGUALDADE, DISTRIBUIÇÃO E HIPOCRISIA.


Nesta ânsia do ser humano em igualar-se uns aos outros, são cometidas muitas injustiças. Também são tomadas atitudes um tanto desconexas do que seria o lógico. Um exemplo muito significativo é o da mulher querer ter os mesmos direitos que os homens, mas sem abrir mão de nenhum privilégio que detém justamente pelo fato de ser do sexo frágil. O mais lógico seria dar-lhe mais benefícios na mesma proporção de que abra mão de certos direitos. A mulher quer aposentadoria com menos tempo de contribuição alegando exercer dupla jornada de trabalho, mas não admite que seja somente ela a detentora dos deveres do lar. De tanto insistirem neste tema, já existem homens que ficam em casa exercendo os labores domésticos, alguns em maior tempo do que as mulheres. Não seria justo a previdência tratar os casos sem discriminação de sexo? Receberia aposentadoria com menor tempo de contribuição o cônjuge que exercesse estas tarefas do lar, independentemente de ser homem ou mulher. O correto mesmo, a meu ver, seria a igualdade pura e simples no caso de aposentadoria, mas, se é para haver alguma compensação, que seja pelo ato em si e não pelo fato de ser mulher apenas.

A conta gotas, os crimes praticados pelo governo abjeto, daqueles que se diziam defensores dos mais pobres, vem sendo desvendados. Exemplos são inúmeros, e cada vez que são revelados, diminui o número de defensores do “pt”. Como o antigo gerente não abriu a caixa preta do BNDS, foi substituído e os segredos aos poucos revelados. Para emprestar dinheiro para os “cumpanhero”, o lula (assim em letras minúsculas e em fonte menor do que o resto do texto) mandou alterar o risco 7 de países engajados, para risco 1. Adivinhem. Não estão pagando e não pagarão. Mas o povo ajudará a pagar. O pt tirou dinheiro de quem trabalha para emprestar a custo abaixo do praticado pelo mercado, e o quadruplo do que paga o contribuinte, para distribuir para grandes empresários. Chama de distribuição de renda. Tem razão. Tira do pobre e dá para o rico, mas repete a exaustão, exatamente o contrário.

Quando se fazia humor de qualidade no Brasil, tinha um quadro em que se fazia uma certa “pegadinha” com pessoas conhecidas do meio artístico, político, atletas, etc. Tratava-se de fazer aos entrevistados, perguntas cujas respostas depois eram divulgadas em cima de outra pergunta. Exemplo: - Se um leão te atacasse e tu tivesse armado o que tu farias? Ele responde: - atirava nele. Quando da divulgação do programa, a pergunta era trocada, e a resposta continuava a mesma. A pergunta substituída era: - se tu encontrasses um gay na rua, o que tu farias? Desnecessário dizer que, naquela época, era motivo de graça e o entrevistado aceitava “de boa” a brincadeira. Os que levavam a sério, passavam por ignorantes e despreparados para brincadeiras. Eram eles o motivo de chacota. Mas a coisa foi mudando e com o incremento dos direitos das minorias, o fato passou a ser ofensivo. Em um programa com o agora presidente, um entrevistador fez esta armadilha, mas de forma ardilosa, sem dizer que na edição estava sendo feito o mesmo artifício que se fazia como humor, só que agora, como assunto sério. Para quem pensa que ficou sem graça, não sabe de nada; a coisa está piorando, porque um jornalista estrangeiro, “casado” com um deputado, utilizando-se da imunidade, tanto de jornalista como de ser casado com um homem que tem imunidade parlamentar, abusou do direito de jogar com as perguntas e respostas. Com fins escusos, para os outros, para mim não, está a divulgar diálogos entre um juiz e um promotor, sem se ter certeza da ordem nem cronológica nem pessoal das interceptações. Com o esforço de transformar merda em mel, os criminosos conseguirem ver em uma defesa de Moro aos acusados, como uma acusação. Basta não seguir os fatos de acordo com a sua lógica, que se chega a qualquer conclusão. Jorge Orwell, tanto em “1984, quanto na “Revolução dos Bichos”, não poderia ser tão feliz em antecipar os fatos.
Afonso Pires Faria, 09.07.2019.

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