O ser humano é dotado de algum censo de proporção, alguns o
usam, outros não. Não tenho conhecimento de se algum animal irracional também
possui este dom, mas vejo que alguns o utilizam, talvez instintivamente. O que
me deixa perplexo é que alguns humanos subutilizam este dom divino e alguns nem
uso dele faz. Quando se tem na mão somente um martelo, tendemos a pensar que
todo o problema é prego. Para defender o seu ídolo, mesmo que este tenha se
tornado um bandido, ladrão que rouba e assassina as pessoas para obtenção de
seus desejos, todo o argumento é válido. Utilizam axiomas que são de fato
válidos, mas se descontextualizado não tem nenhuma serventia. Maquiavel, por
exemplo, é tido como um ser do mal e até adjetivos com seu nome são criados,
mas para defender o Lula, por exemplo, alguns se apegam até em regras por ele
ditadas. Alguns, não fazem a leitura correta das colocações, por ignorância ou
por conveniência. Os fins não justificam os meios. Claro que não, quando os
fins são maléficos e os meios utilizados são ilícitos. Daí usar-se deste
preceito para quando os fins são nobres e os meios apenas inconvenientes, tem
uma distância muito grande que somente os que se utilizam deste fim por conveniência
é que acreditam. Os ignorantes não tem esta maldade toda.
Afonso Pires Faria,
14.06.2019.
Os ignorantes não tem maldades? Pode até ser verdade mas permitem o seu aparecimento por não a entenderem ou darem a entender isso. No entanto, por mais duro que Maquiavel fosse, sua franqueza era moralmente justificada pois ele falava do estado contra o cidadão. Quando ocorre o contrário há, por óbvio que se ocorre a conveniência do estado ou de quem o controla. O ERRO, penso eu, é essa PRETÉRITA IGNORÂNCIA que, se é usada para justificar não os isenta da culpa da leniência e da inércia.
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