terça-feira, 2 de maio de 2017

NÃO ESTÁ FÁCIL.

Seria tão difícil assim entender que a maior culpada de todas estas faltas de escrúpulos e libertinagens que ocorrem no nosso país, tais como liberação de presos que deveriam estar encarcerados e não em liberdade, de roubos, furtos, assassinatos, fraudes de todas as espécies e outros crimes, é da nossa lei maior, que foi chamada de “cidadã”? Seria bem melhor que, em vez de se fazer uma constituição com olhares no passado, fosse vista como uma oportunidade de visarmos o futuro. Mas não, como em todo o país de baixa cultura, foi dado preferência, a tudo aquilo que visasse punir àqueles que, no passado cometeram alguma arbitrariedade justa ou não. Deu no que deu. Uma legislação que prima pela libertinagem e pela complacência e com o pressuposto de que todos são inocentes. Se justo ou não, não é o que me proponho a discutir no momento, mas que está a causar o que estamos vendo, isto é fato e deve ser levado em consideração.

               Deixando de lado a hipocrisia e os arroubos de preferências partidárias, vamos tentar fazer um apanhado do que foi a política no nosso país, referente ao que, atualmente se diz proteger, o trabalhador. O governo do PT propunha quase que o mesmo que o que está sendo proposto pelo atual governo, salvo algumas particularidades. Ocorre que este, tinha como certo, que permaneceria no poder por, no mínimo, 40 anos. Se lograsse êxito, comandaria a economia, não só do nosso país, como de todo o resto da América Latina. Para que ocorresse um total sucesso, seria conveniente que se demonstrasse que o país estava bem e que as instituições funcionavam na plenitude de suas conveniências, ou seja: uma economia pujante. Não seria isto possível com uma legislação que tinha como regra, ditames baseados em conceitos fascistas como os direitos trabalhistas ditados pela CLT. Tendo a consciência deste fato, o PT tratou de reformar estas regras para poder permanecer no poder. Propôs isto e foi impedido por uma oposição que, até então, não representava o ideário popular. Se tivesse conseguido, e tivesse permanecido no poder, o governo teria um cenário ideal para governabilidade em perfeita harmonia com a sociedade. Mas algo deu errado e eles perderam o poder. Daí a oposição virou governo e vice-versa. Tudo o que defendiam uns, tiveram que contestar e o que contestavam uns, passaram a defender. O PT, no governo, somente não aprovou as reformas propostas para sua manutenção no poder, por óbices da oposição, atual situação. Onde está a incorreção? Na atual oposição ou no atual governo? A meu ver, nenhum dos dois tem razão quanto a forma de que usam para tomar, definitivamente o poder. Nosso país esta tomado por uma guerra insana entre a esquerda extrema e a extrema esquerda. Ambos estão derrotados no contexto mundial e os que poderiam ocupar este espaço, ficam com medo de apresentar suas ideias por temores de serem classificados como “politicamente incorretos”. Esta praga que trava o desenvolvimento do mundo e, tardiamente ainda, o nosso país. Não foi o PT o culpado de não se impor no nosso país uma política mais racional, e sim a oposição daquela época. Se continuarem nesta disputa de belezas, somente quem vai sair perdendo á o povo que é justamente quem deveria ser atendido por esta corja, que diz representá-lo. Não tem santo nesta arena. Os leões estão famintos e os que os alimentarão são exatamente aqueles que estão aplaudindo estas imbecilidades dicotômicas.


               A decisão do STF de revogar a prisão preventiva de José Dirceu não tem nada de anormal, são juízes que estão julgando um caso, baseado em informações das quais não dispomos. Se não houve unanimidade, é sinal de que o caso não é tão simples assim. É mais anormal no Brasil, ficar uma figura do quilate do ex-ministro tanto tempo preso preventivamente, do que a sua soltura. Ele livre, não o livra de responder aos crimes que supostamente tenha cometido e quando julgado terá sim a pena que merece. Comemorar a sua soltura preventiva sim, é de uma insanidade abissal. Por outro lado, é patético ver a fúria daqueles que tem sangue nos olhos e querem que a justiça seja feita de acordo com as suas convicções. 

2 comentários:

  1. Constituição libertina interpretada por libertinos criminosos.
    Lei retrógrada imposta por retrógrados desleais.
    Não consigo pensar em mais nada.

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  2. Constituição libertina que alberga criminosos, com e sem toga, sem espírito cívico e pior, com a dúvida clara de auto-proteção criminosa.
    Nos dizeres do Gal. Honório Lemes: "- Homens que governam leis e não leis que governam homens."

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