Sei que temos que
respeitar normas tanto sociais como estatais para que possamos conviver em
harmonia em uma sociedade. Os limites devem ser respeitados para que o direito
de um não invada o do outro, e para isto temos que cumprir algumas normas.
Quando do não cumprimento de leis e normas, deve haver uma sanção proporcional
ao crime e de modo que sirva como exemplo tanto para o infrator como para o
restante da sociedade, para que doravante não seja repetida. A
proporcionalidade e eficiência desta pena deve ser atendida concomitantemente
sob pena de, ou se ser injusta ou se perder a sua eficácia. O ser humano tem
algumas necessidades a serem atendidas e existem hierarquia entre elas. Temos
necessidades fisiológicas, segurança, sociais, estima e auto realização segundo
a pirâmide de Maslow. Para obtermos sucesso na vida temos que contar, ou com
muita sorte, muito trabalho ou ser desonestos. Quando infringimos uma lei,
existe o Estado para normatizar as penas. Nos primórdios da humanidade as penas
tinham uma intensidade maior do que a do crime em si, tanto que a lei de Talião,
que dizia que deveríamos cumprir a proporção de “olho por olho, dente por dente”,
era para amenizar a forma com que as pessoas se vingavam de um mal, feito a
eles ou a um parente. Uma desonra poderia ser punida com a perda da vida do
infrator. O não abrandamento das penas a serem impostas aos infratores está
fazendo com que muitos deles fiquem impunes. A punição, não deve ser uma
vingança e sim uma forma de se evitar futura repetição por parte de quem a
comete. Defendo a proporcionalidade e a eficácia na aplicação de uma pena. Se
um cidadão dá um desfalque em uma empresa pública, é preso e sua família fica
desfrutando das benesses do seu furto, e mesmo ele, depois de cumprida a pena
se locupleta destes bens, é um estímulo tanto a ele como a outros, cometerem
desvios, e a sociedade pagaria duplamente com isto. Ficaria privada dos bens e
arcaria com o ônus de ter que pagar o custo do elemento na prisão. O ideal é
que a pena fosse de ele trabalhar para se recuperar todos os bens desviados, com
algum ágio a sociedade. A pena de morte não seria descartada para qualquer
elemento que fosse reincidente e comprovadamente incorrigível. A privação da
liberdade deveria ser somente para aqueles que, em liberdade, colocasse em
risco o restante da população, não como forma de vendeta única e
exclusivamente. Toda a pena deve ter a sua finalidade. O ambiente prisional
para muitos é uma escola para o incremento do crime e para outros o argumento
para os ignorantes, de que ele foi vítima de uma injustiça e poderá ser
considerado como um mártir de uma sociedade injusta. De que adianta prender um
cidadão que não possui nenhuma periculosidade e pode ser controlado de outra
forma para não cometer os crimes que lhe levou a ser punido? Cito como exemplo
Lula. Imaginem este cidadão sendo desmascarado, tendo como pena a privação de
todo seu patrimônio e do que ele desviou para seus comparas e parentes, também
sendo impedido de exercer qualquer cargo remunerado e tendo que trabalhar para
se sustentar para o resto de toda a sua vida. Virará esta criatura um reles
coitado humilhado perante seus iguais. Não seria para ele pior do que passar
alguns meses encarcerado às custas da sociedade que nada ganhará com isto, nem
o que ele amealhou para si e para os seus? Quantos destes saíram do cárcere
como heróis e voltaram a delinquir? Do que adiantou a pena mal aplicada? Que o
impeçam, para o resto da vida, de governar e de obter qualquer vantagem que ele
ficara muito mais bem punido, servirá melhor como exemplo para que outros não
façam o mesmo e a sociedade recuperará os bens indevidamente auferidos por este
delinquente. Mas pelo que estou sentindo, a sociedade quer mesmo é a vingança
e, em breve, vê-lo sair como herói do povo brasileiro. Exemplos no mundo não
faltam.
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