Como são rasos aqueles que defendiam
apaixonadamente o candidato Bolsonaro e hoje o criticam por tomar algumas
medidas em desacordo com que ele esperava. Eu votei em um candidato com um
discurso do qual eu apoiava a grande maioria de suas ideias. Votei em um
candidato a ser presidente de uma república que somente está sobrevivendo por
milagre, tamanhas atrocidades cometidas contra ela. Presidentes populistas,
legislativo mais ainda, a criarem leis totalmente desconectaadas da realidade de um
país do tamanho do nosso. O presidente eleito para governar um país que possui
a constituição como a nossa, somente por um milagre consegue aprovar um projeto
impopular sem que compre um grande número de parlamentares. O número de
partidos políticos só não é maior do que a ignorância do povo que admite este
tipo de coisa e ainda é conivente com ele, pois assinam o pedido de criação de
partidos, sem nem mesmo saber do que se trata. Resulta daí um amontoado de
parlamentares fisiologistas que somente vota alguma coisa se receber algo em
troca. Eu não concordo com várias atitudes e propostas do atual governo, mas
nem por isso acho que se deve sair fazendo posts de desaprovação total aos seus
atos e nem achar que o outro candidato seria muito melhor. Penso que o governo
deveria focar em atos mais importantes para salvar a nossa economia e não
gastar “pólvora em chimango”, tentando aprovar leis de menos importância, pelo
menos para o momento, como o armamento e redução de pardais em rodovias. Quando
um elemento de poucas letras sai a dizer asneiras, é perfeitamente
compreensível, pois não possui discernimento suficiente para separar o que é
factível ou não. Mas quando leio críticas de gente com diploma pendurado na
parede, falando coisas que somente seriam admissíveis serem defendidas por
pessoas que nunca tiveram acesso a nenhum tipo de informação, me causa
angustia. Atitudes dignas de fanáticos que se apaixonam pelo candidato. Coisa
de imbecil que imagina que o presidente deveria seguir exatamente tudo o que
ele, eleitor, imaginaria que ele fosse fazer, sem contar com as dificuldades
sabidamente existentes para se exercer o mais alto cargo da nação. São os
chamados “inimigos na trincheira”, pois quando um esquerdista tem conhecimento
de um “jurista” que apoiou o candidato, hoje o critica, toma esta atitude como
sendo um crime de lesa pátria. Estávamos a 21 anos gastando o que tinha e o que
não tinha. Gastaram-se as reservas, terminada a verba vendeu-se algum
patrimônio, gastou-se tudo novamente, pegaram empréstimos a juros vultosos para
gastar no país e fora dele. A conta chegou e o objetivo que era de criar o caos
total conforme obtiveram êxitos países como Cuba e Venezuela, eis que perdem a
eleição. E transformar o que era caos, em um país administrável novamente, não é
missão para 1 ano. Alguma coisa se pode fazer e com muita dificuldade, pois as
raízes dos malfeitores ainda estão a governar parte dos poderes. Por pouco
escapamos de sermos todos, como bovinos amestrados. Muitos se contaminaram. Eu
não.
Afonso Pires Faria,
13.06.2019.
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