quinta-feira, 11 de agosto de 2016

ANTIGAMENTE ERA ASSIM, ou quase.

               Agora é diferente. Mas antes, havia um muro intransponível entre uma etapa e a outra. Estou falando do namoro, noivado e casamento. No passado, cada uma destas etapas eram  perfeitamente definidas; namoro é namoro, noivado é noivado e casamento é outra coisa completamente diferente. Começava-se a ser namorado, quando os amigos e a sociedade tinham o fulano e a fulana como namorados. Daí o namorado começar a frequentar a casa dos pais da namorada, passava-se um bom tempo até chegar o famigerado dia de domingo, no almoço, o rapaz ser apresentado aos pais da namorada como oficialmente o futuro pretendente. Nada tinha até aí de oficial ou sequer de oficioso, era uma mera formalidade, mas levada muito a sério. Passado um longo período de namoro, muito respeitoso por sinal, na época, começavam os rumores de um possível futuro noivado. Dos rumores ia-se a cobrança e por final a imposição. Imposição ao tal de noivado. Esta era a segunda fase de três, que perduraria para o resto da vida de duas pessoas. O noivado era cercado de grandes expectativas, pois nesta data, na maioria das vezes, já se marcava a data da terceira e última etapa deste enredo. O casamento. O dia escolhido para se “firmar o compromisso”, sempre é uma data especial, natal, aniversário da sogra ou do sogro etc... Neste dia o rapaz vai fazer o pedido da mão da moça (e naquele tempo era a mão, única e exclusivamente, mesmo), que sempre era aceito. Isto me faz pensar de porque tanto nervosismo do pretendente neste dia, tendo em vista a certeza da resposta afirmativa do seu pedido. Note-se que havia uma linha perfeitamente definida entre uma coisa e a outra. Somente depois de feito o pedido de noivado, e aceito, é que o, agora noivo, poderia ter uma certa liberdade com a namorada, como saírem da casa dos pais juntos sem a presença de um dos familiares, bastava uma amiga. Claro que somente os dois não. Nunca. Mas a companhia poderia não ser o cunhado ou um dos pais, bastava ser um “confiança”. Depois de alguns meses de noivado, vem a cobrança da família e da sociedade de quando é que vai sair o casamento, quando este já não foi pré definido no dia do compromisso. O casal à esta altura já não é mais dono de suas vontades, passa a ser objeto de cobranças de datas e requisitos quando finalmente sucumbe. Marca a data e casam. Mas agora não. Agora  a coisa é bem diferente, as barreiras intransponíveis, transformam-se em linhas tênues, que eu deixo para descrever em uma segunda etapa, para não cansar o leitor...............Aguardem.

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