sábado, 18 de março de 2017

DEMAGOGIA E INTRANSIGÊNCIA.



               Os criminosos de colarinho branco, principalmente os políticos, contam não só com a ignorância, como com a burrice do povo brasileiro. Se se descobre um crime em que a maioria dos partícipes são de uma determinada corrente partidária, para que isto se torne uma “página virada” em pouquíssimo tempo, basta incluir entre os criminosos alguns elementos do outro lado. Pronto, tudo se anula e os criminosos seguem agindo impunemente. Poucos brasileiros estão de fato, interessados em combater verdadeiramente o crime, estão sim empenhados fortemente em combater os criminosos e desde que sejam do partido opositor ao seu. A operação lava-jato, que investiga os crimes praticados por participantes dos governos, conta com o apoio total e irrestrito do PSDB, não por eles não os terem cometido, mas porque, se descoberto, a maioria já prescreveu. Não somente na esfera criminal a coisa deixa de andar pelo fato de haver uma verdadeira “guerra de belezas” entre os partidos que querem se locupletar com as benesses do poder. Mesmo que a medida seja necessária para a salvação do país, se foi proposta pela grei opositora, será eivada de erros e de más intenções para com o povo mais pobre da nação, mesmo que isto seja exaustivamente demostrado ser favorável e não contrário. O exemplo mais clássico é o da reforma da previdência que o governo petista, quando no poder, sinalizou estar caduco e que necessitava de ser reformado. Mas bastou ir para a posição que o velho PT de guerra voltou a fazer o que melhor soube desde a sua criação, uma oposição ferrenha, demagógica e irresponsável. Dizem, e com razão, que o que se deveria fazer é cobrar os devedores tanto da União como da previdência que se salvará a instituição. Se verdade fosse, teriam feito isto durante os 13 anos que tiveram no poder. É necessária sim, uma reforma previdenciária e os que foram derrubados do poder, agora não admitem mais nem o que defendiam. Mas verdade seja dita. Se se cobrasse as dívidas e se reduzisse as isenções ao estritamente necessário a um incremento da produção de alguns poucos setores produtivos, poderia se sim, fazer uma reforma na previdência que não fosse tão traumática. Que fosse nos moldes da proposta pelo governo Dilma, que seria feita aos poucos e que, no seu final, talvez até necessitasse de uma revisão. Mas não. Vai ficar um lado criticando o outro, sem nem o atual governo reconhecer que a proposta anterior era viável e nem a atual oposição sequer reconhecendo que outrora tenha sequer aventado se fazer algum ajuste. E assim vai o Brasil, rumo ao cadafalso. Nem chimangos e maragatos, nem palmeirenses e corintianos, com todas suas boçalidades são tão irracionais como os políticos de agora.

Nenhum país cresceu só concedendo "direitos". Todos cresceram e transformaram os "direitos" abstratos em concretos, com um aumento persistente da produtividade média do trabalho dos seus membros. Antônio Delfim Netto

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