segunda-feira, 17 de abril de 2017

GOVERNOS E MANIQUEÍSMOS.



               O jornal “Pioneiro” de Caxias do Sul em seu caderno “Almanaque” do dia 15-16 de abril, publicou uma reportagem de autoria da jornalista doutora em letras Juliana Rossa, que mostra a cultura dos senegaleses. Para melhor vislumbrar o que levou este povo a migrar para diversos países. Para isto, passou um período no país africano. Em uma parte da reportagem, ela descreve o que lá viu, e relata que “não existe situação de pobreza extrema.........O que se percebe é a falta de estrutura, por exemplo, de serviços públicos”. A conclusão que eu tiro desta colocação é que a quase total ausência do Estado na vida das pessoas, não causa nenhuma situação de pobreza, muito pelo contrário, estimula o que ela informou, do estímulo “de um auxilio mútuo entre parentes, amigos e vizinhos”. Comparem a situação de outros países em que o Estado, de forma paternalista, arvora-se a cuidar da pobreza, fazendo a distribuição “justa” segundo os seus ditames.

               Se o PSDB e o PT, tendo como parceiro o PMDB e com a conivência do PP, PTB e outros, quase faliram o Brasil com o inchaço do Estado, não é votando na Rede e PSOL, que pregam mais Estado ainda, que vamos solucionar o problema. Por favor senhores eleitores de 2018, tenham isto presente na hora que forem votar para escolher o seu presidente.

              O período de trinta anos, e uma declaração de quem contribuía com os seus crimes, foram suficientes para grande parte dos admiradores de Lula perceber que ele era, na verdade, um crápula e não um herói. Que tempo e que fatos ainda serão necessários para que o restante dos enganados abram os olhos?

              A única saída para o nosso país é a “dictadura”. Sim ditadura com o “c”. Essa, a clássica intervenção de um poder maior para o fim precípuo de solucionar um problema urgente como uma guerra ou calamidade pública. Nosso país encontra-se classificado no segundo caso. Temos que mudar os nossos governantes e, o povo, que seria o representante nos ditames democráticos, já demonstrou em todas as vezes que foi chamado a isto, não ter as mínimas condições de fazer as escolhas. Os fatores que levaram a isto são muitos: poder econômico superestimado na mão dos políticos, que o usam para fins pessoais, e uma incapacidade intelectual do povo para fazer as escolhas. Insistir na democracia em um país como o nosso é como o cachorro correr para pegar o rabo. Insisto que não é uma ditadura de um dos poderes e sim uma ditadura clássica medieval, com poderes amplos por um tempo determinado para solução dos nossos problemas. Outra forma é temerária.

              A nossa arcaica CLT, foi criada para incentivar a urbanização do nosso país, tendo em vista que, na época 70% da população era rural e se necessitava de mão de obra na indústria, para a sua implementação. Para tanto, foram criados direitos inflados, para que se tornasse esta migração possível. Passados 75 anos e o “povaréu” ainda acha que a sua alteração é retrocesso. Este excesso de direitos impede que o empregador, muitas vezes, em dificuldades financeiras, adeque seu quadro funcional, o que muitas vezes o leva a falência em um curto período de tempo. Também impede que nos tempos de bonança, ajuste para mais o salário de seus funcionários por isto causar um direito adquirido que nunca mais poderá ser retirado do trabalhador. Prejudica-se assim, duplamente o trabalhador, não podendo lhe dar benefícios ou fazendo com que fique desempregado, e não possa recuperar seu trabalho, pois a empresa faliu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário