sexta-feira, 14 de abril de 2017

DAS DELAÇÕES.



               Tivesse o Brasil um povo culto e instruído, poderíamos contar que em 2018, ele se encarregasse de fazer uma depuração nos nossos parlamentares. Mas com o grau de dependência econômica do Estado e a total ignorância política que possuem os nossos eleitores, se fizermos uma eleição, nos moldes das que temos hoje, o nosso parlamento muito pouco mudará. A facilidade que tem um político de enganar o seu eleitor é tamanha que ele se conforma com qualquer explicação. Um político acusado de ter recebido propina, alega nunca ter falado com a mãe do corruptor, o que é uma verdade, e isto serve como uma absolvição para aquele que não entende nada do que lhes falam e muito menos ainda se for submetido a ele, a leitura de um parágrafo referente ao assunto. Se no legislativo o futuro é negro, imaginem quem será o nosso próximo presidente. Vejo incautos dizendo que os que estão sendo acusados não tem chance por terem ficado com o nome enlameado. Agora pergunto: Que tempo o desmemoriado eleitor levará para esquecer tudo isto? Votará como sempre, em quem lhe mentir mais. O sucesso da empreitada é diretamente proporcional ao calibre da mentira. 

               Ouvindo as defesas dos deputados gaúchos citados pelos delatores da lava jato, eu penso estar senso acometido de um momento de vazio intelectual. O delator disse que doou via caixa dois e os deputados dizem que receberam a doação legalmente. Ora, se procurado nas contas dos acusados e encontrado o registro, quem mentiu foi o delator, a omissão do registro o recebedor é que mente. Simples assim. Seria ingenuidade do deputado ou suicídio do delator?

               A política no nosso país só é levada a sério e dado a ela uma importância devida, somente quando se mistura com a crônica policial. E eu vejo gente com nível superior, com alto padrão aquisitivo fazer critica as pessoas quando vão falar de política. Os meios de comunicação, são um exemplo claro disso, principalmente o televisivo.

               Está na hora de separarmos os guris das gentes grandes. Que as investigações da lava jato atenham-se aos políticos de maior monta como senadores, deputados e ex-presidentes, deixando para depois a gente miúda. Que foquem também em fatos de alguma relevância. Eu ouvi um delator falar com gravidade que um preposto do Lula havia pedido vaga de estagiaria para uma amiga da filha dela. Assim fica complicado e praticamente impossível terminar estas investigações. 

               As tergiversações são uma constante nas defesas dos acusados. A respostas as indagações são desconexas, a ponto de ser perguntado se recebeu ajuda financeira, receber como resposta que não conhecia o benfeitor.

               Lula disse que tem de ser preso aquele que tenha pedido propina em seu nome. Seria surpresa se ele, o x9, agisse de forma diferente. Nunca é ele ou sequer gente de sua confiança que se apropriam do que é alheio. Os que o ajudaram estão presos e ele querendo encarcerar ainda mais gente. Tudo para salvar o “grande líder”.
“A justiça não pode ser tão célere que com isto venha a ferir o estado democrático de direito”. (Afonso Pires Faria)

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