Lula, quando sindicalista foi preso pelo então delegado Romeu Tuma. Seus
detratores o acusavam de ser um “X9”, para quem não sabe o que é, se trata de
um companheiro que entrega seus comparsas em troca de algum benefício. Naquele
tempo inexistia a delação premiada e as coisas eram feitas meio que às
escondidas. Como não havia nada oficial, ficavam sempre a dúvida. Fotos do
sindicalista sendo conduzido para prisão, fumando no banco da frente da
viatura, não provavam a deferência com que ele era tratado. Mas o filho do
delegado não deixou por menos e escreveu um livro em que conta todas as
falcatruas de que o ex-presidente era acusado, e mais algumas. Como tratava-se
de uma calúnia e difamação de uma pessoa importante no cenário político da
época da publicação do livro, aguardou-se que houvesse uma chuva de advogados
para exigir que o mentiroso provasse as suas acusações. Pois não é que não
surgiu nenhuma alma caridosa para proteger o então presidente da república!
Muito estranho. Talvez seja porque o autor do livro tivesse deixado bem claro
que, se provocado, apresentaria as provas de tudo o que disse. Silêncio
sepulcral. Nada. Até hoje o Tuma Júnior está livre, leve e solto, sem nenhum
processo a responder sobre o caso. Conto o fato passado para lembrar que o tal
“pavão misterioso”, também anda agora publicando algumas inverdades sobre venda
de mandato. Os injustiçados prometeram tomar medidas severas. Mas decidiram não
fazer nada, ou quase nada. Se entrassem em uma delegacia da PF, talvez não
saíssem mais de lá. Um atual deputado, que se apresenta como defensor da turma
foi chamado de “rato” por um deles, mas existem controvérsias, parece este
mesmo elemento já foi chamado de algo muito maior, mas inanimado, em uma lista
de recebedores de propina. Seria rato ou montanha? Ou teria a montanha parido
um rato!
Afonso
Pires Faria, 01.07.2019.
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