Após a leitura de “A Desobediência Civil” e Thoreau, “A Lei” de Frédéric
Bastiat, “Justiça” de Michael J. Sandel, “As Ideias Tem Consequências” de
Richard M. Weaver e outras obras referente ao assunto, me sinto no direito de
tecer alguns comentários sobre a intervenção que fazem na nossa vida, não só
outras pessoas como também o Estado e normas politicamente corretas que regem o
nosso comportamento. Sem muito me aprofundar no assunto, mas apenas para fazer
refletir, começo pelo Estado. Com a desculpa de proteger o cidadão que está sob
seus cuidados, arvora-se a, de tanto proteger, tirar-lhe a liberdade de escolha
e impor-lhe comportamentos e atitudes. As leis criadas pelo Estado, deveriam
ter o mínimo de imposição e o máximo de opção. O cidadão deveria ter o livre
arbítrio no cumprimento da maioria delas e receber benefícios se cumpri-las e
não castigo se não o fizer. O cidadão que estivesse utilizando o cinto de
segurança quando se acidentasse teria o direito de todo o atendimento médico
coberto pelos entes públicos, e não ao contrário, em que se pune o cidadão por
não estar utilizando o referido equipamento de segurança, na presunção de que,
se ele se acidentar, o sistema de saúde será onerado com as custas para
trata-lo. Quanto ao patrulhamento de pessoas, elas se sentem no direito de
escolher para nós a forma de governo correta da qual nós devemos considerar boa
ou ruim. Acho que o cidadão que vive em Cuba, por exemplo, tem suas
necessidades básicas minimamente atendidas, sem que para isto seja necessário o
menor esforço. Este mesmo cidadão está tolhido do direito de progredir, crescer
e espoliar, mas não será espoliado de seus bens, pois não os tem. Já na
democracia capitalista o cidadão tem todo o direito de produzir para o seu
crescimento e com isto trazer riqueza, não só para si, mas também para as
demais pessoas que para ele produzem e lhe proporcionam lucro. Se eu prefiro um
regime ao outro, não penso que deva ser censurado por isto, o que eu condeno é
a tentativa de imposição de uma pessoa em outra para fazer acreditar que um tem
todas as maravilhas e outro todos os defeitos. Não é assim que a banda toca.
Cada um tem seus defeitos e qualidades que servem para uns, mas não para
outros. A minha única contrariedade quanto ao regime cubano, por exemplo, é que
os seus habitantes, não tem o direito de escolha em permanecer ou não sob o
comando daquele governo. Também temos a censura do nosso pensamento quanto as
nossas preferências pessoais. Pelo politicamente correto, somos obrigados a
gostar de negro, de obeso, de gay, de mulher, de índio e de estrangeiros. O
fato de alguém não nutrir simpatia por qualquer um destes grupos, que se dizem
minoritários, muito embora não se possa afirmar que, de fato, representem uma
minoria, fica-se taxado como homofóbico, racista ou preconceituoso, muito
embora o sentimento que se tenha por qualquer um destes grupos não seja nada
que instigue a violência e sim apenas uma questão de simpatia. Eu não tenho
simpatia por racistas, por exemplo, mas nunca fui censurado por isto, muito
embora quando eu diga que considero o movimento de defesa aos negros uma forma
de racismo, já seja, de pronto, considerado como discriminador. Este
patrulhamento excessivo e constante por parte de uns para com os outros, se
eliminados, certamente o mundo seria bem melhor. Muitas guerras são feitas em
nome da paz e muitos crimes em nome do amor.
Tenho alguns senões para tu refletires. Não acho que seja punir quando se desrespeita a lei, nos casos que se assemelham ao uso obrigatório de equipamentos de segurança. O que não se faz é punir os que infringem-na. Imagine alguem receber voz de prisão, numa maca de ambulância, por estar bêbado e ter machucado alguém. Se tu fores o PM não faltaram "juízes" para condenar a tua ação, pouco importando que o ferido encontre-se aos pedaços.
ResponderExcluirTrocado em miúdos, deveria ser cidadão QUEM CUMPRE A LEI, e NÃO CIDADÃO quem não a cumpre. Este com sanções (todas) e aquele com a liberdade que sua ação lhe aprouver.
Como te dissera em outras oportunidades, deixaste muito pouco para se argumentar e essa seria, na minha forma de ver, a mais educativa. Não saberia afirmar se existiria alguém que a puzesse em pratica.