Quando no nosso país, o governo
desarmou a população de bem e não impediu o tráfico de armas ilegais, tornou a
ação criminosa uma profissão de baixo risco. Muito menor do que a de sair à rua
em uma grande cidade, após as 22 horas. Conheço muito cidadão de bem que é
contra armas e com isso não às tem em casa. Mas conheço também muitos elementos
que são avessos a posse ou porte de armas e não sei se não possuem nenhuma, mas
são terminantemente contrários a que outros as portem ou possuam. Alegam os
“defensores da paz” que não é armando a população que se vai combater o crime.
Mas deixa-se de dizer que não é esta a finalidade de se conceder ao cidadão de
bem o direito de possuir uma arma, e que sim para sua própria defesa.
Utilizam-se frases de efeito que muito toca no sentimento da população, cada
vez menos pragmática e mais sensível. Quando se invoca a lei de talião “olho
por olho, dente por dente”, deixa-se de dizer que ela foi elaborada para
amenizar as retaliações que eram muitas vezes, maiores do que o crime
praticado. Ficou assim limitada a vingança, a mesma proporção da infração.
Teria Gandhi dito que “olho por olho, a humanidade ficará cega”. Pois deixou de
esclarecer, o bondoso guru, que: olho por nada, somente a metade da população
ficará cega, e justamente a metade inocente. Nada dá mais segurança a ação de
um déspota no governo do que a certeza de que ao tomar medidas contra seu povo
não encontrará nenhuma resistência proporcional a que ele possui.
Afonso
Pires Faria, 21.06.2019.
Nenhum comentário:
Postar um comentário