terça-feira, 25 de abril de 2017

DISTORÇÃO DE VALORES.

                Ainda não entendo por que os acusadores de Lula insistem tanto em condena-lo por ter propriedades que sabidamente não foram nem são suas. Nem o sítio e nem o triplex, foram dele por direito, em nenhum momento. Os imóveis estavam registrados em nome de outras pessoas que não o Luís Inácio. Que o acusado iria tomar posse e que todas as evidências levavam a isto não temos a menor dúvida, penso que se perguntado a ele, onde ele iria morar nos próximos anos de sua vida, ele mesmo confessaria que seria nestes imóveis. Mas a propriedade nunca foi dele, isto é fato e “a facto as jus nom da tur consequência”. Se existem outros crimes bem mais materiais do que este, porque se ater justamente a um que carece de robustez? Para quem entrou no palácio com duas malas de roupas e saiu com onze caminhões lotados de bens que não o pertenciam, inclusive utensílios doados a presidentes do regime militar, tentou escondê-los em um cofre em nome da sua esposa, não se pode dizer que não houve aí um crime de apropriação de “coisa alheia móvel”l. Mesmo com a robustez deste e de outros crimes cometidos pelo molusco, será impossível ele se livrar daquele pelo qual foi dado início em sua perseguição. O imaginário popular termina por contaminar a mente até dos que deveriam ficar imune dele, mas “Vox populi, Vox Dei”, mesmo que esta sentença seja de uma só palavra: “crucifique-o”. A justiça deveria passar ao largo destas demandas populares, mas não passa. O povo deveria inocular estes desmandos, repudiando os que os cometem, mas não fazem. Por isto cabe a justiça, por vias tortas, por um freio neste estado de coisas. “Summun jus, summa injuria”.

                Nós estamos pagando, e bem, para a Dilma ir ao exterior explicar que o seu afastamento da presidência foi um golpe, ou uma injustiça. Mas creio que se a deixarem falando por mais tempo toda a população mundial terá a certeza de que, se é que houve um golpe, uma injustiça não foi, pois as faculdades mentais da Sra. Rousseff estão seriamente abaladas. Justo, portanto.


                Os juízes do STF estão tentando separar os crimes de caixa dois dos demais crimes, por este ser de menor monta. Se isto de fato ocorrer, e se perdoar o crime por ele ter sido pela maioria, preparem para no futuro o furto, o roubo, o latrocínio também sejam liberados aos poucos. É um aceno a implantação da barbárie, do desgoverno e a autorização para se cometer crimes cada vez mais graves.  

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