Mas porque chegamos onde estamos? Porque o STF
está sendo chamado a decidir um detalhe constitucional que não lhe é
atribuição, tivesse os nossos legisladores cumprido com sua missão. Se a lei
que permite que bandidos sejam considerados inocentes até que se esgotem os
seus recursos financeiros, inclusive os aferidos pelos crimes, que nossos
representantes tratassem de esclarecer que pelo o fato da dosimetria não estar
clara, não significa que o sujeito não deva iniciar o cumprimento da pena. Mas
seria esperar demais deste bando que sanguessugas ajam criando leis que venham
de encontro aos seus interesses. Esperar que os deuses que interpretam as leis
façam justiça não deixa de ser menos crível já que estes estão sujeito a boa
vontade dos legisladores, para os apearem do posto onde estão. Desta forma os
freios e contrapesos criados para impedir o desequilíbrio entres os poderes
constituídos, vai para o brejo. Como seria possível explicar para um leigo que
é o judiciário que julga os deputados e estes é que decidem a atuação daqueles.
Um convite ao “tu não me investiga que eu não te condeno”.
Afonso
Pires Faria, 24.10.2019.
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