Não gosto de tomar partido de pronto, em casos
polêmicos. No calor da emoção, muitas vezes, dizemos coisas que depois podemos
nos arrepender. Não temos obrigação de ter opinião sobre tudo, e mesmo que se
tome partido de um lado ou de outro, nem sempre precisamos concordar
unanimemente com uma das partes. Sempre achei justo alguma ilicitude quando se
trata de crimes. Todo mundo é a favor dos direitos humanos, mas são mais
fervorosos na defesa do criminoso, não lembrando que este, inicialmente cometeu
um atentado que feriu o referido direito de sua vítima. Somos todos contra a
tortura. E este é um ato horrendo mesmo, mas imaginem o caso de tu teres a tua
filha sequestrada por três marginais, com antecedentes, e um deles é preso e
sabe onde está o esconderijo onde estão praticando estupro coletivo com a
vítima. Ele se recusa terminantemente em falar, enquanto isso a inocente está
sendo submetida a todo o tipo de insanidades. O pai ou a mãe, não sentiriam
nenhuma vontade de ter uma forma, pelo menos de um terço de repressão que está
sendo cometida para com a prisioneira? Quando se olha apenas um lado das coisas
sem se considerar o outro, ficamos cegos. Porque devemos seguir todas as regras
contra o nosso adversário, que as quebrou para obter a vitória? Vejam o caso do
vazamento de correspondências entre o juiz da causa, e o MP. Sem entrar no
mérito do fato, se ocorreu ou não, supomos que o Moro, de fato tenha cometido
alguma ilicitude em se comportar de forma eufórica quanto a atuação dos que
estavam investigando o LADRÃO, do povo brasileiro, e seus asseclas. Eu creio
que o maior criminoso na atual situação em que passa o nosso país, não é tanto
o Lula, o PT e seus puxadinhos, e sim os elementos perniciosos que criaram as
leis que permitem que o crime seja cometido e se coloquem, de acordo com a lei,
todos os entraves para que a justiça se faça.
Afonso Pires Faria,
10.06.2019.
Ainda não existe o bom ladrão, o ladrão ético, o bandido com honra. Em tese, a lei deveria proteger a sociedade de quem a agride, da mesma forma e violência dessa agressão. Sou partidário disso. Se a lei realmente protegesse a vítima, tornaria-se algoz de quem a agrediu com a mesma violência da agressão sofrida. Imagine um pai, que sepultou um filho assassinado ter de tolerar o assassino tomar chimarrão na mesma praça. Se fosse eu, a enterrar o filho, nessa mesma situação, faria a mesma coisa com os pais do assassino, com os filhos do assassino, com a mulher do assassino e depois me entregaria. A justiça cuidaria de mim.
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