quinta-feira, 11 de julho de 2019

RATICIDA PARA A MONTANHA.


Lula, quando sindicalista foi preso pelo então delegado Romeu Tuma. Seus detratores o acusavam de ser um “X9”, para quem não sabe o que é, se trata de um companheiro que entrega seus comparsas em troca de algum benefício. Naquele tempo inexistia a delação premiada e as coisas eram feitas meio que às escondidas. Como não havia nada oficial, ficavam sempre a dúvida. Fotos do sindicalista sendo conduzido para prisão, fumando no banco da frente da viatura, não provavam a deferência com que ele era tratado. Mas o filho do delegado não deixou por menos e escreveu um livro em que conta todas as falcatruas de que o ex-presidente era acusado, e mais algumas. Como tratava-se de uma calúnia e difamação de uma pessoa importante no cenário político da época da publicação do livro, aguardou-se que houvesse uma chuva de advogados para exigir que o mentiroso provasse as suas acusações. Pois não é que não surgiu nenhuma alma caridosa para proteger o então presidente da república! Muito estranho. Talvez seja porque o autor do livro tivesse deixado bem claro que, se provocado, apresentaria as provas de tudo o que disse. Silêncio sepulcral. Nada. Até hoje o Tuma Júnior está livre, leve e solto, sem nenhum processo a responder sobre o caso. Conto o fato passado para lembrar que o tal “pavão misterioso”, também anda agora publicando algumas inverdades sobre venda de mandato. Os injustiçados prometeram tomar medidas severas. Mas decidiram não fazer nada, ou quase nada. Se entrassem em uma delegacia da PF, talvez não saíssem mais de lá. Um atual deputado, que se apresenta como defensor da turma foi chamado de “rato” por um deles, mas existem controvérsias, parece este mesmo elemento já foi chamado de algo muito maior, mas inanimado, em uma lista de recebedores de propina. Seria rato ou montanha? Ou teria a montanha parido um rato!
Afonso Pires Faria, 01.07.2019.

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