Nas minhas caminhadas matinais
pela orla litorânea, me deparo com algumas situações instigantes. Hoje
encontrei um casal escorado em um carro. Ele tentando, em vão, abraça a moça.
Ela, agressivamente o empurrava com as duas mãos à altura do peito dele,
afastando-o de si. Não pude presenciar detalhes, pois eu estava caminhando e me
afastei da cena, mas dei uma olhada para trás consegui ver o moço afastando-se
em direção ao outro lado da rua. Perdi-os de vista, mas sabia que na volta os encontraria
novamente. Aprecei o passo, dei até uma corridinha, para ver se na volta presenciava
o desfecho da rusga. Deu certo. Em dez minutos que eu efetuei o trajeto de ida
e volta, encontrei-os novamente. Só que desta vez não brigavam mais. Era só
amor. Mas nem tanto, a coisa estava um pouco invertida. Ele estava na posição
que ela se encontrava anteriormente, escorada no carro, ela tentando abraçá-lo
e ele passivamente com os braços caídos rente ao corpo, quase que indiferente a
ela. Concretizou-se o ditado que diz que: A mulher começa por resistir às
investidas de um homem, mas termina por impedir a sua retirada.
Torres, 09.08.2016.
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