sexta-feira, 14 de junho de 2019

FINS E MEIOS.


O ser humano é dotado de algum censo de proporção, alguns o usam, outros não. Não tenho conhecimento de se algum animal irracional também possui este dom, mas vejo que alguns o utilizam, talvez instintivamente. O que me deixa perplexo é que alguns humanos subutilizam este dom divino e alguns nem uso dele faz. Quando se tem na mão somente um martelo, tendemos a pensar que todo o problema é prego. Para defender o seu ídolo, mesmo que este tenha se tornado um bandido, ladrão que rouba e assassina as pessoas para obtenção de seus desejos, todo o argumento é válido. Utilizam axiomas que são de fato válidos, mas se descontextualizado não tem nenhuma serventia. Maquiavel, por exemplo, é tido como um ser do mal e até adjetivos com seu nome são criados, mas para defender o Lula, por exemplo, alguns se apegam até em regras por ele ditadas. Alguns, não fazem a leitura correta das colocações, por ignorância ou por conveniência. Os fins não justificam os meios. Claro que não, quando os fins são maléficos e os meios utilizados são ilícitos. Daí usar-se deste preceito para quando os fins são nobres e os meios apenas inconvenientes, tem uma distância muito grande que somente os que se utilizam deste fim por conveniência é que acreditam. Os ignorantes não tem esta maldade toda.
Afonso Pires Faria, 14.06.2019. 

Um comentário:

  1. Os ignorantes não tem maldades? Pode até ser verdade mas permitem o seu aparecimento por não a entenderem ou darem a entender isso. No entanto, por mais duro que Maquiavel fosse, sua franqueza era moralmente justificada pois ele falava do estado contra o cidadão. Quando ocorre o contrário há, por óbvio que se ocorre a conveniência do estado ou de quem o controla. O ERRO, penso eu, é essa PRETÉRITA IGNORÂNCIA que, se é usada para justificar não os isenta da culpa da leniência e da inércia.

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