terça-feira, 16 de maio de 2017

ESTAMOS MAL SERVIDOS



- Nada mais significativo para contextualizar o que está ocorrendo no nosso país do que trechos do livro “A Lei” de Frédéric Bastiat, quando ele diz que “quando a espoliação é organizada pela lei para o benefício daqueles que a criaram, todas as classes espoliadas tentam tomar parte por algum meio, pacífico ou revolucionário, da confecção das leis. De acordo com o seu grau de esclarecimento, elas podem ter dois propósitos completamente diferentes ao tentar obter o poder político: interromper a espoliação legal ou participar dela. Triste a nação em que o segundo propósito prevalece entre as massas”

- Os portadores de faixas pedindo mais segurança e criticando a falta de punição para os crimes, geralmente são os mesmos que, quando é preso um comparsa do criminoso, imploram pela prudência no seu interrogatório e que seja a ele garantido todos os direitos constitucionais, ou seja: de permanecer em silêncio, mesmo sabendo onde está o verdadeiro criminoso.

- Disseram ao besta que ele era um líder, e ele aceitou, depois inflaram mais seu ego e lhe convenceram que era um líder nacional. Tantas foram as insistências em que ele assumisse esta missão que ele concorreu, já de pronto, ao cargo máximo. Depois de algumas insistências, até ele se convenceu que era “o cara”. Se era tão importante assim, nada mais justo do que pleitear um poder maior do que o nacional. Partiu ele então para a liderança de um continente inteiro e passou a ditar quem seriam os presidentes dos países que com ele se alinhassem. E assim foi financiando com dinheiro de “amigos”, campanhas políticas caríssimas de seus aliados. Sendo um monstro com pés de barro, não demorou a sua queda.

- O ranço ideológico persiste e, pelo visto, perderam a noção do perigo. Não bastasse terem disso indenizados pelos crimes que cometeram, os facínoras comunistas que tentaram tomar o poder em 1935 e depois 1964, ainda provocam, dando sinais de vida. Isto fica claro quando a guerrilheira Dilma debocha do povo brasileiro criando um e-mail falso com o nome de uma ex primeira dama do tempo do regime militar (Iolanda), como também usa a data de um crime cometido por seu grupo (26.06). Isto tudo é uma demonstração de que, perderem totalmente a noção de perigo e o respeito as instituições.

2 comentários:

  1. S. S., o Papa Pio XX (sobre as massas):
    Povo e multidão amorfa ou, como se costuma dizer, «massa», são dois conceitos diversos. O povo vive e se move com vida própria; a massa é por si mesma inerte, e não pode receber movimento sem ser de fora. O povo vive da plenitude da vida dos homens que a compõem, cada um dos quais — em seu próprio lugar e a sua maneira — é pessoa consciente de suas próprias responsabilidades e de suas convicções próprias. A massa, pelo contrário, espera o impulso de fora, joguete fácil nas mãos de um qualquer que explora seus instintos ou impressões, disposta a seguir, cada vez uma, hoje esta, amanhã aquela outra bandeira. Da exuberância de vida de um povo verdadeiro, a vida se difunde abundante e rica no Estado e em todos os seus órgãos, infundindo neles com vigor, que se renova incessantemente, a consciência da própria responsabilidade, o verdadeiro sentimento do bem comum. Da força elementar da massa, habilmente manipulada e usada, pode também servir-se o Estado: nas mãos ambiciosas de um só ou de muitos agrupados artificialmente por tendências egoístas, pode o mesmo Estado, com o apoio da massa reduzida a não ser mais que uma simples máquina, impor seu arbítrio à melhor parte do verdadeiro povo: assim o interesse comum fica gravemente ferido e por muito tempo, e a ferida é muitas vezes dificilmente curável.
    Com o dito aparece clara outra conclusão: a massa — como nós acabamos de defini-la — é a inimiga capital da verdadeira democracia e de seu ideal de liberdade e de igualdade.
    Em um povo digno de tal nome, o cidadão sente em si mesmo a consciência de sua personalidade, de seus deveres e de seus direitos, de sua liberdade unida ao respeito da liberdade e da dignidade dos demais. Num povo digno de tal nome, todas as desigualdades que procedem não do arbítrio, mas sim da natureza mesma das coisas, desigualdades de cultura, de bens, de posição social — sem menosprezo, é claro, da justiça e da caridade mútua —, não são de nenhuma maneira obstáculo à existência e ao predomínio de um autêntico espírito de comunidade e de fraternidade. Mais ainda, essas desigualdades, longe de prejudicar de maneira alguma a igualdade civil, lhe dão seu significado legítimo, quer dizer, que ante o Estado cada um tem o direito de viver honradamente sua existência pessoal, no modo e nas condições em que os desígnios e a disposição da Providência o tem colocado.
    Marcos Quadros

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  2. Obrigado professor, pelo envio do material. É de se pensar e reler a obra "A Invasão Vertical dos Bárbaros".

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