Ainda não entendo por que os acusadores de Lula
insistem tanto em condena-lo por ter propriedades que sabidamente não foram nem
são suas. Nem o sítio e nem o triplex, foram dele por direito, em nenhum
momento. Os imóveis estavam registrados em nome de outras pessoas que não o
Luís Inácio. Que o acusado iria tomar posse e que todas as evidências levavam a
isto não temos a menor dúvida, penso que se perguntado a ele, onde ele iria
morar nos próximos anos de sua vida, ele mesmo confessaria que seria nestes
imóveis. Mas a propriedade nunca foi dele, isto é fato e “a facto as jus nom da
tur consequência”. Se existem outros crimes bem mais materiais do que este,
porque se ater justamente a um que carece de robustez? Para quem entrou no
palácio com duas malas de roupas e saiu com onze caminhões lotados de bens que
não o pertenciam, inclusive utensílios doados a presidentes do regime militar,
tentou escondê-los em um cofre em nome da sua esposa, não se pode dizer que não
houve aí um crime de apropriação de “coisa alheia móvel”l. Mesmo com a robustez
deste e de outros crimes cometidos pelo molusco, será impossível ele se livrar
daquele pelo qual foi dado início em sua perseguição. O imaginário popular
termina por contaminar a mente até dos que deveriam ficar imune dele, mas “Vox
populi, Vox Dei”, mesmo que esta sentença seja de uma só palavra: “crucifique-o”.
A justiça deveria passar ao largo destas demandas populares, mas não passa. O
povo deveria inocular estes desmandos, repudiando os que os cometem, mas não
fazem. Por isto cabe a justiça, por vias tortas, por um freio neste estado de
coisas. “Summun jus, summa injuria”.
Nós estamos pagando, e bem, para a Dilma ir ao exterior explicar que o
seu afastamento da presidência foi um golpe, ou uma injustiça. Mas creio que se
a deixarem falando por mais tempo toda a população mundial terá a certeza de
que, se é que houve um golpe, uma injustiça não foi, pois as faculdades mentais
da Sra. Rousseff estão seriamente abaladas. Justo, portanto.
Os juízes do STF estão tentando separar os
crimes de caixa dois dos demais crimes, por este ser de menor monta. Se isto de
fato ocorrer, e se perdoar o crime por ele ter sido pela maioria, preparem para
no futuro o furto, o roubo, o latrocínio também sejam liberados aos poucos. É
um aceno a implantação da barbárie, do desgoverno e a autorização para se
cometer crimes cada vez mais graves.
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