quarta-feira, 30 de outubro de 2019

LEIS E SUBTERFÚGIOS.


Leis porcas, feitas com fins eleitoreiros, além de atingir com precisão os fins para que foram criadas, geram um emaranhado legal de regras que se contrapõe e permitem que os doutos, chamados “juristas”, destas contradições se aproveitem para vender aos seus “clientes”, formas de burlá-las ou tirar proveito inescrupuloso delas. Vejam o caso das cotas. Todas com fins claros de criar uma divisão social e seu criador tirar vantagens políticas eleitoreiras de uma classe. A mais inacreditável delas foi a que reservava para mulheres um percentual para candidaturas. De nada adiantou e ficou evidenciado que não é o número de candidatos que fazem o percentual de eleitos. Tanto o percentual está longe de ser aplicado que, se todas as mulheres voassem somente em pessoas do mesmo seu sexo, estas seriam maioria. Serviu a famigerada lei somente para criar imbróglio jurídico e briga por repartição de verbas partidárias.

O nome da coisa deve ser o dela mesmo. O zorrilho não ficará menos fedorento se tu o alcunhar de borboleta. As coisas são assim, não mudam de formato ou alteram a percepção que os outros tem dela pelo simples fato de alterarmos a sua denominação. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Mas no campo das ideias as coisas não funcionam da mesma forma. Exemplos não faltam e são utilizados para ludibriar os menos avisados. Uma roupagem nova dada a uma velha ideia é facilmente levada a termo sem muito esforço. Basta que seja utilizado termos menos agressivos, mais falsos e pomposos e o objetivo é atingido até com maior eficácia. O esforço para se implantar um regime comunista no Brasil e no mundo é constante e acelerado. Com a intenção de quebrar a hierarquia familiar, criam leis que impedem os pais de educarem seus filhos pelos métodos convencionais. Proíbem os genitores de sequer dar uma palmada corretiva no filho, alegando que isto é um espancamento. Para lograrem êxito na empreitada usaram despudoradamente o nome de um menino morto pela madrasta e que nada tinha a ver com espancamento, para aprovar o que seria a lei da palmada, chamando-a de lei “menino Hélio”. Passou fácil. Os métodos violentos de tomada do poder utilizados por Lenin, ganharam roupagem nova e o poder será tomado pela dominação do povo sem que ele se perceba disso. Segue célere para o abatedouro de forma voluntária, lépido e faceiro. Gramsci ensinou, seus discípulos aprenderam e estão implantando. Segundo Olavo de Carvalho, “a revolução gramsciana está para a leninista, assim como o a sedução está para o estupro. E seguimos sendo ludibriado com palavras finas e delicadas para dizer uma coisa horrenda e deturpada. Censura e controle da mídia passou a ser catalogado como controle social e lei das Fake News. Usam da força e da violência, como é o caso do que está ocorrendo no Chile e acusam os que os impedem de efetuar depredações, de violentos. Pior. Nem coram de vergonha. Orgulham-se disso. Doentes é que são. E para quem não está dando importância para a última investida de tomada do poder por aqueles que querem o controle total da sociedade, tirem um tempinho e leiam “1984” de Jorge Orwell. Mas só faça isso se quiseres sair da zona de conforto. Deixará de ficar despreocupado, ficará preocupado, e quando terminares a leitura estará sim, apavorado.  
Afonso Pires Faria, 30.10.2019.

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