segunda-feira, 13 de março de 2017

DIREITOS x PRIVILÉGIOS.



               Vamos falar de direitos? Primeiro de tudo gostaria que o leitor entendesse que se tem direito a algo é porque se conquistou por méritos, ou se pagou para isto. Somente tem direito a exercer a profissão de médico, quem estudou e cumpriu os requisitos parar exercê-la. Assim é juiz, engenheiro, advogado etc. Para eu me aposentar tenho que pagar durante um determinado tempo e um valor pelos quais serão feitos os cálculos do que farei jus a minha remuneração. Para eu conseguir ser atendido por um médico do sistema público de saúde terei que entrar em uma fila para, na ordem, receber a referida prestação. Qualquer benefício concedido fora dos parâmetros normais, deixam de ser classificados como direitos e passam a ser chamados de privilégios. Alguns privilégios são facilmente assimilados pela população por motivos culturais, como o caso do idoso e do deficiente. O problema é que o número de aceitos culturalmente como merecedores destas lisonjas deve ser reduzido para que não se faça da exceção uma regra. É o que está ocorrendo no nosso país, por se tratar de um povo em que temos como cultura o “jeitinho”. O filho do agricultor e a mulher se aposentam mais cedo, mesmo que esta, viva mais que o homem e aquele, não tenha contribuído para tanto. O negro tem direito a cotas porque pretensamente um familiar seu possa ter sido escravizado por uma família do qual o preterido nem tenha notícia de qual seja. Todos são iguais perante a lei, mas uns são mais iguais que os outros conforme pregava Jorge Orwell, na sua obra “A Revolução dos Bichos”, e isto acontece com as pessoas que adquirem algum poder. Mas ninguém escolhe envelhecer, nascer mulher, filho de agricultor ou negro e os seus beneficiários são meros coadjuvantes de leis porcas. O problema é que quando se passa do privilégio absurdo a algo mais grave do que isto é sinal de que temos que tomar alguma atitude. Qual será a próxima classe a receber o beneplácito do resto da sociedade, quando se tenta aprovar uma lei ou norma que garante aos bissexuais, lésbicas ou trans, o direito de nem em fila entrar para ser atendido, em uma fila onde outros reles mortais, estão a esperar. O que justifica tamanho absurdo e o que isto está a sinalizar é uma incógnita. Sim, um mistério para uns, para os que estudam não. É de uma certeza matemática. Estão a tentar desvirtuar o que ainda há de sensato e moral no mundo.

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