quinta-feira, 13 de junho de 2019

BOI DE CANGA.



Como são rasos aqueles que defendiam apaixonadamente o candidato Bolsonaro e hoje o criticam por tomar algumas medidas em desacordo com que ele esperava. Eu votei em um candidato com um discurso do qual eu apoiava a grande maioria de suas ideias. Votei em um candidato a ser presidente de uma república que somente está sobrevivendo por milagre, tamanhas atrocidades cometidas contra ela. Presidentes populistas, legislativo mais ainda, a criarem leis totalmente desconectaadas da realidade de um país do tamanho do nosso. O presidente eleito para governar um país que possui a constituição como a nossa, somente por um milagre consegue aprovar um projeto impopular sem que compre um grande número de parlamentares. O número de partidos políticos só não é maior do que a ignorância do povo que admite este tipo de coisa e ainda é conivente com ele, pois assinam o pedido de criação de partidos, sem nem mesmo saber do que se trata. Resulta daí um amontoado de parlamentares fisiologistas que somente vota alguma coisa se receber algo em troca. Eu não concordo com várias atitudes e propostas do atual governo, mas nem por isso acho que se deve sair fazendo posts de desaprovação total aos seus atos e nem achar que o outro candidato seria muito melhor. Penso que o governo deveria focar em atos mais importantes para salvar a nossa economia e não gastar “pólvora em chimango”, tentando aprovar leis de menos importância, pelo menos para o momento, como o armamento e redução de pardais em rodovias. Quando um elemento de poucas letras sai a dizer asneiras, é perfeitamente compreensível, pois não possui discernimento suficiente para separar o que é factível ou não. Mas quando leio críticas de gente com diploma pendurado na parede, falando coisas que somente seriam admissíveis serem defendidas por pessoas que nunca tiveram acesso a nenhum tipo de informação, me causa angustia. Atitudes dignas de fanáticos que se apaixonam pelo candidato. Coisa de imbecil que imagina que o presidente deveria seguir exatamente tudo o que ele, eleitor, imaginaria que ele fosse fazer, sem contar com as dificuldades sabidamente existentes para se exercer o mais alto cargo da nação. São os chamados “inimigos na trincheira”, pois quando um esquerdista tem conhecimento de um “jurista” que apoiou o candidato, hoje o critica, toma esta atitude como sendo um crime de lesa pátria. Estávamos a 21 anos gastando o que tinha e o que não tinha. Gastaram-se as reservas, terminada a verba vendeu-se algum patrimônio, gastou-se tudo novamente, pegaram empréstimos a juros vultosos para gastar no país e fora dele. A conta chegou e o objetivo que era de criar o caos total conforme obtiveram êxitos países como Cuba e Venezuela, eis que perdem a eleição. E transformar o que era caos, em um país administrável novamente, não é missão para 1 ano. Alguma coisa se pode fazer e com muita dificuldade, pois as raízes dos malfeitores ainda estão a governar parte dos poderes. Por pouco escapamos de sermos todos, como bovinos amestrados. Muitos se contaminaram. Eu não.
Afonso Pires Faria, 13.06.2019. 

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