sábado, 7 de novembro de 2015

DAS LEITURAS DA SEMANA

                      Em 1970 o povo brasileiro precisava trabalhar 76 dias do ano, só para pagar impostos, não satisfeito com esta brutal carga tributária sobre o pobre trabalhador, em apenas 10 anos o governo militar aumentou para 77 os dias necessários de trabalho para atender a ganância do governo. Menos mal que veio a democracia e o bondoso presidente Collor em 1990, para o bem do povo aumentou para 109 os dias de trabalho necessários para o pagamento do óbolo. Mas finalmente veio o sociólogo FHC que em seu primeiro mandato reduziu o pesado imposto para apenas 106 dias de trabalho, só que durou pouco e no seu segundo mandato já aumentou para 121 os dias necessários. Mas como nem tudo são notícias ruins, finalmente chegou ao nosso país um governo popular, democrático e com os olhos voltados para o povo e incrementou os dias necessários de trabalho para suprir as despesas do estado para 140 e 148 dias no seu primeiro e segundo mandatos respectivamente. Mas uma mulher no poder e sendo de um partido popular, certamente a coisa iria melhorar. E melhorou, só que para eles, já em 2015 temos que despender 151 dias do nosso ano trabalhando só para o governo. Mas vem aí, medidas governamentais que irão modificar esta cena. Adivinhem vocês qual é a proposta? Aumentar ainda mais a carga tributária, e vão conseguir. Mas em 2018 se o Lula subir em um palanque e disser que eles, os governos eleitos pelo povo, diminuíram os impostos, o “gado” irá acreditar e aplaudirá com toda a certeza. Na matemática de um fanático sectário, 151 é menor do que 76. Duvidam? É só perguntar ao matemático Lula, ele lhes ensinará matemática do jeito que aprendeu. Foi assim.

                            Que tempo será necessário para os pobres brasileiros se darem conta de que o que eles pagam para o governo lhes proteger dos ricos é o dobro do necessário, e que este sobrepreço cai nos bolsos, justamente dos carrascos. Os ricos são sempre mais beneficiados pelo estado. Isto acontece na razão direta do que o estado diz proteger os pobres.

                            Se tu pegares duas pizzas do mesmo tamanho e partir uma em 12 e outra em 13 pedaços, ela não vai aumentar de tamanho por isto. O governo que criou o 13º salário usou deste artifício, com sucesso, para iludir o povo. E assim vem fazendo todos os governos, quanto mais populista mais criam complicações para os empregadores efetuarem o pagamento de salários aos seus empregados, agora colaboradores. Imaginem se cada trabalhador recebesse o dobro do seu salário para dar a ele a destinação que bem entendesse como seria mais simples para o empregador e mais útil ao empregado. Mas o problema é que o magnânimo “Estado” tem a certeza de que o povo não sabe lidar com o dinheiro, é ele que sabe. Se tivessem razão o nosso país não estaria em situação tão delicada financeira e economicamente, com sucessivos aumentos de impostos.

                            Se tudo correr bem e de acordo com os planos de ambos, em breve haverá uma negociação entre o Sr. Eduardo Cunha e o PT. Um, salva o outro e o outro, salva o um. E o presidente da câmara, em breve terá um filme, patrocinado pelo Ministério da Cultura com o título alguma coisa semelhante a “Guerreiro do Povo Brasileiro”.  

                            “Direito de todos e o dever do Estado” que precede muitos dos direitos do cidadão brasileiro na nossa lei maior, nunca foi tão utilizado em nosso país. Só que está precedido da palavra “roubar”.

                            Quem tem mais de 50 anos nunca imaginou que sentiria saudade do “trombadinha”, aquele que tinha medo cidadão de bem do qual ele subtraia pequenos objetos e saia correndo. Sim, saia correndo de medo de ser pego por um policial ou até mesmo pela própria vítima, que lhe dava uma boa de uma lição. Hoje não, o marginal é perigoso e nós é que temos que temê-los. Pior. O policial também o teme, pois ele está coberto de direitos e nós de obrigações.

                            Nos anos de 2001 e 2002 estava sendo prestado para população o serviço de “disque tortura” com a finalidade de se denunciar torturas, efetuada contra presos. Este serviço foi disponibilizado tendo em vista que no ano de 1997 o crime de tortura, passou a ser considerado como hediondo. Houve 25 mil denúncias sem apuração. Foram desconsiderados os crimes. Mas a comissão da verdade fez retroceder a lei para os idos de 1978 e julgou criminosos os que praticaram tortura naquela época. Uma aberração jurídica difícil de entender.
Afonso Pires Faria, 07 de novembro de 2015.

“Não há tirania pior do que obrigar um homem a pagar pelo que ele não quer, simplesmente porque você acha que isso seria bom para ele.” Robert A. Heinlein

Nenhum comentário:

Postar um comentário