TIRADAS.

É de sacrifícios e não de benesses que precisamos. É  um choque de realidade e não fantasias que merece o povo brasileiro para acordar do sonho. A substituição do ministro da fazenda por outro, com visão mais heterodoxa do que o atual, somente dará à economia uma sensação falsa de recuperação. E o tombo será tão maior quanto o tempo que durar a falsa festa proporcionada por uma economia de gastanças novamente. O bode, quando recua, da a marrada mais forte.

Onde estão as centrais sindicais e os sindicatos que não apoiam os caminhoneiros? Como pode uma entidade que é sustentada por uma classe, lhes virar as costas quando a causa é para beneficiar àqueles que lhes sustentam?

Os idiotas e medíocres são a maioria do povo. A democracia sobrevive da vontade da maioria. Desnecessário dizer o que um político faz para se manter no poder.

Nenhum governo consegue impor uma agenda progressista a um povo conservador por muito tempo. À curto ou médio prazo haverá problemas. O Brasil é um bom exemplo.

No Brasil se faz política com o fígado e não com a cabeça, muito menos com o coração ou razão. Os frutos, estamos colhendo.

É impossível implantar uma política de bem estar social sem os devidos recursos. Em alguns momentos, quando adotadas algumas medidas ortodoxas, transparece uma imagem de normalidade, mas logo tudo volta ao caos, quando a ortodoxia cessa.

Não me basta tirar a Dilma do poder nem mesmo prender o Lula. Tão pouco resolveria o problema do nosso país se cassassem o registro do PT. Enquanto não tivermos todas as instituições do Estado livres do cabresto do governo de coalizão o Brasil não funcionará a contendo.

Aquele que me ajudar a subir mas chega ao poder primeiro que eu, não me serve. Serve sim, aquele que foi meu inimigo declarado e o ódio que eu nutria por ele me ajudou a vencer. Estes são: Lula, FHC e Sarney.

Eu estou fazendo porque ele também fez, já é uma desculpa esfarrapada. Mas a pior desculpa ainda é a de que, eu estou fazendo porque ele também fez.

Afonso Pires Faria, 12 de novembro de 2015.